SÉTIMA ARTE E IDENTIDADES NACIONAIS
Já se sabe que acredito no Cinema enquanto revelador da eterna identidade das Nações — embora de forma subtil, subliminar ou simbólica, não se tratasse de uma forma de Arte — e indicador dos consequentes caminhos políticos e geoestratégicos dos respectivos Estados. Assim, quando vi Tropa de Elite, percebi que o Brasil estava à espera de alguém como Bolsonaro. Também aqui escrevi em tempos que as marcas identitárias dos Estados Unidos da América se encontravam todas nas obras completas de três cineastas — David W. Griffith, John Ford e Clint Eastwood — e que, estando o anterior Presidente a leste dessas referências, mais tarde ou mais cedo surgiria um novo Chefe de Estado para as cumprir; e, de facto, chegou Trump. Afigura-se-me igualmente claro que para a compreensão do Reino Unido se torna necessário conhecer a sua cinematografia; contudo, para facilitar o trabalho aos meus queridos leitores, aponto apenas as filmografias (com as suas fitas americanas e tudo) de três autores britânicos — Alfred Hitchcock, David Lean e Ridley Scott —, os filmes realizados por Stanley Kubrick desde que se mudou para Inglaterra, e ainda a série fílmica James Bond.
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