sexta-feira, 31 de julho de 2020

EUROPA, 2028

Guimarães, 24 de Junho de 2028. Um grupo constituído por resistentes vindos de diversas nações europeias ocidentais ocupadas pelo califado islâmico reúne-se em Portugal. Contrariamente ao que sucedeu há mais de mil anos, nesta nova invasão maometana, a Península Ibérica não foi conquistada. Escaparam igualmente a Islândia, a Irlanda e o Reino Unido, além da Rússia. O resultado deste encontro será crucial para coordenar a Reconquista da Europa. D. Afonso VII, Rei de Portugal, toma a palavra... 

OS DOIS LADOS DA BOA MOEDA LUSITANA

Os portugueses oscilam sempre, ao longo da sua vida, entre um estado de espírito lírico — contemplativo, bucólico, poético — e um estado de espírito épico — activo, aventureiro, conquistador. Há que saber fazer a síntese, para tornar esta paradoxal característica numa forte qualidade.  

DESTES JÁ NÃO HÁ — HÉLAS!

Hoje morreram:
S. Inácio de Loyola, Fundador da Companhia de Jesus (País Basco, Castelo de Loyola, 31.05.1491 — Itália, Roma, 31.07.1556). Um santo muito cá de casa.
D. João V, O Magnânimo, Rei de Portugal (Portugal, Lisboa, 22.10.1689 — Portugal, Lisboa, 31.07.1750). Um rei muito meu.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

DAS CABEÇAS E DOS CORPOS DOUTRINÁRIOS

O Integralismo Lusitano e o Estado Novo são duas Doutrinas político-filosóficas — de pensamento e acção —    essencialmente portuguesas. O segundo foi mais além e chegou mesmo a ser Regime político. O primeiro — já o escrevi em tempos — morreu com a morte de Sardinha. O segundo — afirmo-o aqui e agora nos seus 50 anos —  morreu com a morte de Salazar. Estudem-se. Objectivamente.

sábado, 25 de julho de 2020

25 DE JULHO DE 1139

O Milagre de Ourique, 1793
DOMINGOS SEQUEIRA (1768 — 1837)
Óleo sobre Tela, 270 x 450 cm
Castelo d'Eu, Eu (Sena Marítimo), França

DEUS, PÁTRIA E REI

No dia em que completou 30 anos de idade — 25 de Julho de 1139 —, D. Afonso Henriques derrotou os mouros (árabes muçulmanos vindos do norte de África) na Batalha de Ourique. Era dia de Santiago e Cristo apareceu ao nosso Rei. Os anos do Rei, a Batalha e o Milagre assinalam-se hoje, portanto. Veremos se os me(r)dia  cá do rectângulo — ateus, anti-nacionais e anti-monárquicos até à medula — falam da tripla efeméride. Esquecer-se-ão, certamente. Talvez porque a coisa seja politicamente incorrecta em demasia.

SANTO DO DIA

S. Tiago Maior, Apóstolo.

MELHORES FRASES DA — E PARA A — DÉCADA (1)

Usando uma terminologia hegeliana, eu diria que nós estamos num tempo de antítese [...] O tempo da síntese ainda não chegou. As pessoas estão a reagir ao que está. E, portanto, quem pegar nesta bandeira da reacção vai ter sucesso.

JAIME NOGUEIRA PINTO


quinta-feira, 23 de julho de 2020

MUSA LUSA

Amália Rodrigues
(23.07.1920 — 06.10.1999)

FADO FILMADO E CINEMA CANTADO

Em Portugal, no ano de 1947, entre as sete longas-metragens produzidas, surge Fado, História d’Uma Cantadeira, que, dez anos depois, virá a ser o primeiro filme exibido pela Televisão Portuguesa, no arranque da RTP.

O seu realizador é Perdigão Queiroga, nascido em Évora, em 1916, e morto fisicamente num acidente de automóvel, em 1980. Este cineasta, depois de uma fase de aprendizagem das técnicas cinematográficas, trabalha como profissional nas áreas da imagem e da montagem. De seguida, em plena II Guerra Mundial, e Golden Age do Cinema Americano, ruma a Hollywood — para os estúdios da major Paramount (uma das cinco maiores empresas de produção cinematográfica dos E. U. A.) —, onde trabalha em montagem. De regresso à Pátria, inicia a preparação de Fado, que será o seu primeiro filme de fundo, numa obra com dezenas de títulos.

A sua filmografia divide-se, como era hábito nos autores clássicos completos, entre documentários (a que hoje chamaríamos «institucionais») e longas-metragens de ficção. Outro ponto alto da sua carreira viria a ser As Pupilas do Senhor Reitor (1961), a partir de Júlio Diniz, e que foi o primeiro filme nacional rodado em cinemascope (formato de ecrã largo).

Mas vamos ao nosso Fado, História d’Uma Cantadeira (1947), de Perdigão Queiroga, que a isso viemos e nisso estamos. Este filme baseia-se, muito livremente, na biografia da grande Amália Rodrigues, então no auge da sua carreira e beleza. Será esta formidável «cantadeira» a protagonizar a fita, com a qual iluminará a tela, como estrela deste melodrama romântico. Para que a musa lusa brilhe, em toda a sua plenitude, muito ajudarão os belíssimos fados de Frederico de Freitas, as letras de Amadeu do Vale, Linhares Barbosa, Gabriel de Oliveira e João Mota, as «sínteses de fados» de Frederico Valério e Jaime Santos, os versos de Silva Tavares e José Galhardo; e, toda esta equipa de luxo, sob a direcção musical de Jaime Mendes.

Abordemos então agora a história, propriamente dita: os cânones do melodrama, herdados — pelo Cinema — da Literatura e do Teatro do século XIX, estão lá todos; e, de uma forma não muito diferente daquela como eram praticados, à época, em Hollywood, mas convenientemente transpostos para a realidade social da Lisboa dos anos 40 do século passado, como se pretende.

Assim, temos uma fadista pobre de Alfama, com um namorado (o guitarrista Júlio — interpretado convincentemente pelo grande Virgílio Teixeira), que, tornando-se famosa, sai do seu bairro, abandonando o apaixonado companheiro e trocando-o pelos círculos da alta-burguesia e da aristocracia de Lisboa. Por fim, depois de peripécias várias, numa trama narrativa bem urdida, temos um final na boa tradição do happy end da Capital do Cinema. Se destaco esta ligação ao cinema clássico narrativo sonoro, que tinha as suas regras ditadas pelos norte-americanos, é porque o filme tem uma desenvoltura própria dos melhores produtos saídos dessas «fábricas de sonhos» que eram os Estúdios de Hollywood.

Perdigão Queiroga junta-lhe ainda os principais ingredientes da Cultura Popular Portuguesa — olhada por alguns arrivistas com desconfiança, pois talvez lhes faça lembrar o berço que renegam —, e, assim, conseguiu fazer um filme que é um dos maiores êxitos de bilheteira — até hoje — do Cinema Português, ao mesmo tempo que recebeu críticas muitíssimo positivas; conjugação esta não habitual. Capas Negras, de Armando de Miranda, desse mesmo ano e também com Amália, foi demolido pela crítica, e com toda a razão, devido ao cinema pobrezinho que revelava.

Neste caso — no nosso Fado —, o pano de fundo de carácter realista com que são pintados os bairros tradicionais de Lisboa, a excepcional representação do galã português de dimensão internacional — Virgílio Teixeira —, o rosto, a voz, e a naturalidade expressiva de Amália, o rigor fotográfico de Francesco Izzarelli, a fluidez da montagem do próprio Perdigão Queiroga — em «estilo invisível», à maneira de Hollywood —, as presenças de António Silva, Vasco Santana, Eugénio Salvador, Tony d’Algy, Raul de Carvalho, e mais uma mão cheia de outros grandes actores, fizeram toda a diferença.

Convém aqui realçar que o Fado e os Toiros são dois mitos permanentes da iconografia nacional; e, se convenientemente levados para a Cinematografia Portuguesa — com um tratamento narrativo e plástico sempre renovado, de acordo com o espírito dos tempos —, podem constituir-se como uma das matrizes estruturais de um verdadeiro género indígena. Os E. U. A. fazem exactamente o mesmo com os seus géneros: Western, Gangsters, Musical. Esta linha do Cinema Português foi, aliás, logo consagrada no primeiro filme sonoro (sonorizado, no entanto, ainda, em França): Severa, de Leitão de Barros.

Em relação a Fado, História d’Uma Cantadeira, diga-se que o Estado Novo — através do SNI, de António Ferro — pareceu gostar a atribuiu-lhe o Grande Prémio, nesse ano de 1947, demarcando-se, deste modo, de Capas Negras, que, apesar de tudo, teve um maior sucesso de bilheteira na época (e mesmo, também, um dos maiores de sempre, até à actualidade).

De facto, António Ferro, com o seu inovador bom-gosto, sabia o que fazia ao distinguir este filme, pois Fado tem tudo: por um lado, uma extraordinária beleza plástica — esse rosto de Amália nada fica a dever aos de outras divas do Cinema Mundial, muito graças ao já referido director de fotografia italiano, que tinha trabalhado no Camões, de Leitão de Barros, e que tem um estilo visual a fazer lembrar o expressionismo alemão; por outro, a banda sonora, já convenientemente aqui destacada, que reunia os melhores autores da música popular portuguesa de então. Finalmente, os diálogos — esse ponto fraco da Cinematografia Nacional — são convincentes e vivos, e ditos com boa dicção, e ainda melhor interpretação, depois de saídos da pena criativa de Armando Vieira Pinto.

E agora vou mas é rever a fita, que fiquei cheio de vontade, e esperar — pessimista, mas esperançoso que sou — que o Cinema Português se reconcilie com o seu público e possa voltar a erguer produções desta dimensão, para que, como neste caso, não abdicando da requintada expressão estética do autor, possa servir, com narrativas escorreitas e simples, temas onde as pessoas realmente se revejam, pois já basta de décadas de divagações umbiguistas, em tom hermético, para consumo próprio (com honrosas excepções, apesar de tudo).

Bem sei que agora, em 2020, já não temos Amália, aqui e ao vivo, nem Virgílio Teixeira — e que falta fazem! —, mas há por cá novos e bons actores — potenciais novas estrelas! Estarão os actores portugueses para sempre fadados a fazer telenovelas em manhoso estilo sul-americano, ou poderão voltar a brilhar em Filmes Portugueses populares e de qualidade?...

DO FADO E DO AMOR

Desde tenra idade, vivo secreta e platonicamente apaixonado por cantadeiras. Note-se que é sempre só uma de cada vez a ocupar esse especial lugar na minha alma lusitana. Se bem me lembro, a primeira foi Amália. Depois, houve pelo menos mais uma dúzia delas. Agora, chegou a hora de ser uma miúda que eu cá sei a cantar-me ao coração. Depois conto.

terça-feira, 21 de julho de 2020

FORTALEZA LUSÍADA [EM (RE)CONSTRUÇÃO AUTOMÁTICA]

| AMÁLIA | CAMÕES | VIEIRA | PESSOA | SARDINHA | AGUSTINA | AMEAL | NUN'ÁLVARES | GAMA | CABRAL | ALBUQUERQUE | SANT'ANTÓNIO | SIDÓNIO | SALAZAR | PIMENTA | FERRO | PASCOAES | RAMALHO | EÇA | CAMILO | GIL | JOSEFA | MALHOA | AMADEO | ALMADA | .....................................................................................

domingo, 19 de julho de 2020

MORAL DE TODO O PENSAMENTO TRADICIONALISTA

As modas são passageiras, os valores são eternos.

REMATE DO PENSAMENTO TRADICIONALISTA ANTERIOR

... No entanto, devem mudar-se algumas pequenas coisas acessórias, adaptando-as ao espírito do tempo, para que o essencial possa permanecer intocável.

PENSAMENTO TRADICIONALISTA PARA HOJE E SEMPRE

Quem muito muda, pouco acerta.

terça-feira, 14 de julho de 2020

DA ABERRANTE REVOLUÇÃO FRANCESA E DA IGNORANTE REVOLUÇÃO POMBALINA

Passam hoje 231 anos sobre a tristemente célebre Revolução Francesa. A partir desta sinistra data, França deixou de ser, com a queda do seu magnífico e fértil Ancien Régime, uma referência para todas as monarquias católicas das nações europeias; e, pior ainda, para ela, nunca mais voltou a ter a mesma grandeza.
Em Portugal, a desgraça chegou mais cedo, com a morte de D. João V e a nomeação do futuro Marquês de Pombal para o governo, em 1750. Entre os seus conhecidos bárbaros desvarios, destaco a menos referida consequência de um deles: a machadada mortal que deu no sistema de ensino português, assegurado exemplarmente em universidades e colégios pelos Jesuítas, desde o século XVI, ao expulsar estes do Reino, em 1759. 

segunda-feira, 13 de julho de 2020

LISBOA SECRETA EM TRÊS PASSOS DE GIGANTE

1. Começar por mergulhar nas profundezas aquáticas, descendo as misteriosas escadas.
2. Arriscar sentir a nova energia urbana, passando a estreita porta antiga oculta no meio do túnel mágico.
3. Acabar em pura contemplação, repousando o corpo e a alma, após a tradicional caminhada iniciática.
Nota: Programa só aconselhável a espíritos livres, almas ardentes e amantes da beleza.
Escrevi este postal (à época chamava assim às mensagens) nos inícios deste blogue, após um périplo pela Capital do Quinto Império. Correspondia a um dos muitos secretos roteiros lisboetas que eu tinha por hábito revelar às poucas pessoas que os mereciam conhecer. Vem isto a propósito de recentemente terem voltado a insistir comigo para organizar uns passeios iniciáticos por Lisboa, agora quase deserta. A ver vamos.

sábado, 11 de julho de 2020

DA MERDA DOS TEMPOS PÓS-MODERNOS

Enquanto os iconoclastas tentam destruir as fundações sobre as quais está edificada a nossa civilização, dedico-me à investigação histórica sobre certas famílias de Portugal. Fizessem esses niilistas o mesmo  e nunca se teriam lembrado de semelhantes barbaridades, que correspondem a cagar nas sepulturas dos seus antepassados. 

terça-feira, 7 de julho de 2020

NOTA EDITORIAL

Nunca é de mais voltar a chamar a atenção aos meus queridos leitores para o facto de as mensagens publicadas na série temática «DA GENEALOGIA», contrariamente a todas as outras do blogue Eternas Saudades do Futuro, irem sendo actualizadas (que é como quem diz: reeditadas, revistas e aumentadas) à medida que vão surgindo novos dados nas minhas investigações genealógicas. Portanto, não se esqueçam os meus amigos interessados na matéria de volta e meia dar uma vista de olhos nos arquivo deste diário.

sábado, 4 de julho de 2020

DA GENEALOGIA [BISAVÔ MARIANO E SUA LINHA MOREIRA DE CARVALHO] (7.ª VERSÃO — REVISTA E AUMENTADA)

I — SEBASTIÃO CARVALHO (nasce cerca de 1600 — morre... ).
Casa com D. FRANCISCA LUÍS (nasce cerca de 1600 — morre... ).
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:

II — FRANCISCO CARVALHO [que também é referido como FRANCISCO DE CARVALHO, entre outros sítios, na obra Biblioteca Lusitana de Diogo Barbosa Machado na entrada sobre o seu filho Jerónimo Moreira de Carvalho (tratado a seguir)] (n. Estremoz, Santo André, c. 1635 — m. ).
Casa, em Estremoz, Santa Maria, aos 27.03.1656, com D. MARIA FERREIRA [que também é referida como D. MARIA RIBEIRA, entre outros sítios, na obra Biblioteca Lusitana de Diogo Barbosa Machado na entrada sobre o seu filho Jerónimo Moreira de Carvalho (tratado a seguir)] (n. Estremoz, Santa Maria, c. 1635 — m. ), filha de António Fernandes e de sua mulher D. Catarina Ferreira.
Tiveram 6 filhos, entre os quais este com quem seguimos:

III — JERÓNIMO MOREIRA DE CARVALHO (Estremoz [Santo André ou Santa Maria], c. 1673 — c. 1748). Médico, Cirurgião e Escritor. Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra (1697). Médico do Partido da Universidade de Coimbra, Médico dos Exércitos da Província do Alentejo, Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve. Médico em Sousel e em Lisboa (nas Cortes de D. Pedro II e D. João V). Compôs uma massa, que intitulou «Pedra de David», com a qual curou várias doenças, e a ele se deve o primeiro tratamento para problemas de uretra. Escreveu e traduziu vários livros — de Medicina, Cirurgia, História e Romances de Cavalaria —, entre os quais se destacam as seguintes publicações: Método verdadeiro para curar radicalmente as carnosidades (Lisboa, 1721), História do Imperador Carlos Magno e dos doze Pares de França (Lisboa, 1728), História do Grande Roberto, Duque da Normandia e Imperador de Roma, etc. (Lisboa, 1733), História das Guerras Civis de Granada (1735).
Casa, 1.ª vez, no concelho e freguesia de Sousel, aos 22.09.1699, com D. ROSA MARIA DA SILVEIRA (Sousel, Sousel, baptizada aos 11.09.1673 — Sousel, Sousel, 09.02.1715), filha de Manuel Madeira Gil (Sousel, Sousel, c. 1640 — Sousel, Sousel, 28.10.1717), Cirurgião, e de sua mulher D. Brites da Silveira Fidalgo (Sousel, Sousel, c. 1640 — Sousel, Sousel, 19.11.1712).
Casa, 2.ª vez, depois de viúvo, em Lisboa, Santa Engrácia, 04.10.1723, com D. Isabel Teresa Cordeiro (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. 07.01.1672 — ), filha do Alferes Francisco Fernandes Cordeiro (Borba, Santa Bárbara, c. 1640 — Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, 16.08.1690), militar que serviu em postos de cavalos e infantaria na Província do Alentejo, entre 1658 e 1690 (até à véspera da sua morte), combatendo nas principais Campanhas e Batalhas da época — Linhas de Elvas, Ameixial, Montes Claros, etc.  —, procedendo em tudo com notável valor e dando sempre grande exemplo, e de sua mulher D. Maria da Conceição (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, c. 1640 — ), e neta pela parte paterna de Manuel Fernandes e de  sua mulher D. Catarina Cordeiro, casados em Borba, Santa Bárbara, em 1638.
Do 2.º casamento não teve filhos.
Do 1.º casamento teve 8 filhos:
Quatro raparigas, das quais adiante falarei de uma, e quatro rapazes — destes, o primeiro morreu menor, seguindo-se outro, como era hábito, com o mesmo nome, que será tratado no próximo capítulo; sendo o penúltimo mais novo o Padre António Moreira (Lisboa, Castelo, 28.05.1710 — Almeida, Almeida, 01.05.1760),  Jesuíta, Missionário, Professor, Naturalista, Escritor, ingressou na Companhia de Jesus aos 19.02.1728 e neste mesmo ano deixou a Capital do Império como Irmão Estudante e membro da 46.ª Missão dos Jesuítas para o Maranhão e Grão-Pará, aos 15.08.1745 fez a sua Profissão Solene na Igreja do Maranhão, serviu como Missionário na Missão de Santo Inácio (hoje Vila de Boim), no rio Tapajós, tendo chegado a essa região, para trabalhar com os respectivos índios, em 1750, Professor de Filosofia e de Prima de Teologia no Colégio Jesuíta do Maranhão,  escreveu Declaração das Raridades do Maranhão, de Peixes, Aves, etc., cujo manuscrito se encontra em depósito na Torre do Tombo, e na sequência da expulsão da Companhia de Jesus, de Portugal e dos seus domínios ultramarinos, foi mandado regressar e encarcerar pelo Marquês de Pombal e morreu prisioneiro no Forte de Almeida; seguiu-se ainda, como 8.º e último filho, o Padre Jerónimo Moreira de Carvalho (Sousel, Sousel, 09.02.1715 — ) [homónimo de seu pai], Religioso, Bacharel pela Universidade de Coimbra, Procurador da Coroa e Fazenda da Cidade do Rio de Janeiro, o qual, depois de escolher e tomar o estado clerical (1749),  foi Pároco de Nossa Senhora do Rosário, em Goiás (1749-1754), e de Santa Luzia, paróquia desanexada da anterior (1757-), e membro da comissão responsável pela construção da nova Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Santa Luzia, celebrando a sua missa inaugural, no  Bairro do Rosário, Cidade de Luziânia, Estado de Goiás, Brasil (-1769); e, por fim, o mais velho, com o qual seguimos:

IV — MANUEL MOREIRA DE CARVALHO (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. 31.01.1704 — Estremoz, Santa Maria, 01.10.1741). Engenheiro-Militar e Escritor. Assentou praça como Soldado na Corte e foi Ajudante-Engenheiro na Província do Alentejo. Deixou manuscritos inéditos. Publicou História das Fortunas de Sempriles e Generodano, pelo doutor João Henriques de Zuñiga (Lisboa, 1735). Jaz sepultado na Igreja Matriz de Santa Maria de Estremoz.
Casa, no concelho de Lisboa, na freguesia de Santa Engrácia, aos 04.10.1723, com D. LUÍSA TERESA LEONOR (Lisboa, São Julião, c. 1704 — Sousel, Sousel, 17.07.1782), filha do Coronel Francisco Cordeiro Vinagre (Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. Borba, Santa Bárbara, 26.12.1678 — c. 1750), Quartel-Mestre-General, Engenheiro-Militar, Cavaleiro da Ordem de Cristo (filho do Alferes Francisco Fernandes Cordeiro e de sua mulher D. Maria da Conceição [ver III]), e de sua primeira mulher D. Maria Ana Teresa Furtado de Mendonça [surge em vários documentos também como D. Maria Ana Teresa Furtado, ou D. Mariana Furtado de Mendonça, ou D. Mariana Furtado, ou ainda D. Mariana Teresa Furtado] (Lisboa, São Julião, c. 1680 — Montemor-o-Novo, Nossa Senhora do Bispo, 26.09.1716) [está sepultada no Convento de Nossa Senhora da Conceição, na atrás referida freguesia do óbito], o qual, viúvo desta, casa também, na mesma freguesia e na mesma data, com D. Leonor Joana da Silveira (Sousel, Sousel, bp. 23.11.1700 — ), filha do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho e de sua primeira mulher D. Rosa Maria da Silveira [ver III]. A supradita, por seu lado, depois de ficar viúva, casa com Inácio Ferreira de Andrade (c. 1710 — c. 1780), Escudeiro Fidalgo da Casa Real, filho de Belchior Ferreira de Andrade.
(Não posso deixar de abrir aqui parêntesis para destacar os três casamentos que ocorrem na mesma Igreja no mesmo dia: Francisco Cordeiro Vinagre casa com D. Leonor Joana da Silveira; Jerónimo Moreira de Carvalho cc D. Isabel Teresa Cordeiro; Manuel Moreira de Carvalho cc D. Luísa Teresa Leonor — sendo as duas Testemunhas, de todos, João Bressane Leite, Superintendente da Contadoria Geral da Guerra, e o Coronel José da Silva Pais).
Tiveram, pelo menos, que se conheçam, três filhos e duas filhas, sendo o mais velho dos varões o Tenente-Coronel Jerónimo Moreira de Carvalho (Lisboa, Lisboa, c. 1726 — Brasil, Colónia do Sacramento, 1766) [homónimo de seu avô], que embarca para o Brasil para ocupar um posto de Alferes e aí virá a ser Capitão de Artilharia da Praça do Rio de Janeiro e Tenente-Coronel  do Regimento da Praça da Nova Colónia do Sacramento, o mais novo Joaquim José Moreira de Carvalho [também usa  Joaquim José Moreira de Carvalho e Mendonça] (Lisboa, São Nicolau, 02.02.1742 — ), e o do meio o seguinte:

V — FRANCISCO MOREIRA DE CARVALHO (Lisboa, Santa Engrácia, bp. 15.12.1727 — Sousel, Sousel, 04.12.1769). Tabelião do Judicial e Notas de Sousel.
Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 23.07.1752, com D. MARIA FARINHA BARREIROS GODINHO (Sousel, Sousel, bp. 22.05.1732 — ), filha de José Rodrigues Roque (Estremoz, Santa Vitória do Ameixial, bp. 03.02.1686  — Sousel, Sousel, 20.01.1767) e de sua segunda mulher, D. Inês de Andrade Barreiros Godinho (Sousel, Sousel, bp. 07.05.1695 — Sousel, Sousel, 28.08.1766), trineta, por via desta, de Clemente Pires Farinha Barreiros (Sousel, Sousel, c. 1590 — ), Fidalgo de Cota de Armas, teve Carta de Brasão de Armas para Barreiros aos 27.08.1616, e tetraneta, pela mesma linha, de Pedro Afonso Farinha (Sousel, Sousel, c. 1560 — ), o qual institui uma Capela que fará parte do «Morgado de Sousel» — conjunto formado pelas Capelas (conhecidas por «Capelas dos Barreiros») instituídas por Fernão (ou Fernando) Martins, João Pires Farinha, Pedro Afonso Farinha (o próprio acima referido), Maria Martins, Francisco Godinho Barreiros, Luísa Catela e Padre João Fernandes [ver linha Barreiros].
Tiveram, que se saiba, apenas um filho (que morreu menor) e uma filha, com quem seguimos:

VI — D. JOANA LEONOR MOREIRA (Sousel, Sousel, bp. 29.06.1756 — Sousel, Sousel, 04.05.1827).
Casa, 2.ª vez, depois de ficar viúva de Custódio da Silveira Preto (Sousel, Sousel — Sousel, Sousel, 03.06.1782), filho de Diogo da Silveira Preto (Fronteira, Fronteira — ) e de sua mulher D. Joana da Cunha Feio (Sousel, Sousel — ), no concelho e freguesia de Sousel, aos 24.06.1783, com BONIFÁCIO JOSÉ DA COSTA (Sousel, Sousel, bp. 01.11.1758 — ), filho de Domingos José Boino (Gouveia, Arcozelo — ) e de sua mulher D. Maria de Jesus da Costa (Sousel, Sousel, bp. 21.10.1725 — ).
Teve 5 filhos do 1.º casamento.
Teve 8 filhos do 2.º casamento; e, morrendo menor o primogénito, ficou como varão mais velho o segundo deste nome, com o qual seguimos:

VII — JOÃO RODRIGUES MOREIRA (Sousel, Sousel, bp. 13.10.1790 — Sousel, Sousel, 22.03.1872). Lavrador e Proprietário.
Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 16.10.1808, com D. ANA DA CONCEIÇÃO BELÉM [também usa D. ANA DA CONCEIÇÃO SILVEIRA, como, por exemplo, é referida no registo de óbito da sua filha D. Maria da Orada Moreira (madrinha de baptismo de Mariano Moreira da Costa Pinto, aqui em baixo no IX)] (Sousel, Sousel, 12.09.1791 — ), filha de José Fernandes (Gouveia, Vila Nova de Tazem — ) e de sua mulher D. Ana de Belém (Sousel, Sousel, bp 28.07.1748 — ), e bisneta pelo lado desta de Manuel Rodrigues (Leiria, Caranguejeira [antiga Paróquia de São Cristóvão] — ) e de sua segunda mulher D. Faustina Silveira (Sousel, Sousel, bp. 01.01.1698 — ), os quais são igualmente bisavós do Cantor, Professor de Canto, Compositor e Empresário Teatral António Felizardo Porto (Sousel, Sousel, 27. 06.1793 — Lisboa, Lisboa, 01.10.1863), o qual foi um dos melhores baixos da época, sendo conhecido na Europa por «voce di testa», Cantor da Capela Real, partiu com a Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 e lá permaneceu até 1821, Mestre de Canto de D. Maria II em Londres (1828-1834), Director Técnico do Teatro de S. Carlos em 1843, etc., do Alferes António Felizardo Silveiro e de Francisco Felizardo Silveiro, Sargento-Mór das Ordenanças da Vila de Sousel (01.11.1814) [estes dois últimos são irmãos entre si — filhos do Capitão António dos Santos Silveiro (Sousel, Sousel, 01.07.1753 — Sousel, Sousel, 05.07.1812), Capitão da 2.ª Companhia das Ordenanças da Vila de Sousel (27.05.1811),  e de D. Maria do Mileu (  — Sousel, Sousel, 12.08.1811) — e primos co-irmãos do anterior, sendo portanto todos primos-segundos da supradita D. Ana da Conceição Belém].
Tiveram 11 filhos, dos quais a quarta, D. Guilhermina do Espírito Santo Moreira (Sousel, Sousel, 01.01.1818 — Sousel, Sousel, 05.06.1892), casa com Joaquim António Beato (morre em Sousel, Sousel, 19.081876) e são pais do Professor Catedrático António Moreira Beato (Sousel, Sousel, 01.06.1860 — Lisboa, Camões, 22.06.1937), sendo a décima a seguinte:

VIII — D. LEONOR DO CARMO MOREIRA (Sousel, Sousel, 26.02.1835 — Sousel, Sousel, 31.08.1892). Jaz sepultada juntamente com seu marido no jazigo de seu filho-segundo no Cemitério de Sousel (tem a seguinte inscrição: «Jazigo de Carlos Moreira Costa Pinto e de sua Esposa D. Joana Chaveiro Costa Pinto»).
Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 01.06.1863, com JOAQUIM PEREIRA DA COSTA PINTO (Fronteira, Fronteira, 29.11.1835 — Sousel, Sousel, 05.11.1891), Grande Lavrador e Proprietário, Senhor da Herdade da Revenduda, Tronco da Família Costa Pinto, do Alto Alentejo, filho de Carlos da Costa Pinto da Fonseca (Fronteira, Fronteira, 24.11.1794 — Fronteira, Fronteira, 01.04.1857) [e, sempre por varonia: neto do Capitão José da Costa Ramos (Cinfães, Santiago de Piães, bp. 08.07.1759 — Fronteira, Fronteira, 04.09.1811), Capitão agregado a um dos Regimentos de Ordenanças da Corte (01.12.1806); tetraneto de António Pinto da Fonseca (Cinfães, Tarouquela, c. 1670 —  ), Morador na Quinta do Castanheiro, em Souselo, no concelho de Cinfães [contemporâneo do remoto parente, por múltiplas linhas e em vários graus, D. Frei Manuel Pinto da Fonseca, Grão Mestre da Ordem de Malta (Lamego, Sé, 24.05.1681 — Malta, Valletta, 24.01.1773)]; 5.º neto de Bartolomeu Pinto da Fonseca (Cinfães, Tarouquela, bp. 31.08.1631 — Cinfães, Tarouquela, 13.12.1715), Senhor da Quinta do Outeiro, em Tarouquela, Homem Nobre, que vive das suas fazendas, Escrivão de uma das Varas de Meirinho da Relação e Casa do Porto, jaz sepultado no Igreja de Tarouquela; 6.º neto de Gaspar Pinto da Fonseca (Cinfães, Travanca — Cinfães, Tarouquela, 20.08.1638), Rendeiro do Mosteiro de Tarouquela e, por casamento com D. Ana Moreira (Cinfães, Tarouquela — Cinfães, Tarouquela, 17.10.1656) (a qual era bisneta de António Pires Moreira, Capitão e Juiz do Couto de Tarouquela, Procurador das Freiras Beneditinas do Mosteiro de São Bento de Avé-Maria, no Porto, Senhor da Casa e Quinta do Outeiro e da Casa de Paços, em Tarouquela, que usou brasão de armas dos Moreiras, concedido a Diogo Moreira de Campos, Chanceler da cidade do Porto), Senhor da atrás referida Casa e Quinta do Outeiro, em Tarouquela; 17.º neto de Afonso Rodrigues de Magalhães, Fidalgo da Casa Real, Senhor da Quinta e Torre de Magalhães, primeiro a usar o apelido Magalhães (ver varonia de Mariano Moreira da Costa Pinto — linha Magalhães)], Lavrador e Proprietário, Miguelista — juntamente com três  irmãos e paralelemente a quatro remotos parentes nortenhos —, e de sua segunda mulher D. Teresa Carolina Pereira (Sousel, Santo Amaro, 02.03.1801 — Fronteira, Fronteira, 01.05.1862), Lavradora e Proprietária, em viúva, a qual é trineta, sempre por linha feminina, de Manuel Dias Serra (Sousel, Casa Branca, bp. 20.09.1670 — ) e de sua mulher Isabel Gião (Sousel, Casa Branca, c. 1670 — ), os quais  têm, pelo menos, dois filhos varões, Manuel Gião (que será o trisavô por varonia de Joaquim José Gião, 1.º Visconde de Gião) e Francisco Dias Serra, que virá a professar com o nome de Padre Francisco Dias Gião, e uma filha, Isabel Gião, de quem a supradita é bisneta [ver linha Gião].
Tiveram 6 filhos (destes, uma rapariga e dois rapazes morreram menores), ficando como varão mais velho o seguinte:

IX — MARIANO MOREIRA DA COSTA PINTO (Sousel, São João Baptista da Ribeira, 31.10.1868 — Monforte, Vaiamonte, 26.04.1930). [Teve como Padrinho de Baptismo o seu tio paterno Francisco da Costa Ramos Pinto da Fonseca (Fronteira, Fronteira, 12.05.1841 — Fronteira, Fronteira, 16.01.1897),  Grande Lavrador e Proprietário em Fronteira, e como Madrinha a sua tia materna D. Maria da Orada Moreira (Sousel, Sousel, 26.12.1809 — Sousel, Sousel, 04.08.1890), Proprietária em Sousel, e recebeu o nome do seu falecido tio materno Mariano Rodrigues Moreira (Sousel, Sousel, 20.11.1812 — Sousel, Sousel, 13.12.1861), Grande Lavrador e Proprietário em Sousel.] Grande Lavrador e Proprietário Agrícola. Político. Activo militante regionalista e republicano, desde os tempos da Monarquia. Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Monforte, Presidente da Junta de Paróquia de Vaiamonte, Juiz de Paz de Vaiamonte, Presidente do Triângulo N.º 169 da Maçonaria de Rito Francês (iniciado em 14.05.1911, no referido Triângulo de Monforte, com o nome Simbólico de «Alma»). Senhor das Herdades de Samarruda, Nora, Courelas de Vale Verde (as duas últimas anexas à primeira), Palhinha, Gis, Picão (estas três anexas umas às outras), Vale dos Homens, Tapadão de Alter, Esquerdos, Relvacho, Asseca, Pintas, Torradas, Sernila, Matança e Reguengo. Rendeiro da Herdade de Torre de Palma, etc.
Segue...

Fonte bibliográfica:
In 7.º draft do livro Mariano Moreira da Costa Pinto — Vida, Antepassados e Descendentes dum Grande Lavrador Alentejano, de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor do blogue Eternas Saudades do Futuro).

DA GENEALOGIA [TIO-6.º AVÔ JERÓNIMO]

Jerónimo Moreira de Carvalho
(Lisboa, Lisboa, c. 1726 — Brasil, Colónia do Sacramento [hoje Uruguai, Colonia, Colónia do sacramento], 1766)
Filho de Manuel Moreira de Carvalho, Engenheiro-Militar, e de D. Luísa Teresa Leonor, neto por via paterna do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho, Médico dos Exércitos da Província do Alentejo e Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve, e de D. Rosa Maria da Silveira, neto por via materna do Coronel Francisco Cordeiro Vinagre, Quartel-Mestre-General, Engenheiro-Militar, Cavaleiro da Ordem de Cristo, e de D. Maria Ana Teresa Furtado de Mendonça.
Tenente-Coronel.
Praticante da Academia Militar de Artilharia e Fortificações. (1739)
Embarca para o Brasil para ocupar o posto de Alferes de uma das Companhias do novo Terço de Artilharia do Rio de Janeiro. (1740)
Sargento do Número de uma das Companhias do Rio de Janeiro. (1743)
Capitão de Artilharia da Praça do Rio de Janeiro. (1749)
Sargento-Mór de Infantaria da Praça da Nova Colónia do Sacramento. (1756)
Tenente-Coronel do Regimento da Praça da Nova Colónia do Sacramento. (1766)


sexta-feira, 3 de julho de 2020

DA GENEALOGIA [TIO-7.º AVÔ JERÓNIMO]

Padre Jerónimo Moreira de Carvalho
(Sousel, Sousel, 09.02.1715 — )

Filho do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho, Médico dos Exércitos da Província do Alentejo e Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve, e de D. Rosa Maria da Silveira.

É baptizado no próprio dia do nascimento, em casa, por necessidade, por Frei Álvaro Rodrigues Figueira, que lhe porá os Santos Óleos na Igreja da Misericórdia de Sousel aos 23.02.1715, e terá como padrinho João de Lemos Zagalo do Carvalhal.
A sua mãe morre no parto, sendo ele assim o 8.º e último filho do acima mencionado casal.

Religioso.
Bacharel pela Universidade de Coimbra.
Procurador da Coroa e Fazenda da Cidade do Rio de Janeiro.
Depois, em 1749, escolhe e toma o estado clerical.
Padre.
Pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, em Goiás. (1749-1754)
Pároco da Paróquia de Santa Luzia, desanexada da anterior. (1757-)
Membro da comissão responsável pela construção da nova Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Santa Luzia, celebrando a sua missa inaugural, no  Bairro do Rosário, Cidade de Luziânia, Estado de Goiás, Brasil.(-1769)

[Em breve tenciono ter, e revelar aqui, mais notícias sobre este fascinante tio de antanho]