CATARINA SAYS...
silêncio assumido.
Marcar encontro consigo próprio é sinal de respeito pelo outro.
Rever a matéria lá dentro é assunto pessoal e às vezes intransmissível, porque as palavras estão todas lá, em formatos geométricos até, em caras e expressões que por isto ou aquilo nos tocam, ou em sons que nos levam a voar.
Mas, para consolidar isto tudo a fim de distribuir outra vez, dando o que se pode em pacote grátis, é preciso mesmo parar, para abastecer matéria de nós em nós.
Rever a matéria lá dentro é assunto pessoal e às vezes intransmissível, porque as palavras estão todas lá, em formatos geométricos até, em caras e expressões que por isto ou aquilo nos tocam, ou em sons que nos levam a voar.
Mas, para consolidar isto tudo a fim de distribuir outra vez, dando o que se pode em pacote grátis, é preciso mesmo parar, para abastecer matéria de nós em nós.
O silêncio é só não falar? o silêncio fala sim, porque nós o ouvimos se quisermos.
O silêncio, digo, não me assusta. Pelo contrário, alimenta-me.
O silêncio, digo, não me assusta. Pelo contrário, alimenta-me.
Muito discreto, porque sem tom, nem som, sem alarmes nem pressas, está lá sempre afinal à minha espera, porque para se fazer ouvir, o silêncio mete-se ao canto. E sempre que me lembro que ele existe, por causa da temperatura do corpo, ou da cabeça, lá vou encolhida à espera duma cobrança que nunca tem factura.
Há tanto de nós dentro de nós, que só o silêncio sabe interpretar.
Marcar encontro com nós mesmos, é vital. E todos ficam a ganhar.
Retirar -me do dia a dia urgente, faz-me mesmo ser mais gente.
Há tanto de nós dentro de nós, que só o silêncio sabe interpretar.
Marcar encontro com nós mesmos, é vital. E todos ficam a ganhar.
Retirar -me do dia a dia urgente, faz-me mesmo ser mais gente.
Catarina Hipólito Raposo
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