quarta-feira, 29 de março de 2023

A PRIMAVERA É RENOVAÇÃO COMO A PÁSCOA É RESSURREIÇÃO

Entrámos no maravilhoso quadrimestre em que a maioria das plantas portuguesas atinge o seu auge.
Saibamos pois usufruir da Natureza — em Março, Abril, Maio e Junho — no seu máximo esplendor.
Folhas, flores e frutos irromperão por toda a parte, atraindo-nos com os seus aromas e as suas cores, recordando-nos assim quanto a vida é bela e que a Primavera é Renovação como a Páscoa é Ressurreição.

DA DUPLA RELAÇÃO COM OS LIVROS DE HISTÓRIA

Existe o hábito de se usarem os livros de História apenas e só para consulta. Isto leva a que sejam percorridos pela rama, mesmo que passados sob o olhar atento de quem pesquisa com um objectivo definido. Por outro lado, lendo-os de fio a pavio, como quem devora um romance, encontraremos muito provavelmente os dados procurados que escaparam à detectivesca lupa aplicada na diagonal pelo investigador.  

COERÊNCIA ESTÉTICO-DOUTRINÁRIA

Os meus estilos arquitectónico-decorativos preferidos são desde sempre o portuguesíssimo D. João V e o muito europeu e ocidental Art Déco. Os principais fundamentos do meu pensamento político também residem há longa data nessas duas épocas. 

IDADE E GERAÇÃO

Cá para mim, e para efeitos sociais, que não genealógicos, da mesma idade são as pessoas nascidas no mesmo ano, da mesma geração são as pessoas nascidas na mesma década. 

SINAIS FEMININOS DE PRIMAVERA

Devido aos charmosos fatos primaveris das elegantes lisboetas, sei que já entrámos de facto numa nova Estação.

DO FASCÍNIO DA LITERATURA E DO CINEMA

Um conto e uma longa-metragem têm em comum o facto de serem formatos narrativos que se podem e devem consumir do princípio ao fim sem interrupções. 

A CADA MÊS A SUA ÁRVORE

Olaia florida rima com Março.

ELOGIO DAS PRIMEIRAS EDIÇÕES

Recebi hoje a notícia de que os deliciosos romances policiais de Agatha Christie protagonizados por Miss Marple e por Hercule Poirot deverão ser republicados em breve e que para tal foram reescritos e modificados pelos editores para evitar ofender os leitores contemporâneos.
Nunca me interessei por primeiras edições, pois sempre soube que poderia adquirir a mesma obra numa qualquer posterior reedição com o mesmo texto integral e por um valor muito mais simpático para a carteira. Além disso, sempre desconfiei de quem recheia as estantes com edições de luxo, vistosas encadernações e primeiras edições. Dá-me sempre a sensação de que essa gente não lê os livros.
Porém, perante mais este ataque às obras literárias por parte da ditadura do politicamente correcto chamada agora woke, é a hora de me dedicar finalmente às primeiras edições, na certeza de que vou ler os livros que os autores escreveram e não umas coisas quaisquer mutiladas e adulteradas por outros.

segunda-feira, 27 de março de 2023

PARA A COMPREENSÃO DE LISBOA

Jovem estudante italiana - inteligentemente culta e sobriamente requintada (para além de encarnar uma beleza de cair para o lado) - disse-me, respondendo à minha curiosidade, que tinha escolhido Lisboa para fazer um mestrado porque a cidade era limpa, segura e verde. Nunca me tinha passado pela cabeça associar essas qualidades à urbe de Ulisses. Digamos que a tripla classificação em causa me abriu os olhos para remirar a capital e revê-la a esta nova luz. Vai daí, e à laia de preparação para as minhas pessoalíssimas flaneries de Primavera, as quais, diletantismos à parte, servem também de trabalho de campo sobre diversas matérias, fui à estante especializada e tirei o seguinte interessante e exaustivo livro: Espaço Público de Lisboa. Plano, projeto e obra da primeira geração de arquitetos paisagistas (1950-1970), de Teresa Bettencourt da Camara, edição Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa, 2021. 

PARA A COMPREENSÃO DO MUNDO DOS BLOGUES

Sou blogger mas não estou na blogosfera. Ou seja, como bem sabem os meus fiéis leitores de longa data, uso esta plataforma do século XXI como caderno de apontamentos das minhas coisas (as quais surpreendentemente afinal interessam a muito mais gente do que imaginava) e não para entrar num qualquer meio nem tão pouco para fazer novos amigos. Dito isto, tenho aprendido muito e divertido um outro tanto a ler o seguinte pedagógico livrinho: A Blogosfera Portuguesa: Da Coluna Infame ao Ocaso de Uma Era, de Sérgio Barreto Costa, edição Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2021.

segunda-feira, 20 de março de 2023

DA PRIMAVERA

Hoje começa oficialmente a Primavera, pois é o dia do seu Equinócio. Contudo, não se sentem ainda os seus sinais na fauna e na flora. As aves de arribação ainda não deram à costa e as flores da época ainda não se mostraram. Porém, este atraso costuma significar que a Estação chegará com redobrada intensidade e concomitante esplendor. Assim seja. Nós, os estetas, agradecemos.

LIÇÃO DA TERRA, DOS MORTOS E DOS PAPÉIS

Metido em trabalhos de investigação genealógica sobre os meus antepassados, cujos resultados disponibilizo publicamente em vários posts do blogue Da Genealogia, chego a uma conclusão — na linha do pensamento de Maurice Barrès —, toda ela límpida e cristalina: é com a terra, os mortos e os papéis que mais se aprende. 

sábado, 4 de março de 2023

CADA COISA NO SEU LUGAR

Chamo a atenção aos leitores deste blogue generalista para o facto de que tenho vindo a actualizar alguns dos blogues temáticos com escritos sobre matérias específicas dos mesmos: cinema e genealogia, por exemplo e principalmente. 

DAS SÍNTESES

Só vale a pena fazer uma síntese quando esta supera a tese e a antítese. 

quarta-feira, 1 de março de 2023

SINAIS SENSORIAIS DA ESTAÇÃO QUE SE AVIZINHA

Sei que a Primavera se aproxima porque os longos e sedosos cabelos das raparigas na flôr da idade já refulgem sob a bela luz dourada do alto Sol que anuncia o Equinócio.

MARÇO

Marçagão.

NESTE DIA NASCERAM

1445  Sandro Botticelli 
1647 — S. João de Brito
1810 — Frédéric Chopin
1905 — Álvaro Ribeiro

Um Pintor, um Santo, um Músico e um Filósofo, todos muito cá de casa.
Bom prenúncio para o meu querido mês de Março.

MÊS DE MARTE, MEU MÊS

Sinto-me sempre entre o épico e o lírico neste marcial mês das frias noites de Inverno e das quentes tardes de Verão - com o Sol já a pino -, e que é também o Março do suavemente sensual Equinócio da Primavera.