domingo, 30 de junho de 2019

DA VANTAGEM DA INTERNET SOBRE OS MEDIA CONVENCIONAIS

Quando quero conhecer a opinião de alguém leio essa pessoa directamente no seu site, blogue ou Twitter e dispenso o espectáculo dado pelos jornalistas da imprensa ou da televisão a explicarem-me o que essa personalidade pensa ou a fazerem-lhe perguntas — tão intermináveis quanto estúpidas — para depois rematarem com imbecis conclusões.

DO ESTADO DA ARTE

O Barroco foi o último grande estilo artístico integralmente europeu. Manifestou-se em todas as Artes. Religioso e mundano, monumental e intimista, alegórico e cómico, resplandecente e ascético — riquíssimo nas suas contradições e complexidades, variando de formas e conteúdos consoante a Nação de origem, é esteticamente sublime. Que os europeus o conheçam pior do que a um género cinematográfico americano, como o Western, diz tudo sobre a lenta decadência da Europa desde o século XVIII.

LET'S DANCE

Cyd Charisse e Gene Kelly
em Singin' in the Rain (EUA, 1952)
de Stanley Donen e Gene Kelly.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

LISBOA, CIDADE BRANCA

Em 1 de Abril de 1930, estreia simultaneamente no São Luiz e no Tivoli (parece mentira, mas é verdade; bons tempos!), Lisboa, Crónica Anedótica, de Leitão de Barros. Este cineasta tem como marca principal um apurado sentido estético, partilhado com a extraordinária geração de que faz parte — Chianca de Garcia, Jorge Brum do Canto, António Lopes Ribeiro, Cottinelli Telmo, e outros de igual qualidade.
José Júlio Marques Leitão de Barros nasceu no Porto, filho de um Capitão-de-Mar-e-Guerra, mas foi registado em Lisboa, onde veio a morrer em 1967. Depois de tirar o Curso da Escola de Belas-Artes, foi Professor dos Liceus — o seu manual Elementos de História da Arte é ainda hoje uma referência —, e destacou-se como pintor, estando representado em vários Museus portugueses e estrangeiros. Por outro lado, como dramaturgo, escreveu várias peças que foram representadas no Teatro Nacional e noutras salas. Foi também jornalista em O Século, A Capital e ABC, e fundou e dirigiu Domingo Ilustrado, Notícias Ilustrado e Século Ilustrado; ficaram ainda célebres as suas crónicas semanais no Diário de Notícias, sob o título «Os Corvos» (publicadas em dois volumes, com ilustrações de João Abel Manta). Organizou os cortejos históricos das Festas da Cidade de Lisboa (1934-1935) e foi Secretário-Geral da Exposição do Mundo Português (1940). Tudo isto, e muitas outras actividades de idêntica relevância.
Recuando agora ao seu debute cinematográfico, há que referir 1918 como o ano dos seus primeiros (quatro!) filmes, de que se destaca o infelizmente desaparecido Sidónio Pais — Proclamação do Presidente da República. No entanto, é preciso esperar por 1930, para assistirmos ao seu arranque em duas frentes, ainda no Cinema Mudo, com duas obras de enorme beleza plástica: a já referida Lisboa e Maria do Mar — filme este que marca presença, com exibições habituais, nas principais cinematecas europeias e que a nossa Cinemateca Portuguesa em boa hora restaurou e exibiu, em 2005, numa sessão onde se perfilaram dez pessoas (sim, eu estava lá com um par de alunos e vi com os meus próprios olhos!). Esta película tinha sido antecedida por Nazaré, Praia de Pescadores (1929), que cativou, de imediato, público e crítica — uma característica deste cineasta ao longo da sua extensa carreira, que coincidiu com uma época de profunda identificação dos portugueses com o seu Cinema.
O viveiro de todo este Novo Cinema, em pleno Estado Novo, seria a Brasileira do Chiado, os escritórios do São Luiz e do Trindade, e os estúdios da Tobis no Lumiar, de cuja fundação Leitão de Barros viria a ser um dos principais impulsionadores.
No início de 1929, Leitão de Barros e António Lopes Ribeiro partem em viagem, à descoberta dos principais estúdios de Cinema da Europa, onde conhecem e convivem com os maiores cineastas desse tempo — da Alemanha à Rússia…! Regressados à Pátria, Leitão de Barros lança-se na rodagem de Lisboa, Crónica Anedótica, a fita que hoje aqui trazemos, e que é um marco mundial na tendência europeia dos documentários poéticos, de matriz futurista, sobre a vida das grandes cidades, que tinha até aí em Berlim, Sinfonia de uma Capital (1926), de Walter Ruttmann, o seu mais alto expoente.
Lembremos aqui que Leitão de Barros, que trabalhava como professor de Desenho e Matemática (mais uma das suas aparentes contradições, mas expressão máxima da sua versatilidade criativa), era um nacionalista puro, sempre em busca da exaltação estética dos valores tradicionais de Portugal; conseguia extrair beleza da nossa Terra e do nosso Povo, numa linguagem moderna e apelativa. O seu apurado sentido de humor fazia-o evitar o ridículo e o mau-gosto (tão comuns na nossa burgessa e deslumbrada burguesia de hoje).
Homem de várias Vidas — pintor, professor, cineasta, jornalista, criador de grandes espectáculos —, foi no Cinema, porém, que encontrou o meio para explanar totalmente a sua Arte: estão aí A Severa (1930) — primeiro filme sonoro português —, As Pupilas do Senhor Reitor (1935), Bocage (1936), Ala-Arriba! (1942) — premiado no Festival de Veneza —, Inez de Castro (1944), Camões (1946), Vendaval Maravilhoso (1949), para o demonstrar, além de vários documentários, que são peças fundamentais para estudar a época histórica do Estado Novo.
Vamos então a Lisboa, Crónica Anedótica, que se faz tarde. Este filme é o mais autêntico documentário feito até hoje sobre a Capital; mas é também, ainda, muito mais do que isso: é uma fita onde aparecem os maiores actores da época — e de sempre?… — do Teatro e do Cinema de Portugal (Nascimento Fernandes, Beatriz Costa, Vasco Santana, Erico Braga, Chaby Pinheiro, Estevão Amarante, Josefina Silva, Eugénio Salvador, Adelina Abranches, Costinha, Alves da Cunha, e muitos outros… — caramba!). Todos eles interpretam personagens típicas de Lisboa, misturadas com as figurais reais do quotidiano da cidade.
Esta convincente articulação de realidade e ficção, de linguagem documental e fantasia, fazem desta obra um caso sério de inovação, qual precursora de fenómenos cinematográficos do pós-II Guerra Mundial, como o neo-realismo italiano. No caso da nossa Lisboa, o verismo antropológico conjuga-se com um requinte formal de artista sofisticado — Leitão de Barros era um esteta — e surge livre de visões marxistas, habitualmente transformadoras dos tipos sociais em estereótipos.
O filme avança em animado ritmo, com uma montagem que assegura a colagem dinâmica dos fragmentos — pitorescos, mas ao mesmo tempo poéticos — e cria um sentido para as imagens (magníficas, do grande operador Artur Costa de Macedo), ao som da Música de Frederico de Freitas, Juan Fabre e António Melo — interpretada ao vivo, pelas melhores orquestras, durante as projecções (Cinema Mudo oblige).
O que seria apenas um documentário, eleva-se, assim, à categoria de grande peça «cinegráfica» (na feliz expressão do meu Saudoso Mestre Luís de Pina, na sua História do Cinema Português).
Ao vermos este filme, sentimos a nostalgia de uma cidade branca, monumental, simples, luminosa, alegre, dinâmica, viva, habitada — com seus tipos genuínos —, com Alma! E, apetece-nos perguntar: — Por que será que agora Lisboa aparece sempre cinzenta e triste no Cinema Português a que temos direito e que pagamos com os nossos impostos?…
Lisboa, Crónica Anedótica apresenta-se, assim, como mais uma prova de que é possível alinhar Portugal com o «ar dos tempos» — a par de Ruttmann e Vertov, neste caso — sem abdicar da Identidade Nacional.
Veja-se e faça-se, em 2019, de novo!

Nota: Artigo escrito em 2007 para a revista Alameda Digital. Republicado em novas versões nos blogues Eternas Saudades do Futuro e Jovens do Restelo e no jornal O Diabo. Reedito-o agora novamente.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

DOS MEUS PESSOALÍSSIMOS QUADRANTES POLÍTICO-DOUTRINÁRIOS

Ortodoxo na doutrina, pragmático na política.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

DIA DE SÃO JOÃO E NÃO SÓ

2 AC — Nascimento de São João Baptista.
1128 — Batalha de São Mamede, Fundação de Portugal.
1360 — Nascimento de Dom Nuno Álvares Pereira / São Nuno de Santa Maria.

domingo, 23 de junho de 2019

PORTUGAL É HOJE UM PAÍS EXTREMISTA?

Sim, de extremo-centro, o extremo mais triste que existe.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

DA VITÓRIA DA LUZ SOBRE AS TREVAS

Os longos crepúsculos solsticiais estivais têm, em Portugal, muito por causa da presença a poente do Atlântico, infinitas e indizíveis matizes cromáticas.

SOLSTÍCIO DE VERÃO

A partir de hoje, e até ao dia do Solstício de Inverno — momento do anti-clímax —, as noites vão crescendo e os dias diminuindo, muito lentamente. A simples observação diária desta regra da Natureza sempre constituiu para mim um suave deleite. Nada melhor do que seguir e sentir o Sol, e a sua presença entre nós, iluminando-nos e aquecendo-nos. Vindas estas palavras de um noctívago, são ainda mais verdadeiras. Gosto das longas noites; mas, também admiro os intermináveis dias banhados pela luz quente do Astro-Rei, para viver em plena sintonia com a equilibrada harmonia da Natureza.

FRASE À ATENÇÃO DE QUEM QUER ACABAR COM AS MAIÚSCULAS

Eles verão que um Verão assim só existe em Portugal.

CINEMA DE VERÃO

Excelentes soirées de westerns spaghetti na Fox Movies. Cinema de culto para cinéfilos da velha guarda.

POEMA DE VERÃO

Donc, ce sera par un clair jour d'été ;
Le grand soleil, complice de ma joie,
Fera, parmi le satin et la soie,
Plus belle encor votre chère beauté ;

Le ciel tout bleu, comme une haute tente,
Frissonnera somptueux à longs plis
Sur nos deux fronts heureux qu'auront pâlis
L'émotion du bonheur et l'attente ;

Et quand le soir viendra, l'air sera doux
Qui se jouera, caressant, dans vos voiles,
Et les regards paisibles des étoiles
Bienveillamment souriront aux époux.

PAUL VERLAINE
(1844 — 1896)

quinta-feira, 20 de junho de 2019

PROPOSTA POLÍTICO-ECONÓMICA SOBRE OS FERIADOS RELIGIOSOS NO DIA DO CORPO DE DEUS

Os feriados religiosos deverão passar a ser gozados apenas pelos católicos, pois só estes cidadãos têm Algo (Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus; Sexta-Feira Santa; Páscoa; Corpo de Deus; Assunção de Nossa Senhora;  Todos os Santos; Imaculada Conceição; Natal do Senhor; etc.) a celebrar nesses dias.
Assim, além de acabar com a hipocrisia de um sistema que se diz laico, esta medida trará enormes vantagens para a produção nacional, porque a restante população (cada vez maior, infelizmente) trabalhará nessas datas.

DAS ARTES

Avant la Corrida / Before the Bullfight, 1912
AMADEO DE SOUZA-CARDOSO (1887 — 1918)
Óleo sobre Tela, 60 x 92 cm

quarta-feira, 19 de junho de 2019

SITE EM DESTAQUE

EM NOME DA TRADIÇÃO

Eu já assinei esta petição. E os meus caros leitores?

terça-feira, 18 de junho de 2019

DA VIDA EM SOCIEDADE

Quem nada tem de interessante a dizer, dever-se-ia limitar a falar do clima. Os ingleses fazem-no bem.

MÁGICOS LUGARES ESPIRITUALMENTE GÉMEOS (1)

Ericeira e Biarritz.

domingo, 16 de junho de 2019

À ATENÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Passado quase um mês sobre as eleições europeias, quanto tempo mais teremos ainda de gramar as feias carantonhas dos candidatos escarrapachadas nos gigantescos e horrendos outdoors que poluem visualmente e tiram as vistas da cidade?

sexta-feira, 14 de junho de 2019

DA DEMOGRAFIA

Os pequenos portugueses são hoje cadáveres adiados que não procriam.

UMA QUESTÃO DE CLASSE

Os grandes têm bom gosto, os médios bom senso e os pequenos senso comum.

PARA A REDEFINIÇÃO DAS CLASSES SOCIAIS

O Ocidente de matriz indo-europeia sempre organizou as suas comunidades nacionais de forma tripartida. Assim, durante muito tempo, falou-se de clero, nobreza e povo e depois de nobreza, burguesia e povo, por exemplo. Caídas em desuso, por anacronismo, estas pretéritas classificações, mas verificando a permanência da tradição orgânica tripartida, proponho a seguinte nova nomenclatura: grandes, médios e pequenos.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

VENTO REDENTOR E TÍLIAS EM FLOR

A nortada, que habitualmente varre Lisboa em Junho, além de purificar o poluído ar da cidade, transporta, desde o Campo Grande até às Avenidas Novas, o delicioso aroma das Tílias em flor.

SANTO DO DIA

Santo António de Lisboa
[Fernando de Bulhão, filho de Martim de Bulhão e de D. Teresa Taveira]
(Portugal, Lisboa, Sé, c. 1190 — Itália, Pádua, Arcella, 13.06.1231)

Frade Franciscano.
Doutor da Igreja.
Professou aos 20 anos nos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora.
Dois anos depois, mudou-se para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde foi ordenado Sacerdote.
Em 1220, tornou-se Frade Franciscano, no Eremitério de Santo Antão dos Olivais, em Coimbra; e, pouco depois, foi a Marrocos, em missão apostólica.
Doente, viu-se obrigado a regressar a Portugal; mas, uma tempestade levou o barco que o transportava a aportar na Sicília.
Convocado por São Francisco de Assis, pregou em França (Montpellier e Toulouse) e Itália (Bolonha).
Nomeado Provincial, no Norte de Itália (1227), continuou como pregador e Professor de Teologia, em Pádua, onde morreu vítima de doença súbita.
Foi canonizado a 30 de Maio de 1232.
Proclamado Doutor da Igreja em 06.01.1946 (Papa Pio XII).

quarta-feira, 12 de junho de 2019

HÁ 70 ANOS LISBOA JÁ ERA UMA CAPITAL COSMOPOLITA (AH POIS ERA, COM IMPÉRIO E TUDO)

terça-feira, 11 de junho de 2019

BLOGUE EM DESTAQUE

Chachadas, de Francisco Braz Teixeira.

DO CÂNONE OCIDENTAL COMO FUNDAMENTO DA EUROPA DAS NAÇÕES

Camões, Cervantes, Hugo, Dante, Shakespeare, Goethe, Tolstoi.

DAS ÁRVORES E DAS PÁTRIAS

As Árvores e as Pátrias querem-se antigas e grandes.

EM HARMONIA COM A NATUREZA

No mês das tílias em flor bebo chá de tília para dormir melhor.

DAS ÁRVORES MÁGICAS

Nesta época pré-solsticial, a mais bela árvore da cidade é a monumental Tipuana do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa. Estará já certamente em flor; e, quando assim é, estende-nos um tapete amarelo, tecido pelas suas folhas caídas, para nos receber. Além disso, acolhe-nos e abriga-nos, generosamente, à sua sombra. Tenho de lá ir fazer a minha visita anual.

JUNHO CALMOSO, ANO FORMOSO

A sabedoria popular descamba amiúde no registo piroso, como manifestamente acontece neste ditado, mas é sempre certeira.

UM CASO PERDIDO PARA A SOCIEDADE DE CONSUMO

Deleito-me com o visionamento de filmes publicitários. Fazem-me lembrar os bons velhos tempos do Cinema Mudo, com a sua linguagem pura feita apenas de imagens em movimento, sem andar a reboque dos diálogos. Além do mais, cultivam a beleza; e, como bem sabem os meus queridos leitores,  o meu fascínio por esta consubstancia-se como a minha principal fraqueza. Contudo, nunca fixo os produtos que essas curtas narrativas tentam impingir. Também me está cá a parecer que não serei o típico target de nenhum desses spots, pois não é fácil encaixar-me em «públicos-alvo», ou lá o que é. 

segunda-feira, 10 de junho de 2019

DESTES JÁ NÃO HÁ

Luís Vaz de Camões
(Lisboa, 04.02.1524 — Lisboa, 10.06.1580)

LIVRO PARA HOJE E SEMPRE

Os Lusíadas, de Luís de Camões, grande edição ilustrada (com ilustrações de Roque Gameiro e Manuel de Macedo), revista e prefaciada pelo Dr. Sousa Viterbo, editada pela Empresa da História de Portugal, Lisboa, 1900.

domingo, 9 de junho de 2019

MEMÓRIAS DO FACEBOOK (1)

Faz agora exactamente 10 anos que entrei na famosa rede social; e, já agora, 5 anos que saí.
Logo vi que estávamos perante um sítio que, embora apenas virtualmente social, fazia lembrar os saudosos lugares das animadas noites dos anos 80 do século passado: quando abriam, e durante o primeiro ano, eram óptimos, porque só tinham pessoas conhecidas (daquelas cujos nossos pais e avós também já se conheciam), ou seja, os nossos amigos; no segundo ano, começavam a aparecer caras novas, mas bonitas, o que nos fazia continuar a frequentar o local; no terceiro ano, estando na pista a dançar, olhávamos em volta e sentíamos, subitamente, que aquele espaço, outrora familiar, tinha sido invadido pelos bárbaros.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

VERDADEIROS E FALSOS AMBIENTALISTAS

Dá-me vontade de rir, ver e ouvir os (pós-)modernos «ambientalistas». Em primeiro lugar, porque, sendo eles «urbanos» (na verdade, suburbanos), nunca puseram os pés no campo, não sabendo distinguir uma oliveira dum sobreiro nem uma ovelha duma cabra. Depois, e agora a coisa fia mais fino, ferozes adeptos da revolução e do progresso que são, se raciocinassem, chegariam facilmente à conclusão que foram precisamente essas suas amadas revoluções — industrial à cabeça — que, em nome do progresso material, conduziram à destruição do Ambiente.
Por outro lado, nós, os tradicionalistas, somos aqueles cuja doutrina, toda ela espiritual, comunitária e orgânica, tem verdadeiramente como principais preocupações a Terra e o Povo. Portugal é bom exemplo do que afirmo; pois, se houve uma pessoa e um partido político que trataram este assunto duma forma séria, coerente e científica, foram Gonçalo Ribeiro Telles e o Partido Popular Monárquico, com quem tive a honra e o prazer de colaborar nos anos 80 do século passado.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

AGUSTINA

Partiu a Autora, ficaram os livros. Leiam-se, ou releiam-se, mas depressa, que se faz tarde.
Estamos a falar da melhor Escritora portuguesa de sempre, e uma das melhores da Literatura mundial de todos os tempos.
Culta, conservadora, espiritual, sibilina, críptica, alma às direitas, genial; portanto, só o abjecto pensamento politicamente correcto impediu que ganhasse o Nobel.
Além de tudo o mais, Agustina era uma Mulher que compreendia os homens. Coisa rara e bela.
Sinto que não a referi tanto quanto merecia. Apesar de tudo, foram 20, as mensagens deste blogue inspiradas directamente por ela: ei-las, à distância de um clique. Indirectamente, a sua influência em mim é infinita.

domingo, 2 de junho de 2019

ZEITGEIST E WELTANSCHAUUNG

Neste caso o «e» do título da mensagem é copulativo, pois o espírito do tempo está a dar razão à minha eterna cosmovisão. Só em Portugal é que ainda não, mas também já se sabe que o rectângulo anda sempre atrasado.

CURIOSIDADES DO BLOGUE

A mensagem anterior é a n.º 7777.

sábado, 1 de junho de 2019

RECEITA PARA O(S) CALOR(ES) DO MÊS DA DEUSA JUNO

Kathleen Turner e William Hurt em Body Heat / «Noites Escaldantes»  (EUA, 1981) de Lawrence Kasdan.

Banho de imersão em antiga e larga banheira-de-pés assente em chão de pedra e cheia com água arrefecida por cubos de gelo. Ter uma reserva dos referidos cubos de gelo num balde à mão de semear e passá-los volta e meia pelo corpo — como bem exemplifica Kathleen Turner nesta cena da referida fita — também ajuda. A experimentar apenas e só com pessoas de confiança.