DO TRADICIONALISMO
«Quem não aparece, esquece», diz sabiamente o nosso povo. Circunstâncias obrigatórias várias, de braço dado com outras tantas energias convergentes, ou apenas acasos, fizeram-me reaparecer em algumas ocasiões sociais e aí retomar conversas interropidas há muitos anos; contrariando, assim, uma tendência misantrópica que se vinha agravando ao longo dos últimos tempos. A mais recente actividade — em forma de manifestação gastronómico-cultural (a preferida dos portugueses...) — foi agorinha mesmo. Mais uma vez reencontrei figuras — desta vez eminentes — que marcaram os meus anos de formação intelectual e recordei factos de combates político-culturais pelos meus valores de sempre. No meio das meias-tintas, ainda há Grandes Senhores em Portugal. Distinguem-se pela sua capacidade de fazer corar os conservadores e empalidecer os progressistas.
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