terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

COISAS LEVES E PESADAS

Eu, por mim, nunca serei popular. Todas as minhas obras são feitas para homens escolhidos e não para o povo. Triste sorte a dos que escrevem para as massas, em vez de escreverem para certas pessoas que têm simpatias e tendências iguais às nossas.
Popular! Ninguém se magoe de não o ser. Mozart e Rafael nunca o foram. Não me comparo a esses nomes sublimes; mas tudo o que é grande e ilustrado pertence exclusivamente à minoria. A minoria representa a razão pura; a maioria é o símbolo do turbilhão, da paixão, da irracionalidade...
CAMILO CASTELO BRANCO
(1825 — 1890)