sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

DOS LIVROS QUE NOS TÊM CATIVOS

Antecipando a visão de espanto que uma minha muito atenta aluna, cinéfila e bibliófila dos quatro costados, fará ao ler o livro de Michel Houellebecq, Extensão do Domínio da Luta, que devorei no dia de ontem, em dois tempos. Tentei parar para melhor fruir o prazer propiciado pela sua leitura, mas, não consegui. Experimentei uma ditadura do olhar, como no cinema. Sobre a obra nada mais direi, a não ser que o resultado mais imediato foi ter pegado logo de seguida no segundo título de Michel Houellebecq — As Partículas Elementares — a fim de alimentar mais uma noite de insónia. Pelos autores é que vou; e, se me cheira ser — livremo-nos do ter e do parecer — bom (assim, só, na sua simplicidade), tenho companhia garantida para toda a vida. Por estas e outras, cá em casa, nas estantes, os livros arrumam-se por escritores.
[Óleo sobre Tela: La Lectrice Soumise, 1928, RENÉ MAGRITTE.]