sábado, 19 de dezembro de 2020

DO PODER MAGNÉTICO DO ETERNO FEMININO

Troco uma erudita tertúlia masculina por um passeio com uma culta mulher bonita.

O BELO SEXO NO CINEMA

Todos os países têm o seu cineasta das mulheres. Encontrá-lo, e beber-lhe da filmografia pessoal, é meio caminho andado em direcção aos mistérios do eterno feminino. Curiosamente, ou talvez não, esses autores são sempre simultaneamente os maiores trágicos das respectivas cinematografias nacionais. Caracterizam-se ainda por superarem, nos seus filmes, as limitações mortais do erótico amor físico e do inocente amor platónico, através da redenção propiciada pelo amor louco, o qual é todo ele síntese — de corpo e alma —, porque fruto da força transgressora e libertadora — logo, criadora — da paixão, no seu profundo significado etimológico (passio), que nos convoca para a sacrificial dimensão do sofrimento pelo outro.


SILOGISMOS ROMÂNTICOS

É sabido que as mulheres não são românticas. E, porém, adoram homens românticos. Portanto, pensem no azar dos homens que não são românticos — nunca terão mulheres que se lhes dão totalmente. Por outro lado, imaginem a sorte dos homens românticos — só eles experimentam os mistérios do eterno feminino. 

DOS LIVROS E DAS MULHERES

Há livros para lermos, outros para coleccionarmos, outros ainda para nos fazerem companhia, e até há alguns só para mostrarmos. Com as mulheres passa-se exactamente o mesmo.

DAS MULHERES E DOS LIVROS

As mulheres e os livros não se procuram, encontram-se.

PARA A COMPREENSÃO DA DIFERENÇA ENTRE NACIONALISMO E PATRIOTISMO

Sigo o lema «Deus, Pátia e Rei» mas sou mais nacionalista do que patriota porque ponho a Nação, como espírito, acima da Pátria, como sentimento.

DILEMA

Lema sagrado: Deus, Pátria e Rei.
Lema profano: jardins, livros e mulheres.