IDENTIDADE
Para Campos e Sousa
O que diz pátria mas não diz glória,
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas chamou vitória
Ao medo e à morte daquele dia;
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas chamou vitória
Ao medo e à morte daquele dia;
A esse eu quero negar-lhe a mão;
Negar-lhe o sangue da minha voz
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós.
Negar-lhe o sangue da minha voz
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós.
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O que diz pátria, sem ter vergonha,
E faz a guerra pela verdade,
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade;
E faz a guerra pela verdade,
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade;
A esse eu quero chamar irmão,
Sentir-lhe o ombro junto do meu,
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu.
Sentir-lhe o ombro junto do meu,
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu.
ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA
(1923 — )
(1923 — )
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