ETERNO RETORNO (3)
A melancólica pérola melódica que ouvimos no postal anterior corresponde à faixa de abertura deste álbum dos meus vinte anos. Conseguia ouvi-lo durante dias a fio. Se bem me lembro, era ao fim da tarde, antes de me lançar à aventura pelas longas noites de Lisboa, que me deixava inundar por esta atmosfera romântica de refinado bom-gosto contemporâneo. O culto deste e doutros discos servia de toque a rebate para a convergência de uma élite (escol, em bom Português) de jovens da época. Hoje, arrumadas as memórias, e dispersas essas pessoas, é com menos spleen e mais saudades do futuro que o oiço. Antes assim, que para a frente é que é o caminho.
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