sexta-feira, 13 de março de 2015

DA IDENTITÁRIA E SIMBÓLICA ESTÉTICA BÉLICA

A Alma de um Povo manifesta-se na sua Cultura, já se sabe. Dentro desta, que é quase tudo — da gastronomia à poesia, das belas-artes às belas-letras —, existe uma área fundamental, mas muito esquecida, para a identificação da identidade das nações, toda ela simbólica: a spathologia (termo criado no século XIX para designar o estudo das espadas históricas).
Assim, os romanos usavam na peleja o seu clássico gládio; os francos e germanos combatiam, preferencialmente, com a frâncica (o belo machado-de-guerra de dois gumes simétricos); os lusitanos guerreavam com a acutilante e eficaz falcata (curta espada de gume côncavo, onde os romanos se basearam para melhorarem o seu, já falado, gládio); e, finalmente, os gregos tinham o kopis (quase igual à, atrás referida, lusitana falcata).
Por aqui se constata que todas as nações europeias são primas, mas umas mais primas do que outras; e, como Fernando Pessoa dizia, à sua genial maneira (na citação que anteriormente publiquei), há muitas e profundas afinidades entre um lusitano e um helénico.