DE KUNDERA A HOUELLEBECQ
Para além dos «clássicos», que já atingiram a eternidade, consagrados pelo facto de passados cem anos sobre a sua morte continuarem a ser lidos, há os escritores do nosso tempo. Destes, é sempre um tiro no escuro apontar para os que pensamos se irão juntar àqueles. Não gasto muito tempo com esse exercício, mas cheira-me que o meu faro não me engana. Assim, considero ter sorte por alguns dos meus escritores contemporâneos preferidos, dos quais fui lendo os livros à medida que iam sendo publicados, darem sinais de virem pelas suas obras a tornar-se imortais.
Dito isto, confesso que o prazer que tenho retirado, no início deste milénio, da leitura de Houellebecq só é comparável ao que tive, nos anos 80 do século passado, com Kundera. São romancistas de mão cheia, bom gosto e fino — mas mui cortante — humor; enfim, senhores de um estilo próprio, inconfundível e incomparável.
Mas há mais: Se Kundera foi premonitório na implosão do totalitarismo comunista a leste, Houellebecq perfila-se como visionário da queda do mundialismo demo-liberal a ocidente. Escritores do espírito, vivem, testemunham e inteligentemente criticando aceleram — à sua maneira, e de que maneira!— o fim do materialismo na Europa.
Dito isto, confesso que o prazer que tenho retirado, no início deste milénio, da leitura de Houellebecq só é comparável ao que tive, nos anos 80 do século passado, com Kundera. São romancistas de mão cheia, bom gosto e fino — mas mui cortante — humor; enfim, senhores de um estilo próprio, inconfundível e incomparável.
Mas há mais: Se Kundera foi premonitório na implosão do totalitarismo comunista a leste, Houellebecq perfila-se como visionário da queda do mundialismo demo-liberal a ocidente. Escritores do espírito, vivem, testemunham e inteligentemente criticando aceleram — à sua maneira, e de que maneira!— o fim do materialismo na Europa.
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