sábado, 30 de julho de 2022

NOVIDADE SONORA

Enquanto não crio um blogue (mais 1!) dedicado a assuntos musicais, onde possa tocar discos, estou no Spotify. Abri uma conta nesta plataforma com o objectivo único de fazer uma playlist para passar na inauguração de À Luz das Raparigas em Flôr. Assim foi e a referida lista de reprodução cumpriu o seu desígnio. Vai daí, entusiasmei-me, e alinhei outras 10! Estão lá todas, abertas ao público. Ide ouvi-las com orelhas de escutar. Não consigo ver um link para pôr aqui mas bastará procurar em «Spotify - João Marchante», digo eu... 

PEDIDO DE PERDÃO À NAVEGAÇÃO

Ano lectivo especialmente activo, com exposição à mistura e tudo, fez-me descurar este querido diário. Um e outra correram muitíssimo bem, diga-se de passagem. Dá gosto quando assim é, porque há sempre a sensação de contribuirmos para fazer as pessoas felizes, quanto mais não seja. Dito isto, também tenho de confessar aos meus estimados leitores que foi precisa uma estúpida insónia (realidade tão distante que nem me recordo da anterior) para me sentar à secretária, ligar o computador e alinhavar esta prosa. E constato que existe de facto uma poética das folhas brancas nas noites brancas. Não a irei desenvolver - e, portanto, aproveitá-la no sentido aristotélico do termo -, mas possa ela ter servido para me ajudar a verter aqui, sem ser muito maçador, esta justificação pública para a pretérita ausência e já me dou por contente. 

terça-feira, 12 de julho de 2022

NÃO HÁ BRANCO NOS FILMES A CORES

A esteticamente radical afirmação é de Marguerite Duras. Querida antiga aluna minha de Cinema fez-me chegar de Barcelona uma série de imagens de uma exposição consagrada à extraordinária autora francesa, com fotografias, filmes, vídeos e textos variados. Saltaram-me à vista vários pensamentos desta sobre o valor do branco, essa erradamente por muitos chamada cor, que na verdade resulta da reflexão de todas as cores. Duras confessa que foi um amigo japonês (quem conhece a sua obra imagina de quem estamos a falar) que lhe mostrou a brancura como ela nunca tinha visto. Foi num jardim, à luz da Lua Cheia. Marguerite viu, assim, pela primeira vez, a alvura, em todo o seu esplendor, nas margaridas e nas rosas brancas desse jardim. 
Noutro texto redigido por si, a escritora franca avança para o Cinema (também realizou filmes e vídeos, quase sempre a partir da sua obra literária) e cunha duas frases que adquirem todas elas o valor profundo de um aforismo. Reza assim, numa tradução minha ao correr das teclas: «Não há branco nos filmes a cores. A verdadeira brancura - aquela da neve, aquela da espuma do mar, aquela das flores brancas nas noites de Lua Cheia - só é dada nos filmes a preto e branco. 
O que quero partilhar com os meus queridos leitores, além destas sábias reflexões da Duras, é o belo acaso do momento da chegada a mim destes textos ter coincidido com a minha primeira exposição de fotografia a preto e branco (depois de 12 a cores, ao longo de 25 anos), onde - finalmente - o branco e a luz são, de facto, o leitmotiv. Que o diga a personagem tenista, interpretada pela R., desta minha nova série agora exposta. Mas talvez a L., que me presenteou com todos estes mágicos documentos, tivesse pressentido isso, lá no outro extremo da Península, e tudo isto seja complementar. A ver vamos...  

sexta-feira, 8 de julho de 2022

NOVA EXPOSIÇÃO