DE PORTUGAL AO JAPÃO
Busquemos o porto de abrigo propiciado pelas imagens em movimento — e sons — do cinematógrafo. Ainda a propósito do martirizado Japão, sugiro agora o visionamento de A Ilha dos Amores (1982), complementado por A Ilha de Moraes (1984). Cada uma destas obras de Paulo Rocha provém de um diferente caudal da História do Cinema: a ficção e o documentário, respectivamente; formando, assim, um díptico com registos distintos (coisas boas, possíveis na Sétima Arte). O ponto de encontro dos referidos filmes dá-se na sua unidade temática, que os faz convergir; e, pede uma sessão especial, com a exibição de ambas as fitas, para mergulharmos totalmente no mundo especialíssimo de Wenceslau de Moraes — o genial aventureiro português, cultivador da literatura de viagens, que se deixou seduzir pelo Japão e o adoptou como sua segunda Pátria .
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