quinta-feira, 27 de abril de 2017

DUMA LINHAGEM ESPIRITUAL DE CHEFES POLÍTICOS FRANCESES

Os Povos precisam de Chefes, como de pão para a boca; mais do que de programas políticos, cujos conteúdos dificilmente conseguem descodificar. E, para detectar esses líderes especiais, têm um faro invulgar. Há quem lhe chame «sabedoria popular». Com este ou outro nome, o facto é que possuem este dom. E, mais ainda, contrariamente ao que por vezes se afirma, as Nações também têm memória histórica. Assim sendo, conseguem olhar para uma pessoa e ver nela a reencarnação de outras que se distinguiram no comando da Pátria, estabelecendo deste modo um invisível-fio-condutor entre todas elas.
Vem tudo isto a propósito do que se está a passar em França: os Franceses, instintiva e intuitivamente, sentiram em Marine Le Pen a natural sucessora de Hugo CapetoJoana d'Arc, Napoleão Bonaparte e Charles de Gaulle. Poderá parecer estranho, e dificilmente explicável à luz da razão; contudo, a mim, e mesmo que a ciência política possa rebater esta tese com eruditas fundamentações ideológicas, esta destacada linhagem espiritual de chefes políticos franceses afigura-se-me clara como água.