domingo, 8 de novembro de 2015

NACIONALISMOS DO PASSADO E DO FUTURO NA EUROPA

No início do Século XX, o fim da I Guerra Mundial gerou uma onda de nacionalismos, por toda a Europa. Aconteceu em múltiplos e   diversos Estados-Nação; antigos ou recentes, vencedores ou perdedores. Contudo, todos eles tinham em comum a sensação de haverem sido lesados territorialmente. Assim, esses nacionalismos foram, em primeiro lugar, essencialmente dirigidos ao exterior (quase sempre a Estados vizinhos) e possuíram um carácter de ofensiva (política, diplomática, milicial/paramilitar ou militar), visando a recuperação de áreas consideradas amputadas aos corpos das diferentes Pátrias.
Neste início do Século XXI, a incapacidade da Europa lidar — através da desorientada União Europeia ou dos seus frágeis Estados soberanos — com a massiva vaga  de «refugiados» extra-europeus (que não pararão de chegar, aos milhões, nos próximos anos) está já a despertar nacionalismos há muito adormecidos. Desta vez, internos e defensivos, correspondendo a sentimentos de identidade cultural ameaçada e de condições de vida agravadas, por parte de muitos Povos europeus. As consequências serão eleitorais: por exemplo, na improvável Alemanha e na esperada França, para falar das duas maiores Nações da Europa. Hei-de desenvolver este assunto, ao longo dos próximos tempos, pois cheira-me que será o tema do Século.