CATARINA SAYS...
A Luisa durante muito tempo entrou em mim. Sabia mais de mim do que eu. Porque me via de fora, vendo de dentro. E foi por isso uma enorme ajuda.
A ela contei os meus segredos em voz alta. Sairam de mim sem fronteiras, directos para o espaço que foi nosso durante 3 anos de frequência constante. Saíram de mim, para nunca mais voltarem. Limparam-se as feridas e assim se curaram. Fui ficando mais leve. Fui ficando mais direita, de olhos em frente, a aprender que vida se vence e se abraça ao largo.
Somos as nossas circunstâncias.
Somos o que fomos, e alegria é a de saber que podemos ser agora o que queremos.
O passado já não pesa, porque já passou.
Muitas vezes quis abraçar a Luisa. Era sempre (por questões éticas) um abraço imaginário, mas estava lá na corrente das coisas que a gente sabe, mesmo que invisíveis...
A Luisa contou-me a minha história em preto e branco. Porque na altura eu vivia num nevoeiro.
A Luisa lembrou-me que o Céu tem cor, e que os papagaios de papel voam livres, que é bom comer chocolate, que as mimosas cheiram bem mesmo que sejam amarelas, e que a música é para ser ouvida no carro aos berros.
Muitas vezes penso nela. Estará a pintar as vidas de outras pessoas, com uma tela de cores infindável.
Para sempre, obrigada Luisa.
A ela contei os meus segredos em voz alta. Sairam de mim sem fronteiras, directos para o espaço que foi nosso durante 3 anos de frequência constante. Saíram de mim, para nunca mais voltarem. Limparam-se as feridas e assim se curaram. Fui ficando mais leve. Fui ficando mais direita, de olhos em frente, a aprender que vida se vence e se abraça ao largo.
Somos as nossas circunstâncias.
Somos o que fomos, e alegria é a de saber que podemos ser agora o que queremos.
O passado já não pesa, porque já passou.
Muitas vezes quis abraçar a Luisa. Era sempre (por questões éticas) um abraço imaginário, mas estava lá na corrente das coisas que a gente sabe, mesmo que invisíveis...
A Luisa contou-me a minha história em preto e branco. Porque na altura eu vivia num nevoeiro.
A Luisa lembrou-me que o Céu tem cor, e que os papagaios de papel voam livres, que é bom comer chocolate, que as mimosas cheiram bem mesmo que sejam amarelas, e que a música é para ser ouvida no carro aos berros.
Muitas vezes penso nela. Estará a pintar as vidas de outras pessoas, com uma tela de cores infindável.
Para sempre, obrigada Luisa.
Catarina Hipólito Raposo
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