sexta-feira, 15 de maio de 2015

DA IMORTALIDADE

É sempre agradável descobrirmos que certa pessoa não é exactamente como esperávamos que fosse, que não corresponde à ideia que dela tínhamos. Quando um homem pertence a um tipo determinado é porque está morto, condenado. E se ele não pertence a nenhuma das categorias catalogadas, se não é representativo de nenhuma, então tem já metade das qualidades que dele deveremos exigir: libertou-se de si mesmo, detém uma parcela da imortalidade.
In O Doutor Jivago, de Boris Parternak