quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

DO INTEGRALISMO LUSITANO (I)

Aqueles que pretenderam combater-nos, acusando o nosso movimento de importar doutrina de França, como quem introduz na praça modas ou perfumes, esqueceram-se de se julgar a si mesmos, por terem aceitado as cláusulas de um contrato social de que o judeu Rousseau foi o notário sem testemunhas.
A Action Française e o Integralismo Lusitano eram duas reacções construtivas. As causas de ruína eram as mesmas: justo e necessário era, repito, que o remédio fosse semelhante. Mas a lógica de tais críticos nunca lhes ensinou a distinguir a semelhança da identidade. Hoje, frustrados os infantis ataques que aqui e além se ergueram, sem convicção, verdade seja, já é longo o caminho andado e afigura-se-nos larga a sementeira.

Hipólito Raposo, Dois Nacionalismos — L'Action Française e o Integralismo Lusitano, Lisboa, Livraria Ferin, 1929.