sexta-feira, 15 de junho de 2007

DA ARTE DO COMBATE E DA CONQUISTA

O combate continua a ser uma coisa santa, um julgamento de Deus sobre duas ideias. A nossa natureza profunda leva-nos a defender a nossa causa cada vez mais encarniçadamente, de tal modo que o combate é a última palavra da nossa razão, e só o que se adquire através dele constitui uma verdadeira possessão. Nenhum fruto amadurece para nós que não tenha resistido às tempestades de ferro, e tudo, até o melhor e o mais belo, exige ser conquistado de alta luta.
A Guerra como Experiência Interior, Ernst Jünger, tradução de Armando Costa e Silva, revisão (com base no original alemão) de Roberto de Moraes, edição Ulisseia, colecção Os Afluentes da Memória, Lisboa, 2005.