sexta-feira, 3 de agosto de 2007

LEITURAS PARA AS FÉRIAS DE VERÃO

Tendo eu a fatalidade, sob a forma de vício, de ler — «antes esse que o vício das mulheres», dizia a minha santa Avó, que não ficou cá para assistir à derrota da leitura, pelas ditas, durante quase dez anos a fio — várias obras ao mesmo tempo, permanentemente, numa crónica dispersão que me obriga a esforços contorcionistas para retomar livros interrompidos, e acontecendo ir em breve retirar-me durante duas semanas, lembrei-me de alinhar quinze volumes, pois, no meio de tal turbilhão, verifica-se sempre a média de consumo dar um livro por dia em tempo de férias. Limitei-me a tirar da estante volumes com marcadores dentro (alguns, aí esquecidos; outros, assinalando actuais leituras), por ordem aleatória. Como é perceptível, para quem já me vai conhecendo, quase todos correspondem a releituras. Quase todos são Poesia e Romance, porque é Verão, ou porque sou assim mesmo, ou porque estou assim. Então, cá vai:
Poesias, de Álvaro de Campos;
Livro do Desassossego, de Bernardo Soares;
A Minha Andorinha, de Miguel Esteves Cardoso;
As Flores do Mal, de Charles Baudelaire;
Em Busca do Tempo Perdido — À Sombra das Raparigas em Flor, de Marcel Proust;
As Afinidades Electivas, de Goethe;
As Sobrinhas da Viúva do Coronel, de Guy de Maupassant;
Cartas de Amor, de Alfred de Musset e George Sand;
Ele foi Mattia Pascal, Luigi Pirandello;
Morte em Pleno Verão, de Yukio Mishima;
Iluminações — Uma Cerveja no Inferno, de Jean-Arthur Rimbaud;
India Song, de Marguerite Duras;
O Sol Nasce Sempre (Fiesta), de Ernst Hemingway;
Paixão em Florença, de Somerset Maugham;
Amores, de Ovídio.