segunda-feira, 19 de março de 2007

DO ETERNO FEMININO — IV

A páginas 62 e 63 da edição portuguesa do seu mais recente romance, Pérez-Reverte descreve-nos — cá para mim — a mais bela personagem feminina da literatura contemporânea de ficção. Páginas antes, tinha-nos cativado com a fina caracterização da especialíssima beleza física dessa figura; agora, pinta-nos uma personalidade de uma complexidade desconcertante, que se inscreve na genealogia espiritual dessas grandes heroínas românticas, e que entra no século XXI transportando esse património cultural, mas respirando o ar dos tempos, como deve ser. Não é para todos; mas, para quem apreciar, é arrebatadoramente fascinante.