CELEBRAR O MESTRE É COMPREENDER A SUA OBRA
Manoel de Oliveira completa hoje 99 anos. Cá para mim — bem sei que sou um pouco excêntrico, e que digo coisas estranhas... —, inscrevo-o na genealogia espiritual e cultural que tem as suas profundas raízes em Luís Vaz de Camões, o seu sólido tronco no Padre António Vieira, e os seus criativos ramos com Fernando Pessoa. Não me apetece agora falar sobre isto; mas, fica aqui o registo, para memória futura, pois é precisamente de Saudades do Futuro que se trata. Até lá, tentem ver todos os seus filmes — por ordem cronológica, como deve ser —, para depois passarmos à lição seguinte (que é só para iniciados), e ficarem assim devidamente preparados para o III Milénio (Lusíada) que há-de vir — numa manhã de nevoeiro, ou numa tarde de Sol, ou numa noite de Lua Cheia; ninguém sabe.
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