MEUS RICOS ANOS 80
Cheguei. Calhou, quase por acaso, ter-me embrenhado na noite de Lisboa, pois, tendo sido alertado para a existência de um spot na berra à beira-mar plantado (sim, o nosso Tejo, mais do que um rio, é um mar imenso), em plena Cinemateca, pela amiga cinéfila M., logo de seguida, ao ir felicitar a amiga cinéfila, mas não-iniciada e por outro lado Filipada, S., num simpático local com Tejo e tudo, lancei a lebre sobre a tal novidade espacial e especial deste Verão, que ainda para mais parece que fecha já na próxima quarta-feira, e, de imediato, o amigo, também este cinéfilo não-iniciado e Filipado, Tomaz Bairros disse-me cavalheirescamente: «É já aqui ao lado, levo-te lá.» Assim foi. O sítio é muito bonito e tudo o mais; mas, caramba!, nos meus queridos e saudosos anos 80 não se via maralha daquela à solta nem se ouvia aquele som asqueroso.
Post Scriptum: Postal reescrito e reeditado várias vezes ao longo do dia, à medida que as ideias se vão clarificando, pois a noite estava escura como e bréu, embora tenha sido pontuada, aqui e ali, por rostos luminosos — começando logo pelo de Jean Seberg, que só por si vale todo o filme, em Bonjour Tristesse.
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