terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

DO FUTURO DA NAÇÃO PORTUGUESA


Depois de muitas tentativas de activismo — partidos, movimentos, associações, etc. —, algumas delas com bons resultados registados no combate político e das ideias, todas devedoras — directa ou indirectamente — do Pensamento e da Acção do Integralismo Lusitano, parece-me finalmente estar a surgir uma nova geração de pensadores monárquicos, que, se tudo correr bem, será a dos doutrinadores de amanhã, e insuflará fundamentos teóricos a uma juventude sequiosa de acção — nas escolas, nas universidades, nas empresas —, com vista à futura Restauração. Esta não se limitará a colocar uma coroa na cabeça de alguém, mas irá restaurar os Valores sobre os quais se edificou Portugal, e que estão consagrados por 900 anos de sangue derramado por Deus e pela Pátria; e, mais ainda, terá de refazer uma comunidade tradicional orgânica, apropriada para os dias de hoje, preparada para enfrentar os problemas internos e externos, como Portugal sempre fez, muitas vezes na vanguarda — espiritual, militar, estética, política — do Mundo.
Não se trata, portanto, de mudar apenas de regime, mantendo o sistema. Não. Mude-se, primeiro, o sistema e depois aclame-se o Rei, como a Tradição ensina e sempre foi praticado. As forças vivas da Nação real, reunidas em Cortes (cabe aos pensadores definir exactamente a sua futura composição), traçarão o caminho para o País, pois são as Cortes a mais perfeita expressão total do Estado, isto é, da comunidade nacional orgânica. A saber: das Famílias portuguesas (que constituem a Pátria), das Comunidades locais (organizadas em Províncias e Municípios), da Inteligência (representada pelas Escolas, dos vários tipos e níveis de ensino, e pelas Associações Culturais) e do Trabalho (as Empresas, com patrões e empregados em paridade, e as Associações de Profissionais Independentes); e, por consequência, devem ser as Cortes a definir, em prol do Bem Comum, como sempre fizeram, o rumo da Nação Portuguesa.