EXPRESSO DO OCIDENTE
Quarta-feira, 14 de Setembro
Num parlamento que não há meio de reduzir o número de membros - na sua maioria inúteis - assim ajudando a generalidade dos portugueses na arreliadora tarefa de pagar a crise, vejo o novíssimo líder do bando socialista a atacar o ministro Nuno Crato por, alegadamente, ter colocado sábias reservas a um estudo da OCDE que jurava ser Portugal o país com maior êxito na obtenção de diplomas do ensino liceal. Curiosamente, não muito tempo antes a TVI tinha acabado de mostrar em horário nobre a excelência do êxito socialista na (des)educação: o Marco frequenta - é o termo certo… - o 8º ano sem que apesar disso saiba ler e escrever. Não há aqui erro, caro leitor, é tal e qual como lhe conto. O Marco sabe apesar de tudo uma coisa posto que, quando questionado sobre a possibilidade de tudo isto ser possível e ser verdade, responde com honestidade e um "sei lá, foi porque me passaram" . Menor grau de seriedade vem da responsável da escola do Marco que, à mesma pergunta, dispara um pedagogo "O sistema dá respostas às situações que melhor integrem o crescimento do aluno". Aposto que a mestra, que presumo adepta dos Magalhães, das Novas Oportunidades, das licenciaturas aos domingos e de todas as estatísticas aldrabadas que na verdade se estão nas tintas para os alunos e respectivos conhecimentos, acompanha António José Seguro na indignação perante Nuno Crato. Os putos, esses, que se lixem. E por arrastamento, o país que se lixe também.
Sábado, 17 de Setembro
Em pleno carnaval eleitoral, surge a notícia de que o governo regional da Madeira omitiu ao continente informação de comunicação obrigatória com impacto no défice que todos os dias nos aperta o cinto mais um bom bocado. A opinião que se publica no continente e que diz habitualmente de Alberto João Jardim o que Maomé não ousava dizer do toucinho, boa prova de que a imparcialidade jornalística é uma treta valente, levanta-se entre a histeria e a cólera exigindo a cabeça do líder madeirense e clamando por justiça. Isento de responsabilidades que estou, até me parece bem a reclamação - mesmo se chegada dos defensores da regionalização que, em sendo levada avante, multiplicaria por cinco ou por seis bandos idênticos aos do PSD-Madeira. Já não me parece tão bem é que aquilo que se exige para o Funchal não seja credor de eco para Lisboa. Eu explico: no Expresso, por exemplo, Miguel Sousa Tavares exige que os eleitores da Madeira votem nas próximas eleições regionais como ele pretende, sendo que a suceder de outro modo ergue o estúpido fantasma da independência ao mesmo tempo que declara estar farto - ele e os demais cubanos - de pagar os desvarios do eleitorado regional. Estava bem, mais uma vez, se o dr. Sousa Tavares usasse do mesmo método para o eleitorado continental. Há trinta anos que os bandos do bloco central (com o ajuda do CDS) aumentam a dívida pública do país - mais 80 mil milhões de euros só entre 2005 e 2011! - sem que, ao que se percebe, isso cause grande comichão ao colunista do Expresso. É que, note-se, também eu estou farto de ter que pagar os sucessivos disparates eleitorais dos muitos migueis do continente, comprovada e sucessivamente inaptos na hora de depositar o papelinho na urna. De modo que assim estamos: no dia em que estas hordas de colunistas politicamente correctos alinhavarem dois parágrafos de raciocínio com alguma coerência e idêntica boa-fé, serão credores dos meus respeitos. Até lá, temo que apenas lhes dê jeito fazer o dr. Jardim alombar com muitas das responsabilidades que de direito próprio também são suas. E enquanto assim suceder, queiram ou não, são todos farinha do mesmo saco.
Num parlamento que não há meio de reduzir o número de membros - na sua maioria inúteis - assim ajudando a generalidade dos portugueses na arreliadora tarefa de pagar a crise, vejo o novíssimo líder do bando socialista a atacar o ministro Nuno Crato por, alegadamente, ter colocado sábias reservas a um estudo da OCDE que jurava ser Portugal o país com maior êxito na obtenção de diplomas do ensino liceal. Curiosamente, não muito tempo antes a TVI tinha acabado de mostrar em horário nobre a excelência do êxito socialista na (des)educação: o Marco frequenta - é o termo certo… - o 8º ano sem que apesar disso saiba ler e escrever. Não há aqui erro, caro leitor, é tal e qual como lhe conto. O Marco sabe apesar de tudo uma coisa posto que, quando questionado sobre a possibilidade de tudo isto ser possível e ser verdade, responde com honestidade e um "sei lá, foi porque me passaram" . Menor grau de seriedade vem da responsável da escola do Marco que, à mesma pergunta, dispara um pedagogo "O sistema dá respostas às situações que melhor integrem o crescimento do aluno". Aposto que a mestra, que presumo adepta dos Magalhães, das Novas Oportunidades, das licenciaturas aos domingos e de todas as estatísticas aldrabadas que na verdade se estão nas tintas para os alunos e respectivos conhecimentos, acompanha António José Seguro na indignação perante Nuno Crato. Os putos, esses, que se lixem. E por arrastamento, o país que se lixe também.
Sábado, 17 de Setembro
Em pleno carnaval eleitoral, surge a notícia de que o governo regional da Madeira omitiu ao continente informação de comunicação obrigatória com impacto no défice que todos os dias nos aperta o cinto mais um bom bocado. A opinião que se publica no continente e que diz habitualmente de Alberto João Jardim o que Maomé não ousava dizer do toucinho, boa prova de que a imparcialidade jornalística é uma treta valente, levanta-se entre a histeria e a cólera exigindo a cabeça do líder madeirense e clamando por justiça. Isento de responsabilidades que estou, até me parece bem a reclamação - mesmo se chegada dos defensores da regionalização que, em sendo levada avante, multiplicaria por cinco ou por seis bandos idênticos aos do PSD-Madeira. Já não me parece tão bem é que aquilo que se exige para o Funchal não seja credor de eco para Lisboa. Eu explico: no Expresso, por exemplo, Miguel Sousa Tavares exige que os eleitores da Madeira votem nas próximas eleições regionais como ele pretende, sendo que a suceder de outro modo ergue o estúpido fantasma da independência ao mesmo tempo que declara estar farto - ele e os demais cubanos - de pagar os desvarios do eleitorado regional. Estava bem, mais uma vez, se o dr. Sousa Tavares usasse do mesmo método para o eleitorado continental. Há trinta anos que os bandos do bloco central (com o ajuda do CDS) aumentam a dívida pública do país - mais 80 mil milhões de euros só entre 2005 e 2011! - sem que, ao que se percebe, isso cause grande comichão ao colunista do Expresso. É que, note-se, também eu estou farto de ter que pagar os sucessivos disparates eleitorais dos muitos migueis do continente, comprovada e sucessivamente inaptos na hora de depositar o papelinho na urna. De modo que assim estamos: no dia em que estas hordas de colunistas politicamente correctos alinhavarem dois parágrafos de raciocínio com alguma coerência e idêntica boa-fé, serão credores dos meus respeitos. Até lá, temo que apenas lhes dê jeito fazer o dr. Jardim alombar com muitas das responsabilidades que de direito próprio também são suas. E enquanto assim suceder, queiram ou não, são todos farinha do mesmo saco.
Pedro Guedes da Silva
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