domingo, 5 de julho de 2015

CULTURA E DEMOGRAFIA

Gramsci, no século passado, chamou a atenção para a importância da Cultura. Maomé, in illo tempore, definiu o papel decisivo da Demografia. Ambos, hábeis políticos que eram, tinham razão; e, na realidade, a combinação dos dois factores revelou-se sempre determinante, ao longo da História Universal, para o sucesso de qualquer projecto Geopolítico. Todos os Impérios se expandiram enquanto dominaram estes vectores e caíram quando deixaram de o fazer.
Atendendo a que «o fim da História» afinal ainda não aconteceu, nem tampouco se deu «o choque das Civilizações», as lições deles voltam a estar na ordem do dia.
E a conclusão é, portanto, simples: a Civilização que tiver mais crianças e que conseguir educá-las nos seus Valores acabará, mais tarde ou mais cedo, inevitavelmente, por triunfar; e, desta, vez, talvez seja para todo o presente milénio . É uma óbvia constatação de realpolitik.
Para mal dos nossos pecados, a Europa Cristã definha, dia após dia, a olhos vistos, em ambas as coordenadas.