sexta-feira, 20 de julho de 2007

CONTINUAMOS À ESPERA DE UM SINAL

Estou a ouvir o Pedro Paixão falar na telefonia. É de uma acutilância brutal e de uma lucidez assustadora. Um resistente aos tempos da pós-modernidade, ou lá o que é este esterco em que vivemos. Anarca e libertário, digo eu; pois, na verdade, é inclassificável, como o são todos os que pairam sobre o mundo e vêem mais longe. É, além do mais, homem de finíssino recorte, porque cultíssimo. Pude conhecê-lo. E ao Miguel Esteves Cardoso também. Este último foi, há exactamente vinte anos, numa fase que culminou na campanha do Partido Popular Monárquico para o Parlamento Europeu, em 1987, o farol de toda uma geração que tinha então vinte anos. Nada de intelectualmente interessante se passou, em Portugal, desde lá até cá.