sábado, 5 de janeiro de 2008

NA MOUCHE! (1)

De seguida, publico um genial artigo, recebido por e-mail, devido à sua certeira oportunidade. Aqui fica:
Eu acho muito bem!
Ele há coisas que me deixam muito confuso. Não entendo porque se levanta tanto sururu a propósito da decisão governamental de sanear os nomes de santos das escolas públicas em nome do auto-proclamado aconfessionalismo do Estado. É mais um passo lógico que se segue à expulsão dos Crucifixos dos mesmos espaços e que dentro em pouco derrubará o Cristo Rei que ofende os olhos laicamente impolutos daqueles que o povo catolicíssimo, depois de fervorosas peregrinações a Fátima, elege com o seu voto com a branda complacência dos seus Pastores.
Ora eu, remando contra a maré, contra tudo e conta todos, como, segundo alguns, tem sido o meu timbre, aplaudo sem reservas e lanço hurras festivos a este novo passo. Desde, claro, que não fique por aqui, mas seja consequente levando a termo o que já iniciou. Porque é evidente que esta medida é, ainda, incipiente, e pede completude.
Muito mais escandaloso do que as escolas terem esses nomes é que os mais altos cargos do Estado, ao arrepio do mais banal dos laicismos, sejam exercidos por pessoas que se chamam com nomes de santos. Isto é obviamente e absolutamente inaceitável! Como podemos suportar por mais tempo que um Primeiro-ministro tenha o nome de S. José, pai adoptivo de Jesus, e esposo da Virgem Maria? E que quem trata com as nações estrangeiras tenho por nome o de S. Luís? E o da saúde, o de Santo António? E o da defesa, o do Beato Nuno? E o das Finanças, o de S. Fernando? E o da presidência, o de S. Pedro, primeiro Papa e fundamento visível da Igreja? E o da Justiça, o de Santo Alberto? E o do ambiente, o de S. Francisco? E o da economia, o de S. Manuel? E o da agricultura, o de S. Jaime? E o do trabalho, o de S. José? E a da cultura, o de Santa Isabel? E o das obras públicas, o de S. Mário? E o dos assuntos parlamentares, o de Santo Augusto? E o da ciência, o de S. Mariano? E, mais grave do que tudo, a da educação, o da própria Nossa Senhora, a Imaculada Conceição, tal como Se apresentou em Lurdes?
É, pois, evidente que é tempo de toda esta gente abandonar o Governo para salvaguardar o aconfessionalismo de Estado. Aliás, nunca deviam sequer ter tomado nenhuma das decisões que referi anteriormente sem antes darem o exemplo e abandonarem os cargos de que estão investidos.
Não entendo realmente toda esta bulha numa ocasião para tanto regozijo. Ele há coisas que me deixam mesmo muito confuso.
Nuno Serras Pereira 4. 1. o8