PENSAMENTO DE ANTÓNIO SARDINHA (1)
Eu aconselho a juventude do meu país, a quem uma certa perfídia egotética enleia como um demónio tentador, a procurar o acordo das suas preferências artísticas com as disciplinas da nossa paisagem e da nossa hereditariedade. Se a sua cura sentimental depende de uma psicoterapia segura, Maurice Barrès é um grande professor, cujo convívio lhe recomendo. Também ele sofreu os enganos do individualismo mais desabusado! Mas porque um dia se quis explicar no enigma sempre fechado do seu ser, ele teve que aceitar, para se possuir, as normas sagradas da sua Lorena, que não eram mais do que as da condensação da sua individualidade.
ANTÓNIO SARDINHA
(1887 — 1925)
(1887 — 1925)
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