quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

TRISTE CRISE DE IDENTIDADE NACIONAL QUE URGE ULTRAPASSAR

Torna-se confrangedor assistir às manifestações carnavalescas que hoje em dia têm lugar neste agora desgraçado pequeno jardim à beira-mar plantado. Não passam de tristes cópias dos delírios carnais vindos dos trópicos. Não se aperceberá o nosso povo do ridículo que é macaquear hábitos estrangeiros? Arrepia ver importadas bailarinas de segunda categoria bambolearem-se semi-nuas debaixo da chuva do nosso Inverno.
Pergunta-se se não haverá alternativa. Há. Portugal é fértil em ancestrais cultos pagãos próprios desta época profana que antecede a Quaresma e que a Igreja Católica sempre soube respeitar, na medida em que são três dias de festa imediatamente antes de quarenta dias de espiritualidade. Portanto, felizmente, basta desligar as televisões, voltar as costas às cidades e ir por essas aldeias fora para encontrar lugares onde ainda existe gente que resiste ao novo-riquismo do mundo moderno e cultiva de forma viva as suas mais antigas tradições locais. São estas mulheres e estes homens, profundamente enraizados nas suas terras, que asseguram o futuro de Portugal.
Tudo isto é preocupante porque uma Nação que corta os seus laços com o seu passado não tem futuro. Aliás, as páginas da História Universal estão cheias de povos, culturas, países, reinos, impérios e civilizações que, pura e simplesmente, por esta mera razão, desapareceram.