quarta-feira, 30 de março de 2016

DA GENEALOGIA [BISAVÔ MARIANO E SEUS/MEUS ANTEPASSADOS MOREIRAS ALENTEJANOS]

I — SEBASTIÃO CARVALHO (nasce cerca de 1600)
Casa com D. FRANCISCA LUÍS (nasce cerca de 1600).
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:

II — FRANCISCO CARVALHO [que também é referido como FRANCISCO DE CARVALHO, entre outros sítios, na obra Biblioteca Lusitana de Diogo Barbosa Machado e no registo de casamento de seu filho Jerónimo Moreira de Carvalho (tratado a seguir)] (n. Estremoz, Santo André, c. 1635).
Casa, em Estremoz, Santa Maria, aos 27.03.1656, com D. MARIA FERREIRA [que também é referida como D. MARIA RIBEIRA, entre outros sítios, na obra Biblioteca Lusitana de Diogo Barbosa Machado e no registo de casamento de seu filho Jerónimo Moreira de Carvalho (tratado a seguir)] (n. Estremoz, Santa Maria, c. 1635), filha de António Fernandes e de D. Catarina Ferreira.
Tiveram 6 filhos, entre os quais este com quem seguimos:

III — JERÓNIMO MOREIRA DE CARVALHO (Estremoz [Santo André ou Santa Maria], c. 1673 — c. 1748). Médico, Cirurgião e Escritor. Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra (1697). Médico do Partido da Universidade de Coimbra, Médico dos Exércitos da Província do Alentejo, Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve. Médico em Sousel e em Lisboa (nas Cortes de D. Pedro II e D. João V). Compôs uma massa, que intitulou «Pedra de David», com a qual curou várias doenças e a ele se deve o primeiro tratamento para problemas de uretra. Escreveu e traduziu vários livros, de Medicina, Cirurgia, História e Romances de Cavalaria, entre os quais se destacam as seguintes publicações: Método verdadeiro para curar radicalmente as carnosidades (Lisboa, 1721), História do Imperador Carlos Magno e dos doze Pares de França (Lisboa, 1728), História do Grande Roberto, Duque da Normandia e Imperador de Roma, etc. (Lisboa, 1733), História das Guerras Civis de Granada (1735).
Casa, 1.ª vez, no concelho e freguesia de Sousel, aos 22.09.1699, com D. ROSA MARIA DA SILVEIRA (Sousel, Sousel, baptizada aos 11.09.1673 — Sousel, Sousel, 09.02.1715), filha de Manuel Madeira Gil (Sousel, Sousel, c. 1640 — Sousel, Sousel, 28.10.1717), Cirurgião, e de sua mulher D. Brites da Silveira Fidalgo (Sousel, Sousel, c. 1640 — Sousel, Sousel, 19.11.1712).
Casa, 2.ª vez, depois de viúvo, em Lisboa, Santa Engrácia, 04.10.1723, com D. Isabel Teresa Cordeiro (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição 07.01.1672), filha do Alferes Francisco Fernandes Cordeiro (Borba, Santa Bárbara, c. 1640 — Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, 16.08.1690), militar que serviu em postos de cavalos e infantaria na Província do Alentejo, entre 1658 e 1690 (até à véspera da sua morte), combatendo nas principais Campanhas e Batalhas da época — Linhas de Elvas, Ameixial, Montes Claros, etc.  —, procedendo em tudo com notável valor e dando sempre grande exemplo, e de D. Maria da Conceição (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, c. 1640), e neta pela parte paterna de Manuel Fernandes e de D. Catarina Cordeiro, casados em Borba, Santa Bárbara, em 1638.
Do 2.º casamento não teve filhos.
Do 1.º casamento teve 8 filhos:
Quatro raparigas, de que adiante falarei de uma, e quatro rapazes — destes, o primeiro morreu menor, seguindo-se outro, como era hábito, com o mesmo nome, que se tratará mais adiante; sendo o penúltimo mais novo o Padre António Moreira (Lisboa, Castelo, 28.05.1710 — Almeida, Almeida, 01.05.1760),  Jesuíta, Missionário, Professor, Naturalista, Escritor, ingressou na Companhia de Jesus aos 19.02.1728, membro da 46.ª Missão dos Jesuítas para o Maranhão e Grão-Pará, serviu como Missionário na Missão de Santo Inácio (hoje Vila de Boim), no rio Tapajós, tendo chegado a essa região, para trabalhar com os respectivos índios, em 1750, Professor de Filosofia e de Prima de Teologia no Colégio Jesuíta do Maranhão,  escreveu Declaração das Raridades do Maranhão, de Peixes, Aves, etc., cujo manuscrito se encontra em depósito na Torre do Tombo, foi mandado regressar e encarcerar pelo Marquês de Pombal e morreu prisioneiro no Forte de Almeida; seguiu-se ainda, como 8.º e último filho, o Padre Jerónimo Moreira de Carvalho (homónimo de seu pai), Bacharel, Procurador da Coroa e Fazenda da Cidade do Rio de Janeiro, o qual, depois de escolher e tomar o estado clerical (1749),  foi Pároco, entre outras, da Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Santa Luzia, a qual ajudou a edificar, sendo membro da comissão responsável pela sua construção e celebrando a sua missa inaugural (1769), no  Bairro do Rosário, Cidade de Luziânia, Estado de Goiás, Brasil; e, por último, o mais velho, com o qual seguimos:

IV — MANUEL MOREIRA DE CARVALHO (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. 31.01.1704 — Estremoz, Santa Maria, 01.10.1741). Engenheiro-Militar e Escritor. Assentou praça como Soldado na Corte e foi Ajudante-Engenheiro na Província do Alentejo. Deixou manuscritos inéditos. Publicou História das Fortunas de Sempriles e Generodano, pelo doutor João Henriques de Zuñiga (Lisboa, 1735). Jaz sepultado na Igreja Matriz de Santa Maria de Estremoz.
Casa, no concelho de Lisboa, na freguesia de Santa Engrácia, aos 04.10.1723, com D. LUÍSA TERESA LEONOR (Lisboa, São Julião, c. 1704 — Sousel, Sousel, 17.07.1782), filha do Coronel Francisco Cordeiro Vinagre (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. Borba, Santa Bárbara, 26.12.1678 — c. 1750), Quartel-Mestre-General, Engenheiro-Militar, filho de Francisco Fernandes Cordeiro, Alferes, e de D. Maria da Conceição [ver III], o qual, viúvo de sua primeira mulher, D. Maria Ana Teresa Furtado de Mendonça [surge em vários documentos também como D. Maria Ana Teresa Furtado, ou D. Mariana Furtado de Mendonça, ou D. Mariana Furtado, ou D. Mariana Teresa Furtado] (Lisboa, São Julião, c. 1680 — Montemor-o-Novo, Nossa Senhora do Bispo, 26.09.1716) [está sepultada no Convento de Nossa Senhora da Conceição, na atrás referida freguesia do óbito], casa também, na mesma freguesia e na mesma data, com D. Leonor Joana da Silveira (Sousel, Sousel, bp. 23.11.1700 — ), filha do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho e de sua mulher D. Rosa Maria da Silveira [ver III].
(Não posso deixar de abrir aqui parêntesis para destacar os três casamentos que ocorrem na mesma Igreja no mesmo dia: Francisco Cordeiro Vinagre cc D. Leonor Joana da Silveira; Jerónimo Moreira de Carvalho cc D. Isabel Teresa Cordeiro; Manuel Moreira de Carvalho cc D. Luísa Teresa Leonor — sendo as duas testemunhas, de todos, João Bressane Leite, Superintendente da Contadoria Geral da Guerra, e o Coronel José da Silva Pais).
Tiveram, pelo menos, que se conheçam, três filhos e duas filhas, sendo o mais velho dos varões o Tenente-Coronel Jerónimo Moreira de Carvalho, o mais novo Joaquim José Moreira de Carvalho (também usa  Joaquim José Moreira de Carvalho e Mendonça), e o do meio o seguinte:

V — FRANCISCO MOREIRA DE CARVALHO (Lisboa, Santa Engrácia, bp. 15.12.1727 — Sousel, Sousel, 04.12.1769). Tabelião do Judicial e Notas de Sousel.
Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 23.07.1752, com D. MARIA FARINHA BARREIROS GODINHO (Sousel, Sousel, bp. 22.05.1732 — ), filha de José Rodrigues Roque (Estremoz, Santa Vitória do Ameixial, bp. 03.02.1686  — Sousel, Sousel, 20.01.1767) e de sua segunda mulher, D. Inês de Andrade Barreiros Godinho (Sousel, Sousel, bp. 07.05.1695 — Sousel, Sousel, 28.08.1766), e trineta, por via desta, de Clemente Pires Farinha Barreiros (Sousel, Sousel, c. 1590), Fidalgo de Cota de Armas, que teve Carta de Brasão de Armas para Barreiros aos 27.08.1616 .
Tiveram, que se saiba, apenas um filho (que morreu menor) e uma filha, com quem seguimos:

VI — D. JOANA LEONOR MOREIRA (Sousel, Sousel, bp. 29.06.1756 — ).
Casa, 2.ª vez, depois de ficar viúva de Custódio da Silveira Preto (Sousel, Sousel — Sousel, Sousel, 03.06.1782), filho de Diogo da Silveira Preto (Fronteira, Fronteira — ) e de sua mulher D. Joana da Cunha Feio (Sousel, Sousel — ), no concelho e freguesia de Sousel, aos 24.06.1783, com BONIFÁCIO JOSÉ DA COSTA (Sousel, Sousel, bp. 01.11.1758 — ), filho de Domingos José Boino (Gouveia, Arcozelo — ) e de sua mulher D. Maria de Jesus da Costa (Sousel, Sousel, bp. 21.10.1725 — ).
Teve 5 filhos do 1.º casamento.
Teve 8 filhos do 2.º casamento; e, morrendo menor o primogénito, ficou como varão mais velho o segundo deste nome, com o qual seguimos:

VII — JOÃO RODRIGUES MOREIRA (Sousel, Sousel, bp. 13.10.1790 — Sousel, Sousel, 22.03.1872). Lavrador e Proprietário.
Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 16.10.1808, com D. ANA DA CONCEIÇÃO BELÉM [também usou D. ANA DA CONCEIÇÃO SILVEIRA, como por exemplo é referida no registo de óbito da sua filha D. Maria da Orada Moreira (madrinha de baptismo de Mariano Moreira da Costa Pinto, aqui em baixo no IX)] (Sousel, Sousel, 12.09.1791 — ), filha de José Fernandes (Gouveia, Vila Nova de Tazem — ) e de sua mulher D. Ana de Belém (Sousel, Sousel, bp 28.07.1748 — ), e bisneta pelo lado desta de Manuel Rodrigues (Santarém, Torres Novas — ) e de sua mulher D. Faustina Silveira (Sousel, Sousel, bp. 01.01.1698 — ), os quais são igualmente bisavós do Cantor, Professor de Canto, Compositor e Empresário Teatral António Felizardo Porto (Sousel, Sousel, 27. 06.1793 — Lisboa, Lisboa, 01.10.1863).
Tiveram 11 filhos, dos quais a quarta, Guilhermina do Espírito Santo Moreira (Sousel, Sousel, 01.01.1818 — Sousel, Sousel, 05.06.1892), casada com Joaquim António Beato (morre em Sousel, Sousel, 19.081876), é mãe do Professor Catedrático António Moreira Beato (Sousel, Sousel, 01.06.1860 — Lisboa, Camões, 22.06.1937), sendo a décima a seguinte:

VIII — D. LEONOR DO CARMO MOREIRA (Sousel, Sousel, 26.02.1835 — Sousel, Sousel, 31.08.1892). Jaz sepultada juntamente com seu marido no jazigo de seu filho-segundo no Cemitério de Sousel (tem a seguinte inscrição: «Jazigo de Carlos Moreira Costa Pinto e de sua Esposa D. Joana Chaveiro Costa Pinto»).
Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 01.06.1863, com JOAQUIM PEREIRA DA COSTA PINTO (Fronteira, Fronteira, 29.11.1835 — Sousel, Sousel, 05.11.1891), Grande Lavrador e Proprietário, Senhor da Herdade da Revenduda, Tronco da Família Costa Pinto, do Alentejo, filho de Carlos da Costa Pinto da Fonseca (Fronteira, Fronteira, 24.11.1794 — Fronteira, Fronteira, 01.04.1857) [e, sempre por varonia: neto do Capitão José da Costa Ramos (Cinfães, Santiago de Piães, bp. 08.07.1759 — Fronteira, Fronteira, 04.09.1811), Capitão agregado a um dos Regimentos de Ordenanças da Corte (01.12.1806); 6.º neto de Gaspar Pinto da Fonseca (Cinfães, Travanca — Cinfães, Tarouquela, 20.08.1638), Rendeiro do Mosteiro de Tarouquela e, por casamento com D. Ana Moreira (Cinfães, Tarouquela — Cinfães, Tarouquela, 17.10.1656) (a qual era bisneta de António Pires Moreira, Capitão e Juiz do Couto de Tarouquela, Procurador das Freiras Beneditinas do Mosteiro de São Bento de Avé-Maria, no Porto, Senhor da Casa e Quinta do Outeiro e da Casa de Paços, em Tarouquela, que usou brasão de armas dos Moreiras, concedido a Diogo Moreira de Campos, Chanceler da cidade do Porto), Senhor da atrás referida Casa e Quinta do Outeiro, em Tarouquela; 17.º neto de Afonso Rodrigues de Magalhães, Fidalgo da Casa Real, Senhor da Quinta e Torre de Magalhães, primeiro a usar o apelido Magalhães], Lavrador e Proprietário, activo militante miguelista — antes, durante, e depois do Reinado de D. Miguel —, e de sua mulher D. Teresa Carolina Pereira (Sousel, Santo Amaro, 02.03.1801 — Fronteira, Fronteira, 01.05.1862), Lavradora e Proprietária, em viúva, a qual é trineta, sempre por linha feminina, de Manuel Dias Serra (Sousel, Casa Branca, bp. 20.09.1670) e de sua mulher Isabel Gião (Sousel, Casa Branca, c. 1670), os quais  têm, pelo menos, dois filhos varões, Manuel Gião (que será o trisavô por varonia de Joaquim José Gião, 1.º Visconde de Gião) e Francisco Dias Serra, que virá a professar com o nome de Padre Francisco Dias Gião, e uma filha, Isabel Gião, de quem a supradita é bisneta [ver linha Gião].
Tiveram 6 filhos (destes, uma rapariga e dois rapazes morreram menores), ficando como varão mais velho o seguinte:

IX — MARIANO MOREIRA DA COSTA PINTO (Sousel, São João Baptista da Ribeira, 31.10.1868 — Monforte, Vaiamonte, 26.04.1930). [Teve como Padrinho de Baptismo o seu tio paterno Francisco da Costa Ramos Pinto da Fonseca, Grande Lavrador e Proprietário em Fronteira, e como Madrinha a sua tia materna D. Maria da Orada Moreira, Proprietária em Sousel, e recebeu o nome do seu falecido tio materno Mariano Rodrigues Moreira, Grande Lavrador e Proprietário em Sousel.] Grande Lavrador e Proprietário Agrícola. Político. Activo militante regionalista e republicano, desde os tempos da Monarquia. Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Monforte, Presidente da Junta de Paróquia de Vaiamonte, Juiz de Paz de Vaiamonte, Presidente do Triângulo N.º 169 da Maçonaria de Rito Francês (iniciado em 14.05.1911, no referido Triângulo de Monforte, com o nome Simbólico de «Alma»). Senhor das Herdades de Samarruda, Nora, Courelas de Vale Verde (as duas últimas anexas à primeira), Palhinha, Gis, Picão (estas três anexas umas às outras), Vale dos Homens, Tapadão de Alter, Esquerdos, Relvacho, Asseca, Pintas, Torradas, Sernila, Matança e Reguengo. Rendeiro da Herdade de Torre de Palma, etc.
Segue...

Fonte bibliográfica:
In 7.º draft do livro Mariano Moreira da Costa Pinto — Vida, Antepassados e Descendentes dum Grande Lavrador Alentejano, de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor do blogue Eternas Saudades do Futuro).

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terça-feira, 29 de março de 2016

DO ALCANCE ESPÁCIO-TEMPORAL DOS LIVROS SETECENTISTAS PORTUGUESES


Reedição dum livro do 8.º Avô Jerónimo digitalizada pelos bons dos americanos e síntese biográfico-genealógica da autoria deste seu pobre descendente actualizada aqui: Jerónimo Moreira de Carvalho.

domingo, 27 de março de 2016

RESSURREIÇÃO

A Ressurreição de Cristo, 1463
PIERO DELLA FRANCESCA (c. 1420 — 1492)
Mural em Fresco e Têmpera, 225 x 200 cm
Museo Civico, Sansepolcro, Toscana, Itália
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quinta-feira, 24 de março de 2016

SESSÃO DUPLA SOBRE A PAIXÃO DE CRISTO

 

quarta-feira, 23 de março de 2016

DAS CASAS E DOS JARDINS

Uma casa sem livros é como um jardim sem flores.

SAUDADES DAS FESTAS DOS ANOS 80 DO SÉCULO PASSADO


terça-feira, 22 de março de 2016

DA EUROPA CERCADA, INVADIDA E ATACADA

Os meus leitores e os meus amigos sabem bem que venho chamando a atenção para a ameaça islâmica há já longos anos. Muito antes do famoso 11 de Setembro de 2001. Estou cansado, porque pregar no deserto cansa. Não tenciono sequer voltar a tocar no assunto. As tragédias a que vamos assistindo são aquelas que previ nos meus piores pesadelos. Agora estão aí à vista de todos.

segunda-feira, 21 de março de 2016

DA MISTERIOSA COMPLEXIDADE DAS FLORES DE CEREJEIRA

Sei que chegou a Primavera porque vi, durante o fim-de-semana, o deslumbrante espectáculo das Cerejeiras em flor. Flores estas que possuem um duplo e contraditório significado: por um lado, simbolizam, liricamente, a beleza feminina; por outro, epicamente, estão associadas ao código samurai. Cá para mim, este paradoxo tem o condão de torná-las ainda mais atraentes.  

domingo, 20 de março de 2016

À ESPERA DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA


EQUINÓCIO DA PRIMAVERA

Será hoje, precisamente às 4 horas e 30 minutos do dia 20 de Março, porque este ano é bissexto e Fevereiro teve 29 dias e não só.
E já sinto claramente a Primavera no corpo e na alma.

sábado, 19 de março de 2016

DIA DO PAI

É Dia do Pai, porque é Dia de S. José.
E é hoje. Mas, só por enquanto..., porque, estas bestas ateias que nos desgovernam, e que teimam em apagar sistematicamente todos os Fundamentos Cristãos da Europa, podem sempre lembrar-se de mudá-lo de dia, como fizeram com o Dia da Mãe.
Sendo este o 7.º ano que passo o Dia do Pai sem o meu Pai, dedico-lhe o seguinte estudo, que estou a escrever, com vista a ser editado em livro, sobre a nossa Família (sei que vai gostar), do qual deixo aqui publicadas e ligadas as que muito provavelmente serão as suas linhas iniciais: Mariano Moreira da Costa Pinto — Vida, Antepassados e Descendentes dum Grande Lavrador Alentejano.   

sexta-feira, 18 de março de 2016

DO PRÉ-APOCALIPSE

Chegará o tempo em que os papas não serão católicos e os reis não serão monárquicos.
Digo eu.
E digo mais: já faltou mais.

quinta-feira, 17 de março de 2016

TRABALHEMOS

http://www.joaomarchante.com/

terça-feira, 15 de março de 2016

DOS 50 ANOS DE VIDA (E QUASE 10 NA BLOGOSFERA)

Agradeço as dezenas e dezenas de Mensagens de Parabéns que recebi no e-mail associado ao meu Perfil de Blogger.
Entupiram-me — literalmente! — a respectiva caixa-de-entrada. O que, neste caso, não deixa de ser uma bela prova de simpatia.
Tentarei, nas Férias de Páscoa — e, às tantas, prolongando a tarefa pelas de Verão adentro... —, responder personalizadamente a todas.
Bem-Hajam!

NICE DAY FOR A RIDE


DA GENEALOGIA [12.º AVÔ HEITOR]

Heitor de Magalhães

Fidalgo da Casa Real.
Senhor da Quinta de Mariz.
Serviu, com heroísmo, em África.

Viveu na sua, acima referida, Quinta de Mariz, no Concelho de Unhão.
Casou em Lousada, Torno, cerca de 1480, com D. Leonor da Rocha, a qual morreu no mesmo concelho e freguesia em 21.10.1544.
Tiveram João de Magalhães (meu 11.º Avô), que casou com D. Maria Pinto de Azevedo (minha 11.ª Avó).
Os quais, por sua vez, tiveram, entre outros Filhos, o meu 10.º Avô Gaspar Pinto da Fonseca (n. Cinfães, Travanca — m. Cinfães, Tarouquela, 20.08.1638), Rendeiro do Mosteiro de Tarouquela, que casou com D. Ana Moreira, minha 10.ª Avó, Senhora da Casa e Quinta do Outeiro, em Tarouquela, onde ambos viveram.
Curiosamente, o meu Tio-Bisavô Carlos Moreira da Costa Pinto, que tem, por varonia, Heitor de Magalhães como 9.º Avô, adoptou na Maçonaria o nome simbólico de «Magalhães». As voltas que o mundo dá...

Nota: Não sendo possível para já indicar com precisão os locais e as datas de nascimento e morte de Heitor de Magalhães, prefiro não o fazer.

Bibliografia e Arquivos:
Nobiliário das Famílias de Portugal, Felgueiras Gaio, Carvalhos de Basto, Braga, 1989 (2.ª edição).
Arquivo-Museu da Diocese de Lamego.
Arquivo Distrital de Portalegre.
Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor do blogue Eternas Saudades do Futuro e desta síntese biográfica sobre Heitor de Magalhães).

DA CONSEQUÊNCIA DO BLOGUE

Honni soit qui mal y pense.

DA CAUSA DO BLOGUE

Verba volant, scripta manent.

segunda-feira, 14 de março de 2016

RENDA PRETA SOBRE VELUDO ENCARNADO


TIPOS SOCIAIS [1]

O metediço. Indívíduo que está sempre a meter o nariz onde não é chamado. Mais tarde ou mais cedo, acaba entalado.

DA GENEALOGIA

Descobrir um antepassado por dia dá saúde e alegria.

domingo, 13 de março de 2016

EIS AS CINCO MENSAGENS MAIS LIDAS DE SEMPRE NESTE BLOGUE (VÁ-SE LÁ SABER PORQUÊ)

sábado, 12 de março de 2016

DA ARTE CINEMATOGRÁFICA

A expressão «Sétima Arte» anda na boca de todo mundo. Falemos, então, sobre a origem dessa — feliz — designação para o Cinema.

Foi o escritor, jornalista, crítico e dramaturgo italiano Ricciotto Canudo (Bari, 1879 — Paris, 1923) quem baptizou o Cinema de Sétima Arte. Canudo fundou a revista Montjoie! (1913-1914), sedeada em Paris, e manteve uma tertúlia com — entre outros — Léger, Apollinaire e D’Annunzio. Em 1920, cria o «Clube dos Amigos da 7.ª Arte», que é, assim, precursor do movimento do cine-clubismo. Edita, finalmente, em 1923, a Gazette des sept arts, revista fundamental como suporte teórico das vanguardas estéticas da época.

Se, por esta altura, os meus leitores já perceberam que estamos perante um teórico da Arte, não estranharão saber que Canudo lança, em 1923, o Manifeste des Sept Arts, após uma série de outros textos preparatórios, o primeiro dos quais data de 1908; e, num deles, em 1912, cunhou a nossa expressão. Esta publicação definitiva das suas inovadoras ideias, surge como legitimação estética do Cinema, elevando-o à categoria das restantes Artes.

Em primeiro lugar, chama a atenção, no seu Manifesto, para o facto de o Cinema ser muito mais do que apenas indústria e comércio, resgatando-o à mera tentação material e convocando-o para as fileiras da espiritualidade criadora. De facto, o Cinema é — antes de tudo — Arte.

Depois, Canudo diz-nos, do seu ponto-de-vista, quais são as seis Artes que antecedem cronologicamente o Cinema. Desde a Antiga Grécia que as Artes têm andado numa roda-viva, no que diz respeito à sua catalogação (convém nunca perder de vista as nove musas inspiradoras). Ainda bem que se trata de uma conversa (ou debate, como agora se diz) em aberto, pois isso representa um sinal da vitalidade dos nossos pensadores. Para este escritor italiano do século XX, as Sete Artes são: Arquitectura, Escultura, Pintura, Música, Dança, Poesia e Cinema. Se as três primeiras — artes plásticas, porque do espaço — aparecem, segundo Canudo, por necessidades materiais (abrigo, no caso da Arquitectura, com as suas complementares Pintura e Escultura), para, no entanto, logo depois se afirmarem artisticamente, já a Música é fruto duma vontade espiritual de elevação e vai irmanar-se com os fundamentos rítmicos da Dança e da Poesia. Curiosamente, no pensamento do teórico italiano, a Dança e a Poesia antecedem a Música, que só se autonomizará destas quando se liberta e chega à sinfonia, como forma de música pura.

É óbvio que a génese das Artes aqui descrita tem de ser contextualizada na época em que foi criada — início do século XX, em toda a sua pujança Futurista (Graças a Deus!) — e entendida como visão pessoal do seu autor. No entanto, se aqui a trago, é porque sem ela não poderemos compreender a expressão «Sétima Arte».

Por fim, entramos naquilo que me parece ter resistido ao crivo do tempo (esse destruidor de mitos de vão de escada) e manter, ainda hoje, enorme actualidade.

Canudo apresenta o Cinema como síntese de todas as Artes e como Arte Total — ao que não é alheio o pensamento de Wagner; assim, na plenitude da sua linguagem estética, a Sétima Arte integra elementos plásticos da Arquitectura, da Pintura e da Escultura e elementos rítmicos da Música, da Dança e da Poesia, que se vão todos revelar nos filmes nas seguintes áreas técnicas (podendo nós tentar fazer um jogo de concordâncias): imagem ou fotografia (ainda a preto-e-branco, em vida de Ricciotto Canudo); som ou, mais tarde, banda sonora (note-se que, quando o italiano teorizou, o Cinema era Mudo e os filmes eram acompanhados, apenas, pela interpretação ao vivo de uma partitura musical durante a sua projecção nas salas); montagem, que confere um sentido às imagens; cenografia, que entretanto evolui para direccção artística, alargando o seu campo de intervenção; realização, que tem como missão a planificação do filme, a orquestração dos vários elementos aqui referidos, assegurados por outras tantas equipas técnicas, e a direcção dos actores; e, por último, sendo no entanto o princípio de tudo, argumento.

Mais ainda: como grande síntese criadora — para além de fusão —, o Cinema une Ciência e Arte, num casamento feliz, e produz uma novíssima Linguagem, para a qual as outras Artes tenderam desde sempre, de imagens em movimento e som — formas e ritmos à velocidade da luz!

É, portanto, a última das Artes, fechando o ciclo da Estética. E, acima de tudo, aquela que, incorporando todas as outras, melhor transporta o nosso Património histórico, estético e cultural — projectando-o no futuro —, através da permanente reformulação e actualização das ancestrais e intemporais narrativas da nossa matriz identitária.

Haja sempre cineastas portugueses à altura desta missão universal.

CALL ME


SLOW DA SÉRIE «QUEM ME DERA TER OUTRA VEZ 18 ANOS» [7]


SLOW DA SÉRIE «QUEM ME DERA TER OUTRA VEZ 18 ANOS» [6]


sexta-feira, 11 de março de 2016

POETAÇOS MODERNAÇOS

Não usam maiúsculas porque não têm olhos para ver nem humildade para reconhecer que acima deles está Deus, a Pátria e o Rei.

LIVRO PARA DEVORAR NO FIM-DE-SEMANA

Homem de Palavra[s], Ruy Belo, colecção Obra Poética de Ruy Belo, n.º 4, Editorial Presença, Lisboa, Junho, 1997 (5.ª edição).

DEUS ME LIVRE DE VIVER SEM LIVROS

Uma só razão me faz lamentar de não ser rico: não poder ter a biblioteca que desejo.

quinta-feira, 10 de março de 2016

SÍTIO DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA PROFISSIONAL

AFINIDADES ELECTIVAS

Escrevi aqui em tempos que, quando as conversas entre pessoas que não se encontram há anos começam como se tivessem sido interrompidas no dia anterior, estamos perante uma comunhão espiritual só acessível a amigos que se fizeram nos tempos puros da desinteressada e desinteresseira — mas mil vezes interessante — idade da adolescência.
Tive recentemente uma prova provada disso quando reencontrei Primos que não via desde a infância; sendo que, neste caso, a afinidade foi potenciada por um marcante Bisavô que temos em comum e cuja memória nos foi passada por nossos Avós e Pais.
Contudo, inesperado mesmo, cá para mim, foi outro convívio social, igualmente recente, em formato de sarau musical, estilo século XIX, em que, também aí, as conversas entre as pessoas, que nem sequer se conheciam, muito menos eram parentes ou amigas de longa data, começaram como se tivessem sido interrompidas no dia anterior...! Estamos, aqui sim, talvez, perante a forma mais radical, e inesperadamente agradável, de comunhão espiritual.

MÚSICA CLÁSSICA (PORQUE A MÚSICA POPULAR TAMBÉM TEM CLÁSSICOS)


BOM SOM


quarta-feira, 9 de março de 2016

HORA DA SESTA


DO AMOR

O verdadeiro conquistador deixa-se ser conquistado por quem ele quer realmente conquistar.

terça-feira, 8 de março de 2016

MUSA LUSA


PORQUE UM BOM TRABALHO TEM SEMPRE GENTE QUE AJUDA SEM SE VER

Recebi elogios por causa dos apontamentos histórico-genealógicos que tenho disseminado no blogue. Muito me sensibilizaram, porque vieram de pessoas que tenho em alta consideração. Sendo o trabalho de pesquisa em genealogia extremamente solitário, é, por isso mesmo, fundamental recebermos incentivos e termos apoios. Quero portanto aproveitar para agradecer publicamente às seguintes pessoas: à Prima Sofia Costa Pinto, pela iconografia; ao Cunhado Rodrigo Bettencourt da Camara, pelos estímulos e ajudas; ao Amigo António Assis, pela orientação profissional.

APETECE-ME FOTOGRAFAR MAS ANDO SEM MUSA...


domingo, 6 de março de 2016

DA GENEALOGIA [8.º AVÔ FRANCISCO]

Francisco Cordeiro Vinagre
(n. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. Borba, Santa Bárbara, 26.12.1678 — m. c. 1750)

Coronel. Quartel-Mestre-General. Engenheiro-Militar. Cavaleiro da Ordem de Cristo. 

Filho do Alferes Francisco Fernandes Cordeiro (n. Borba, Santa Bárbara, c. 1640 — m. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, 16.08.1690), militar que serviu em postos de cavalos e infantaria na Província do Alentejo, entre 1658 e 1690 (até à véspera da sua morte), combatendo nas principais Campanhas e Batalhas da época — Linhas de Elvas, Ameixial, Montes Claros, etc.  —, procedendo em tudo com notável valor e dando sempre grande exemploAlferes, e de D. Maria da Conceição (n. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, c. 1640).

Nasce na freguesia de Nossa Senhora da Conceição, de Vila Viçosa, mas é baptizado na de Santa Bárbara (actualmente extinta e anexada à Matriz), de Borba. Tem como padrinho Fernando de la Masure, Cônsul da Flandres, e madrinha Dona Margarida Teresa de Macedo Milles.
Tem sete irmãs.

Casa, pela 1.ª vez (Lisboa, Lisboa, 1703), com D. Maria Ana Teresa Furtado de Mendonça [surge em vários documentos também como D. Maria Ana Teresa Furtado, ou D. Mariana Furtado de Mendonça, ou D. Mariana Furtado, ou D. Mariana Teresa Furtado] (n. Lisboa, São Julião, c. 1680 — m. Montemor-o-Novo, Nossa Senhora do Bispo, 26.09.1716). Está sepultada no Convento de Nossa Senhora da Conceição, na atrás referida freguesia do óbito].
Tem, pelo menos, quatro filhos (dois rapazes e duas raparigas), do 1.º casamento.

Casa, pela 2.ª vez (Lisboa, Santa Engrácia, 04.10.1723), com D. Leonor Joana da Silveira (n. Sousel, Sousel, bp. 23.11.1700 — m.), filha do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho (n. Estremoz, c. 1673 — m. c. 1748), Médico dos Exércitos da Província do Alentejo e Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino Algarve, e de D. Rosa Maria da Silveira (n. Sousel, Sousel, bp. 11.09.1673 — m. Sousel, Sousel, 09.02.1715).
Tem, pelo menos, dois filhos (dois rapazes), do 2.º casamento.

E tem, além do já falado Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho, como principais amigos, os seguintes vultos:  José da Silva Pais, Coronel, Engenheiro, Administrador colonial, Fundador da cidade de Rio Grande, Governador da Capitania de Santa Catarina; João Bressane Leite, Superintendente da Contadoria Geral da Guerra; D. Fernando Mascarenhas, 2.º Marquês de Fronteira, Governador das Armas do Alentejo; D. João de Sousa, 3.º Marquês das Minas, Tenente-General de Cavalaria. Sobre as aventuras e desventuras de toda esta extraordinária plêiade, aqui darei em breve algumas notícias.

Bibliografia e Arquivos:
- História Orgânica e Política do Exército Português, Cristóvão Ayres de Magalhães Sepúlveda, Imprensa Nacional, 1929.
- D. João V e a Arte do Seu Tempo, Armindo Ayres de Carvalho, Edição do Autor, 1962.
- Memórias de Vila Viçosa, José Joaquim da Rocha Espanca, Câmara Municipal de Vila Viçosa.
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
, Editorial Enciclopédia, Lisboa e Rio de Janeiro, 1936-1960.
- Revista de História das Ideias, Universidade de Coimbra, 1999.
- Gazeta de Lisboa, 1833.
- Arquivo Distrital de Évora.
- Arquivo Distrital de Portalegre.
- Arquivo Paroquial de Santa Engrácia (Lisboa).
- Registo Geral das Mercês do Reinado de D. João V.
- Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor do blogue Eternas Saudades do Futuro e desta síntese biográfica sobre Francisco Cordeiro Vinagre).


ACIMA DA MONARQUIA E DA REPÚBLICA

O avô miguelista e o neto sidonista convergem no desprezo pelo niilismo liberal.

sexta-feira, 4 de março de 2016

PRIMAVERA É RENOVAÇÃO E PÁSCOA É RESSURREIÇÃO

Entrámos no maravilhoso quadrimestre em que a maioria das plantas portuguesas atinge o seu auge. Saibamos contemplar a Natureza — em Março, Abril, Maio e Junho — no seu máximo esplendor: folhas, flores e frutos irromperão por toda a parte; recordando-nos, destarte, que a vida é bela e que a Primavera é Renovação como a Páscoa é Ressurreição

quarta-feira, 2 de março de 2016

PORQUE SEM MUSAS NÃO HÁ CRIAÇÃO ARTÍSTICA


À S. [COM SAUDADE(S)]

A bailarina mignone dança nua
sob a luz boa do Sol nascente
no terraço sobre o Tejo
em Lisboa
e a sua muitíssimo longa sombra é projectada lá longe
em baixo
na calçada
e pisada
por gente que caminha sonâmbula
mal acordada
e indiferente
na rua.

PARA A. E C. [QUE ME RECORDARAM A TORRE DE I.]

A última imagem que ele viu
enquanto permanecia deitado de costas
no idílico leito
foi a do corpo dela
sentado sobre o seu
e esculpido pela luz difusa da Lua Cheia
que banhava o quarto redondo do último piso da torre
ao qual se tinha acesso através de uma estreitíssima escada
de caracol
onde outrora as criadas dormiam
e propício a amores furtivos
como este
imediatamente antes do florão
da velha cama de ferro
cedendo aos frémitos da paixão carnal
cair
e lhe rachar a cabeça
matando-o
e ensopando de sangue quente os alvos lençois de linho puro.

terça-feira, 1 de março de 2016

PRIMAVERA À ESPREITA


SINAIS SENSORIAIS DA ESTAÇÃO QUE SE AVIZINHA

Sei que a Primavera se aproxima porque os longos e sedosos cabelos das raparigas na flor da idade já refulgem sob a bela luz dourada do Sol do Equinócio.

CONVERGÊNCIA DA ASCENDÊNCIA E DA DECADÊNCIA

Claudia Cardinale e Burt Lancaster em
Il Gattopardo (Itália/França, 1963),
realizado por Luchino Visconti,
com argumento de Suso Cecchi d'Amico,
a partir do romance homónimo de
Giuseppe Tomaze di Lampedusa.

MARÇO

Marçagão.