DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE PORTUGAL
Portugal morreu. Desde o final de Trezentos, os nossos Reis souberam ver que Portugal não sobreviveria confinado apenas a um rectângulo no extremo mais ocidental da Europa. Decidiram portanto, sabiamente, descobrir e conquistar novos territórios ultramarinos. Ao longo dos Séculos que se seguiram, os grandes estadistas nacionais, cientes desta necessidade geopolítica, impulsionaram a nossa expansão a todos os Continentes e Oceanos, fazendo assim de nós os pioneiros europeus de maravilhosos encontros, com visíveis vantagens — espirituais, culturais, científicas, económicas e sociais — para Portugal e para o Mundo. Foram os gloriosos anos de dilatação da Fé e do Império. Depois, subitamente, veio um bando de traidores à Pátria que entregou as Províncias Ultramarinas, de bandeja e de mão-beijada, para seu proveito pessoal. Desde lá, o País definha, de dia para dia. Contudo, acredito que chegará ainda a Hora de uma Ressurreição Nacional. Assim Deus nos dê depressa um Chefe e um novo Desígnio.
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