terça-feira, 27 de março de 2007

SOBRE ARTE E ANTIGUIDADE

Acontece com os livros o mesmo que sucede ao estabelecermos novas relações interpessoais. Num primeiro tempo, sentimos um enorme prazer, se nos achamos concordantes com o outro, em coisas de ordem geral, ou, se nos sentimos tocados num dos pontos sensíveis da nossa existência. Quando a relação interpessoal se torna mais íntima, só então aparecem as diferenças, e, então, para um comportamento racional, o que mais importa não é, como por vezes acontece na juventude, retroceder atemorizado, mas, pelo contrário, afirmar a zona em que se dá concordância, e tratar de clarificar de forma completa o âmbito da diferença, sem pretender por isso ser da mesma opinião.
GOETHE
(1749 — 1832)