NOITES QUENTES DE ONTEM E DE HOJE
Não me lembro de ter acertado tão bem no «livro de férias» (tenho sempre a sensação de que só usa esta expressão quem habitualmente nada lê ao longo do ano) como neste Agosto. Tenho-me deliciado com a releitura do 2.º volume de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust: muito especialmente com a 2.ª parte do mesmo, toda ela praia, com poéticas e pictóricas descrições; e, ainda e principalmente, suas estranhas e encantadoras relações humanas. Encantadoras porque há uma suspensão de todas as convenções sociais e as pessoas se entregam, por esses dias, em toda a sua plenitude, umas às outras, antes da rentrée vir repor a ordem social. Proust é que a sabia toda.
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