AINDA E SEMPRE O MESTRE MANOEL DE OLIVEIRA
Manoel de Oliveira completa hoje 105 anos de vida. Cá para mim — bem sei que digo coisas estranhas para os ouvidos politicamente e culturalmente correctos —, inscrevo-o na genealogia espiritual e identitária que tem as suas profundas raízes em Luís Vaz de Camões, o seu sólido tronco no Padre António Vieira e os seus criativos ramos em Fernando Pessoa. Não me apetece agora falar sobre isto; mas, fica aqui o registo, para memória futura, porque é precisamente de Saudades do Futuro que se trata. Até lá, tentemos ver todos os seus filmes — por ordem cronológica, como deve ser —, para depois passarmos à lição seguinte (que é só para iniciados) e ficarmos assim devidamente preparados para o III Milénio Lusíada, que há-de vir um dia — numa manhã de nevoeiro, ou numa tarde de Sol, ou numa noite de Lua Cheia; ninguém sabe.
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