CARTEIRA DE SENHORA
DIA 98
O tema de hoje é incontornável. Mais logo, pela manhã, lá estaremos, carteira e eu, de braço dado, nas galerias do antigo mas irreconhecível Mosteiro de S. Bento da Saúde.
Vamos em defesa de uma causa nacional e justa. Proteger a Língua Portuguesa de uma aberração, maquinada por cérebros tortuosos, inexplicavelmente aprovada contra tudo e todos com uma ligeireza e desconhecimento de causa aterradores. Provada está a abertura escancarada da porta a todos os dislates, que assim por ela entram como em dia de saldos, escangalhando também este nosso património em frangalhos.
Hoje é a oportunidade de redenção de quem lá tem cadeira e lugar cativo. A oportunidade de serem heróis e não coveiros.
De emendarem o erro que os confirma humanos, por isso mesmo perdoável e remível, mostrando a grandeza da humildade.
De inscreverem o seu nome na História e mais tarde, com os netos sentados nos joelhos, poderem contar orgulhosamente como um dia salvaram a Língua Portuguesa do desastre.
Há causas indivisíveis por cores. Tem de existir uma consciência para lá da política colorida. Uma consciência daquilo que somos, da nossa identidade, do nosso todo: uma grei, um território e uma Língua ortograficamente não abastardada.
Os portugueses esperam ter sido ouvidos nos seus protestos diários nas escolas, no trabalho, nas redes sociais, nas suas acções individuais e colectivas de recusa remando contra marés poderosas, e que a essa voz ainda ressoe. A voz dos verdadeiros interessados. A dos que amam a Língua. A dos que já emudeceram na desesperança. A dos que porventura terão contribuído para que alguns aí tenham assento, confiando serem respeitados.
Amar a Língua é amarmo-nos, é amar a Pátria. Chegou a hora de provar esse amor.
Leonor Martins de Carvalho
O tema de hoje é incontornável. Mais logo, pela manhã, lá estaremos, carteira e eu, de braço dado, nas galerias do antigo mas irreconhecível Mosteiro de S. Bento da Saúde.
Vamos em defesa de uma causa nacional e justa. Proteger a Língua Portuguesa de uma aberração, maquinada por cérebros tortuosos, inexplicavelmente aprovada contra tudo e todos com uma ligeireza e desconhecimento de causa aterradores. Provada está a abertura escancarada da porta a todos os dislates, que assim por ela entram como em dia de saldos, escangalhando também este nosso património em frangalhos.
Hoje é a oportunidade de redenção de quem lá tem cadeira e lugar cativo. A oportunidade de serem heróis e não coveiros.
De emendarem o erro que os confirma humanos, por isso mesmo perdoável e remível, mostrando a grandeza da humildade.
De inscreverem o seu nome na História e mais tarde, com os netos sentados nos joelhos, poderem contar orgulhosamente como um dia salvaram a Língua Portuguesa do desastre.
Há causas indivisíveis por cores. Tem de existir uma consciência para lá da política colorida. Uma consciência daquilo que somos, da nossa identidade, do nosso todo: uma grei, um território e uma Língua ortograficamente não abastardada.
Os portugueses esperam ter sido ouvidos nos seus protestos diários nas escolas, no trabalho, nas redes sociais, nas suas acções individuais e colectivas de recusa remando contra marés poderosas, e que a essa voz ainda ressoe. A voz dos verdadeiros interessados. A dos que amam a Língua. A dos que já emudeceram na desesperança. A dos que porventura terão contribuído para que alguns aí tenham assento, confiando serem respeitados.
Amar a Língua é amarmo-nos, é amar a Pátria. Chegou a hora de provar esse amor.
Leonor Martins de Carvalho
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