quinta-feira, 8 de março de 2007

AO REDOR DESTA FOGUEIRA...

Estreia hoje comercialmente o Filme Brava Dança, de José Francisco Pinheiro e Jorge Pereirinha Pires, sobre a inovadora banda de música popular moderna portuguesa Heróis do Mar. Não pude assistir à sua primeira exibição pública, ou ante-estreia, no DocLisboa 2006, pois tive que ficar a dar uma aula insubstituível, e que mais ninguém podia dar por mim, na ETIC. Desta vez, não vou perder a coisa nem por nada. Conheci o José Pinheiro, em 1988, nos bancos da velha escola do áudio-visual português (lá estava ontem, na festa dos 50 anos da RTP, o nosso Mestre Hélder Duarte: — viste-o, grande Zé?). Nos anos seguintes, vivemos, em conjunto, várias aventuras experimentais e outras tantas profissionais (onde também conheci o Jorge Pires), além das boémias, claro está. Depois, cada um foi à sua vida; mas, sempre que nos encontramos, é como se a conversa, imediatamente iniciada, tivesse sido interrompida apenas na véspera (já dediquei a este tipo de sensações dois ou três postais nesta casa; diria mesmo que é um tema recorrente, como se diz agora). Certas afinidades fazem-nos, ainda hoje, convergir: a última vez que nos encontrámos, por mero acaso, foi no concerto dos Pixies. Não vou aqui fazer desfilar a vasta obra do Zé, mas será suficiente dizer que certamente será o português que mais video-clips realizou até hoje. Por estas e outras, amanhã ou depois, lá estarei eu batido, numa sala perto de mim, para ver o Documentário Brava Dança.
[Nota: Outsider que sou da blogosfera, só tardiamente descubro que o Zé (disse-me ele, agorinha mesmo) e o Jorge têm um blog, que tem Brava Dança como título e leitmotiv.]