sexta-feira, 31 de julho de 2015

SANTO DO DIA

Santo Inácio de Loiola
(1491 — 1556)
Fundador

«Tinha alma maior que o mundo.»
Papa Gregório XV

PORTUGAL NA VANGUARDA DAS ALIANÇAS DA EUROPA CRISTÃ

Para a sua defesa e sobrevivência, a Europa Cristã precisa de congregar aliados; mesmo, e muito especialmente, entre certas facções do Islão. Os Reis de Portugal foram sempre dos primeiros a percebê-lo, e a praticá-lo. Neste sentido, saúda-se o estabelecimento no nosso País da residência oficial — bem como da sede da sua Fundação — do Príncipe Aga Khan, chefe espiritual dos Ismaelitas (um ramo Xiita dos Muçulmanos). Facto este que trará ao nosso Estado um forte poder negocial do ponto-de-vista geopolítico. É bom constatar que, passados muitos anos, Portugal poderá voltar a estar na vanguarda geoestratégica mundial.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A PROPÓSITO DOS 600 ANOS DA CONQUISTA DE CEUTA

No próximo dia 21 de Agosto completar-se-ão 600 anos sobre a Conquista de Ceuta aos Muçulmanos pelos Portugueses. Foi com felicidade que entretanto já vi nos escaparates dois livros sobre o tema. Igualmente com alegria vi o assunto ser abordado no excelente programa Visita Guiada da RTP 2. Contudo, parece-me ainda pouco para o épico evento em questão. Aguardam-se, portanto, mais novidades culturais, para assinalar condignamente a data.    

LISBOA NA LITERATURA

As Confissões de Félix Krull, Cavalheiro de Indústria, Thomas Mann, tradução Domingos Monteiro, colecção Ficções, edição Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2003.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

TODA A VERDADE SOBRE O EXTREMISMO NA EUROPA

A Europa está dominada há décadas por ideologias de extremo-centro. É isto. E é tudo.

domingo, 26 de julho de 2015

LISBOA NA LITERATURA

O Assírio, William Saroyan, tradução João Alves das Neves, colecção As Grandes Novelas, n.º 1, edição Editorial Organizações, Lisboa, 1956.

INFORMAÇÃO TAURINA NA INTERNET

DA VIDA EM SOCIEDADE

Quando conheço alguém que não bebe vinho, coloco logo três hipóteses: será uma questão de religião, estará com um problema de saúde ou terá falta de gosto?

sábado, 25 de julho de 2015

SLOW DE SEXTA À NOITE


DESPORTO ENQUANTO ARTE DE RITMO E ESPAÇO

Uma tenista é estética quando é balética.

terça-feira, 21 de julho de 2015

DO EFEITO ESCULTÓRICO DO DESPORTO NO CORPO FEMININO

As modalidades desportivas moldam os corpos das atletas. Desse facto resultam por exemplo as elegantes e bem-lançadas jogadoras de voleibol. São as minhas preferidas.

A PROPÓSITO DO MELHOR ESPECTÁCULO TELEVISIVO DA SAISON


sábado, 18 de julho de 2015

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL «EDUCAÇÃO SENTIMENTAL» FAZ UM ANO

quarta-feira, 15 de julho de 2015

O REGRESSO DAS RELIGIÕES E DAS NAÇÕES

No século passado, a democracia liberal combateu e derrotou todas as outras ideologias.
Será que neste século o demo-liberalismo conseguirá conquistar todos os países?
Resta a resistência das religiões e das nações ao projecto demo-liberal de criação dos Estados Unidos do Mundo. 

SETE MARES


terça-feira, 14 de julho de 2015

AINDA E SEMPRE O LUAR


DO TRISTE TRIUNFO DA MATÉRIA SOBRE O ESPÍRITO

Cada vez mais me acontece olharem-me para o dedo quando aponto para a Lua.

DA DEGENERAÇÃO LUSITANA E DA DECADÊNCIA LUSÍADA

Se os Portugueses de hoje fossem feitos da mesma fibra dos que outrora foram à Índia e ao Brasil, estaríamos agora a partir à descoberta e à conquista da Lua e de Marte. O paralelo, metafórico, é este. O paradigma, infelizmente, é outro.

DO LUAR

O luar é azul em Chateaubriand e Victor Hugo, mas é amarelo em Beaudelaire e Leconte de Lisle. Cá para mim — crescente, cheia ou minguante —, a luz da Lua será sempre prateada.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

PARADOXO NACIONAL

O Português é  dos Povos mais comodistas da Europa. Perante esta indesmentível triste característica psicológica, pergunta-se, por exemplo, como foi capaz de levar a cabo os Descobrimentos...? Pela simples razão de que se move  — e de que maneira! —  sempre que tem a comandá-lo um Chefe de carácter simultaneamente visionário e pragmático. Assim era o Infante D. Henrique.

domingo, 12 de julho de 2015

DO MUNDO ME(R)DIÁTICO E DO REGRESSO ÀS CATACUMBAS

Os meios de distracção social continuam a reger-se pela sinistra cartilha que é aviada aos alunos dos cursos de intoxicação do ensino inferior pelos seus falsos gurus feitos a foice e martelo nos idos anos revolucionários. Esses rapazolas, chegados aos meios de desinformação, aplicam a seguinte linda regra: «o que não aparece na televisão não existe». Vai daí, com a cachimónia feita pelas ideias tortas, não dão tempo de antena a quem pensa pela sua própria cabeça. Ficam assim todos contentinhos por exercerem o seu poder de silenciamento, a bem do politicamente correcto. Mal sabem eles que essa ditadura do pensamento único só ajuda a gerar uma subterrânea contra-corrente cultural que cresce sem se ver e que um dia dará lugar a um enorme movimento nacional.

sábado, 11 de julho de 2015

NOVA ARRANCADA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Atendendo ao que vamos vendo e ouvindo, a construção civil nacional poderá vir a ter, muito em breve, um novo grande impulso, se decidir especializar-se na edificação de estabelecimentos prisionais.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

CULTURA E POLÍTICA

Saibamos transmitir pelas artes e letras os valores que queremos ver aplicados na coisa pública.

DA ARQUITECTURA E DO PAISAGISMO DE LISBOA

Urge que as alvas calçadas da bela cidade branca avancem em largura sobre o negro alcatrão das estradas e que naquelas sejam plantadas árvores.

TRADIÇÃO E MODERNIDADE

Tenho constatado, com prazer, que várias famílias portuguesas fizeram blogues (fechados ao público, e bem) só para os seus membros poderem comunicar entre si: trocar memórias, mostrar documentos, esclarecer genealogias, marcar encontros, mandar postais de viagens, conhecer primos, e partilhar fotografias de festas — são alguns dos resultados práticos. Enfim, a mais moderna tecnologia, ao serviço da melhor tradição; assim, sim.

DAS NOVAS FORMAS DE CONSERVAR A TRADICIONAL ARTE DE CONVERSAR

Durante anos a fio — os da saída da adolescência e de entrada na idade teoricamente adulta —, andei sempre com um caderno de bolso de capa preta dura e folhas brancas lisas metido na algibeira do blazer, ou do blusão de cabedal, ou na mão, estivesse eu num café, num cinema, numa tertúlia, num concerto, num fim-de-semana alucinante, ou numa viagem distante. Na sequência deste hábito, possuo dezenas deles guardados; mas, não convenientemente organizados. Tenho a clara sensação que ganharei em lê-los com bastante distância temporal, e sei que me surpreenderei quando o fizer. Só espero não me assustar com o que lá vier a ver quanto lhes puser de novo os olhos em cima. Anseio sim por lá encontrar registadas sínteses das melhores conversas que tive nesses anos.
Aqui no blogue — bloco de apontamentos dos novos tempos digitais —, a coisa processa-se de diferente maneira; pois, todos os santos dias pomos a escrita em dia e deitamos conta à vida, através das mensagens anteriores e do arquivo (sempre à mão de semear). Acresce ainda a isto, muito especialmente, a interacção com amigos que nos enriquecem com oportunas trocas de opiniões feitas por computador, telemóvel, ou ditas de viva voz — por vezes até ao vivo e a cores (as melhores, porque mais saborosas). Desta forma, lançando pontes, trata-se já de conversar — essa superior arte que permite estabelecer e definir afinidades.
À laia de remate, posso dizer que consegui assim colocar ao meu serviço os modernos canais de comunicação à distância, tendo no entanto a certeza de ser o tradicional contacto directo e de proximidade o fim que justifica a utilização destes novos meios.

terça-feira, 7 de julho de 2015

DA POESIA NA FILOSOFIA TOMISTA

Costuma-se dizer que S. Tomás de Aquino, ao contrário de S. Francisco de Assis, não permitiu na sua obra o elemento indescritível da poesia, uma vez que, por exemplo, nela existem poucas referências a quaisquer prazeres nas flores e frutos reais das coisas naturais, embora ali esteja toda a preocupação com as raízes da natureza. Mesmo assim, confesso que, ao ler a sua filosofia, tive uma impressão muito peculiar e intensa, análoga à produzida pela poesia. É bastante curioso que essa filosofia se assemelhe mais, em alguns aspectos, à pintura, lembrando-me bastante do efeito produzido pelos melhores pintores modernos quando lançam uma estranha e quase crua luz sobre objectos escuros e rectangulares, ou quando parecem estar antes tacteando do que apreendendo as próprias colunas da mente subconsciente. Isso provavelmente ocorre porque há na obra de S. Tomás de Aquino uma qualidade primitiva, no melhor sentido de uma palavra tão desgastada; mas, seja como for, o prazer é claramente não só da razão mas também da imaginação.
In S. Tomás de Aquino, de G. K. Chesterton.

FALEMOS DE MIOSÓTIS

Visto que Você não quer que as coisas continuem
Assim
Nesse caso
Falemos de miosótis
Flor sobre a qual não sabemos
Nada
ALBERTO DE LACERDA
(1928 — 2007)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

DO DESPERTAR DAS NAÇÕES EUROPEIAS

As sucessivas crises económico-financeiras provocadas na decadente Europa pelo ganancioso sistema demo-liberal dos EUA, bem como as pressões internas e externas a que o Velho Continente é sujeito por parte do agressivo expansionismo do Islão, levam a que as diversas Nações europeias se fechem sobre si próprias para melhor resistirem. O Reino Unido, que sabe da póda há séculos, já o fez, até porque sempre gostou de ter um pé de fóra dos utópicos «projectos europeus», os quais são geralmente feitos contra os Povos e as Pátrias da Europa.  Ninguém diria é que seria a Grécia a primeira, à sua maneira, a seguir os sábios passos da Velha Albion.  

domingo, 5 de julho de 2015

CULTURA E DEMOGRAFIA

Gramsci, no século passado, chamou a atenção para a importância da Cultura. Maomé, in illo tempore, definiu o papel decisivo da Demografia. Ambos, hábeis políticos que eram, tinham razão; e, na realidade, a combinação dos dois factores revelou-se sempre determinante, ao longo da História Universal, para o sucesso de qualquer projecto Geopolítico. Todos os Impérios se expandiram enquanto dominaram estes vectores e caíram quando deixaram de o fazer.
Atendendo a que «o fim da História» afinal ainda não aconteceu, nem tampouco se deu «o choque das Civilizações», as lições deles voltam a estar na ordem do dia.
E a conclusão é, portanto, simples: a Civilização que tiver mais crianças e que conseguir educá-las nos seus Valores acabará, mais tarde ou mais cedo, inevitavelmente, por triunfar; e, desta, vez, talvez seja para todo o presente milénio . É uma óbvia constatação de realpolitik.
Para mal dos nossos pecados, a Europa Cristã definha, dia após dia, a olhos vistos, em ambas as coordenadas.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

DA PODEROSA RECENTE OBRA DUM ESCRITOR INSUBMISSO

Oxalá a política fosse tão criativa e dinâmica como acontece em Submissão de Michel Houellebecq. Islâmicos e Identitários, mais o pensamento económico de Chesterton, aliados no poder, em nome do combate ao inimigo comum, e maior, que se chama mundialismo (ateu, individualista, materialista, demo-liberal ou socialista). Uma ficção aparentemente surreal, para quem nada conhece de História, Religião, Filosofia e Política; mas, híper-real, em potência, para quem aprofunda as referidas matérias. Já se sabia que Houellebecq era o maior romancista francês no activo, só não se conhecia ainda que é também um génio visionário — na linha de Aldous Huxley e H. G. Wells —, pois apenas alguém assim conseguiria combinar os dados ideológicos, desta extraordinária maneira, a fim de nos dar um espantoso regime novo! Esta ficção política tem sido recebida por disparates ditos pelos críticos (a cartilha kulturalmente correcta, por onde se guiam, não tem clichés prontos a aplicar a uma obra assim) e pelo silêncio dos comentadores (formatados pela ditadura de pensamento único, do sistema, não encontram chavões para debitar sobre este livro). E, porém, pelo que se vai vendo, um pouco por toda a Europa, irá, certamente, num futuro não muito longínquo, dar bastante que falar... 

EU CÁ PARA MIM...


quinta-feira, 2 de julho de 2015

AVISO AOS RAPAZES POR CAUSA DOS LIVROS E DAS RAPARIGAS

Deitei os olhos a alguns trechos do Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, e deixei-me adormecer, escabeceando, sentado no sofá. Estranho soporífero esse. Lembro-me bem dos tempos da adolescência em que a sua leitura me provocava febril vigília, pela noite dentro, impedindo-me de conciliar o sono. Depois, chegaram as primeiras namoradas à séria; e, com elas, o verdadeiro desassossego dos sentimentos e dos sentidos. E os livros foram às urtigas. Tenho cá para mim — aqui que ninguém nos ouve — que as raparigas podem ser, em determinadas fases da vida, as principais inimigas dos livros. Assegurem-se pois de ter lido o essencial antes de se lançarem nos seus braços, até para não serem tomados por parvos.

DA FILOSOFIA PRÁTICA

Releio a obra Die Spatziergänge oder die Kunst spatzieren zu gehen, de Karl Gottlob Schelle, na edição francesa, da Rivages Poche / Petit Bibliothèque, intitulada l'Art de se Promener, e prefaciada e traduzida por Pierre Deshusses.
A propósito: quando é que em Portugal se começam finalmente a fazer edições boas para o bolso e para a bolsa? Por enquanto, são feíssimas e caríssimas.
Este livrinho, escrito em 1802 por um amigo de Kant e correspondente de Goethe, permanece para mim como o mais útil manual da arte de bem passear (não confundir com as famigeradas caminhadas e corridas). Dúvidas houvesse e ficaria demonstrado neste pequeno ensaio que a simples prática física do passeio, de preferência feito em boa companhia, propicia prazer estético, ao mesmo tempo que nos transporta a uma elevada dimensão espiritual.

VIVER HABITUALMENTE

Ultimamente, tenho vindo a perder um hábito que alimentei durante muito tempo (os costumes têm de ser cultivados, como as plantas; senão, como estas, morrem). Todos os dias transcrevia factos da agenda do ano anterior para a actual. Desta forma, nunca me esquecia dos anos das pessoas, nem dos santos de cada dia. Era ainda uma boa oportunidade para recordar acontecimentos que tinham sido importantes, e que lá registava. Vai-me valendo a memória, que, contrariamente o que se apregoa, no meu caso, tem aumentado com a idade.

QUANDO CERTAS COISA MUDAM JÁ NADA FICARÁ NA MESMA

Duas coisas se perdem neste meio de comunicação. Sim, meio de comunicação porque é de pôr em comum que se trata; pois, embora escreva estas notas soltas, ao correr do teclado, como se de um diário pessoal secreto se tratasse, sei bem que os meus queridos leitores estão aí desse lado. Afinal, é como se deixasse o caderno de apontamentos propositadamente esquecido na mesa do café, ou no compartimento do comboio, para poder ter, duplamente, o perverso prazer voyeur de ver alguém pegar nele e lê-lo — atitude  que, vice-versa, por educação e pudor, nunca teria em relação ao de outrém.
Dizia eu que duas coisas se perdem nesta «escrita à máquina» na «rede global»: são o tom e a caligrafia.
O primeiro, vai todo pelo som e é o núcleo fundamental da linguagem oral, na medida em que reforça — ou cria, até, em certos casos — o verdadeiro significado das palavras.
A derradeira, será a caligrafia. Sobre esta, múltiplas análises podem os especialistas produzir. Para já, constato com tristeza que está em vias de extinção. É portanto com nostalgia que deito os olhos a cartas escritas à mão, redigidas ainda na boa tradição epistolar —  registo literário por onde passou tanta correspondência dos nossos antepassados: assim se namorou, se relataram viagens, se fizeram negócios, se participaram casamentos e nascimentos, se tomaram decisões privadas e públicas. Assim se fez História. E a grafologia não deixava mentir...
Vem tudo isto a propósito (ou a despropósito) de ter descoberto, não sem estranheza, que a minha letra está a mudar.