quinta-feira, 24 de março de 2022

À ATENÇÃO DOS LEITORES CINÉFILOS

A partir de agora, todos os meus novos textos sobre Cinema serão publicados directamente no Da Sétima Arte.
Entretanto, continuo a ciclópica tarefa de trasladar para esse blogue todos os pretéritos artigos da referida matéria.


segunda-feira, 21 de março de 2022

DO SABER FAZER E DA ALEGRIA DE VIVER

Ir à prateleira buscar o livro indicado para aquele dia rima com ir à garrafeira buscar o vinho certo para aquele momento. 

domingo, 20 de março de 2022

SORTE A MINHA

Ontem, na primaveril véspera do primeiro dia de Primavera, ao longo de um quilómetro e meio de uma avenida com dezenas de Cerejeiras, a única destas belas árvores que se encontrava totalmente em flor era aquela que se situa mesmo ao lado da minha esplanada preferida. Parecia encomendada.

sábado, 19 de março de 2022

ALVÍSSARAS!

DAS AVENTURAS TECNOLÓGICAS

No passo «6.» para «Criar um blog» - «Escolha o endereço ou o URL do blog» -, sai-me disparado um aviso dizendo: «Lamentamos, mas este endereço de blogue não está disponível». A coisa até poderia fazer algum sentido, não fosse dar-se o caso de eu ter tentado ultrapassar esta fase com variadíssimas hipóteses diferentes...! Raios os partam!...
Contudo, sabem os meus queridos amigos que não sou rapaz de desistir; e, portanto, mais tarde ou mais cedo, o meu novo blogue - integralmente consagrado ao Cinema - há-de ver a luz.

sexta-feira, 18 de março de 2022

DO BLOGGER

Perfil do utilizador (actualizado). 

NOTA EDITORIAL

Cedendo à saudável pressão de vários leitores, decidi finalmente avançar para o lançamento de um blogue dedicado à Sétima Arte. Numa primeira fase, transporei para esse sítio todos os meus escritos sobre Cinema que aqui fui publicando ao longo dos anos. Depois, passarei a escrever lá directamente os novos rabiscos consagrados à matéria. Entretanto, até já tentei criar a coisa; mas, a plataforma do Blogger não me deixa prosseguir na demanda. Maldita tecnologia!

DO CICLO DA VIDA NUM SÓ DIA

Quatro idades, quatro elementos, quatro estações e quatro temperamentos:
Infância - Ar - Primavera - Colérico;
Juventude - Fogo - Verão - Sanguíneo;
Maturidade - Terra - Outono - Melancólico;
Velhice - Água - Inverno - Fleumático.

NOTA SOBRE UMA POLÉMICA QUE AÍ ANDA

A nacionalidade não se compra, herda-se.

terça-feira, 8 de março de 2022

SÉTIMA ARTE À TERÇA-FEIRA

A expressão «Sétima Arte» anda na boca de todo mundo. Falemos, então, sobre a origem dessa — feliz — designação para o Cinema.


Foi o escritor, jornalista, crítico e dramaturgo italiano Ricciotto Canudo (Bari, 1879 — Paris, 1923) quem baptizou o Cinema de Sétima Arte. Canudo fundou a revista Montjoie! (1913-1914), sedeada em Paris, e manteve uma tertúlia com — entre outros — Léger, Apollinaire e D’Annunzio. Em 1920, cria o «Clube dos Amigos da 7.ª Arte», que é, assim, precursor do movimento do cine-clubismo. Edita, finalmente, em 1923, a Gazette des Sept Arts, revista fundamental como suporte teórico das vanguardas estéticas da época.

Se, por esta altura, os meus leitores já perceberam que estamos perante um teórico da Arte, não estranharão saber que Canudo lança, em 1923, o Manifeste des Sept Arts, após uma série de outros textos preparatórios, o primeiro dos quais data de 1908; e, num deles, em 1912, cunhou a nossa expressão. Esta publicação definitiva das suas inovadoras ideias, surge como legitimação estética do Cinema, elevando-o à categoria das restantes Artes.

Em primeiro lugar, chama a atenção, no seu Manifesto, para o facto de o Cinema ser muito mais do que apenas indústria e comércio, resgatando-o à mera tentação material e convocando-o para as fileiras da espiritualidade criadora. De facto, o Cinema é — antes de tudo — Arte.

Depois, Canudo diz-nos, do seu ponto-de-vista, quais são as seis Artes que antecedem cronologicamente o Cinema. Desde a Antiga Grécia que as Artes têm andado numa roda-viva, no que diz respeito à sua catalogação (convém nunca perder de vista as nove musas inspiradoras). Ainda bem que se trata de uma conversa (ou debate, como agora se diz) em aberto, pois isso representa um sinal da vitalidade dos nossos pensadores. Para este escritor italiano, muito activo no primeiro quartel do século XX, as Sete Artes são: ArquitecturaEsculturaPinturaMúsicaDançaPoesia e Cinema. Se as três primeiras — artes plásticas, porque do espaço — aparecem, segundo Canudo, por necessidades materiais (abrigo, no caso da Arquitectura, com as suas complementares Pintura e Escultura), para, no entanto, logo depois se afirmarem artisticamente, já a Música é fruto duma vontade espiritual de elevação e vai irmanar-se com os fundamentos rítmicos da Dança e da Poesia. Curiosamente, no pensamento do teórico italiano, a Dança e a Poesia antecedem a Música, que só se autonomizará destas quando se liberta e chega à sinfonia, como forma de música pura.

É óbvio que a génese das Artes aqui descrita tem de ser contextualizada na época em que foi criada — início do século XX, em toda a sua pujança Futurista (Graças a Deus!) — e entendida como visão pessoal do seu autor. No entanto, se aqui a trago, é porque sem ela não poderemos compreender a expressão «Sétima Arte».

Por fim, entramos naquilo que me parece ter resistido ao crivo do tempo (esse destruidor de mitos de vão de escada) e manter, ainda hoje, enorme actualidade.

Canudo apresenta o Cinema como síntese de todas as Artes e como Arte Total — ao que não é alheio o pensamento de Wagner; assim, na plenitude da sua linguagem estética, a Sétima Arte integra elementos plásticos da Arquitectura, da Pintura e da Escultura e elementos rítmicos da Música, da Dança e da Poesia, que se vão todos revelar nos filmes nas seguintes áreas técnicas (podendo nós tentar fazer um jogo de concordâncias): imagem ou fotografia (ainda a preto-e-branco, em vida de Ricciotto Canudo); som ou, mais tarde, banda sonora (note-se que, quando o italiano teorizou, o Cinema era Mudo e os filmes eram acompanhados, apenas, pela interpretação ao vivo de uma partitura musical durante a sua projecção nas salas); montagem, que confere um sentido às imagens; cenografia, que entretanto evolui para direcção de arte, alargando o seu campo de intervenção; realização, que tem como missão a planificação do filme, a orquestração dos vários elementos aqui referidos, assegurados por outras tantas equipas técnicas, e a direcção dos actores; e, por último, sendo no entanto o princípio de tudo, argumento.

Mais ainda: como grande síntese criadora — para além de fusão —, o Cinema une Ciência e Arte, num casamento feliz, e produz uma novíssima Linguagem, para a qual as outras Artes tenderam desde sempre, de imagens em movimento e som — formas e ritmos à velocidade da luz!

É, portanto, a última das Artes, fechando o ciclo da Estética. E, acima de tudo, aquela que, incorporando todas as outras, melhor transporta o nosso Património histórico, estético e cultural — projectando-o no futuro —, através da permanente reformulação e actualização das ancestrais e intemporais narrativas da nossa matriz identitária.

Haja sempre cineastas portugueses à altura desta missão universal.

segunda-feira, 7 de março de 2022

UM GÉNERO LITERÁRIO DE QUE PORTUGAL PRECISA URGENTEMENTE

Releio o fascinante Nó Cego, de Carlos Vale Ferraz, e volto a interrogar-me: por que carga de água, sendo nós um povo de guerreiros  — além de marinheiros e poetas, já se sabe  —, não publicamos mais romances de guerra?... Não há escritores à altura desta missão? Falham os editores? Ainda para mais, quando se sabe, de ciência certa, que não existe melhor coisa do que este género literário para alimentar a alma nacional. Seriam pois estes desgraçados tempos propícios para a pobre pátria doente receber este remédio. Talvez os meus leitores nunca tenham pensado no caso, mas convido-os a verificar o seguinte: os países mais fortes, política e economicamente falando, são, coincidentemente, aqueles que produzem maior quantidade, com qualidade, de literatura (e também cinema) de guerra. Género este que consolida a identidade nacional e fornece um desígnio colectivo à juventude. Os romances de amor aquecem, ou amolecem, o espírito; os de guerra, robustecem a alma. E, precisamos de ambos, desesperadamente, para termos equilíbrio  — e sermos homens completos.

DAS ÁRVORES E DAS PÁTRIAS

As Árvores e as Pátrias querem-se antigas e grandes.

NOTA EDITORIAL

Peço desculpas aos meus queridos leitores pela desformatação de que sofrem alguns posts. Imbróglio tecnológico que me escapa.  Espero que não prejudique as mensagens.

ARQUIVAR BEM PARA PODER RECORDAR MELHOR

Uma das coisas que mais aprecio num blogue é o seu sistema de arquivamento mensal. Tenho sempre a sensação de que tudo o que aqui escrevo vai ser guardado com o objectivo de poder vir a ser relido no momento mais propício. E, o nosso bom-senso deixa as memórias transformarem-se em suaves recordações, primeiro, para, depois, mergulharmos nelas no tempo certo. É como o acto de ir à garrafeira buscar aquele vinho para aquele dia.



POR AQUI OU POR ALI?

Talent de bien faire ou talent de rien faire?

DA HONESTIDADE INTELECTUAL

Por uma questão lógica — e de honestidade intelectual —, a introdução à monarquia deve fazer-se lendo os monárquicos, ao republicanismo os republicanos, ao comunismo os comunistas, ao fascismo os fascistas, e etc. e tal.

DIA DO SANTO MAS NÃO SANTO DO DIA

S. Tomás de Aquino (28.01.1225 — 07.03.1274). Doutor da Igreja.

Patrono especial de todas as Universidades e Escolas Católicas.

SECRETOS PRAZERES PROPICIADOS PELO BLOGUE

Mudar de assunto sempre que apetece.

SECRETOS PRAZERES DE UM PORTUGUÊS

Um português pode perceber um filme de David Lynch mas um americano nunca compreenderá um filme de Manoel de Oliveira.

BELEZA É FUNDAMENTAL

O artista deve nascer belo e elegante; pois quem venera a beleza, ele próprio, não deve ser feio. E para um artista será certamente uma terrível dor não lograr descobrir em si mesmo aquilo que tanto se esforça por alcançar. Olhando para o retrato de Shelley, Keats, Byron, Milton ou Poe, quem poderá estranhar que tenham sido poetas? Todos foram belos, todos foram amados e admirados, e no amor, tanto quanto é possível havê-lo num qualquer poeta ou mesmo em qualquer homem, todos tiveram ardor de vida e júbilo celeste.
FERNANDO PESSOA
(1888 — 1935)
[Nota: Traduzido do Inglês.]

IMAGENS-EM-MOVIMENTO-EM-ESCRITA-AUTOMÁTICA-DE-SEGUNDO-GRAU-DE-2021-2022

Chaplin, Dreyer, Pabst, Ford, Hawks, Buñuel...

sexta-feira, 4 de março de 2022

AINDA SOBRE A GUERRA QUE VEIO PARA FICAR

Depois da pandemia, veio o pandemónio. E, agora, é mesmo guerra à séria. Sobre a análise da mesma, virei certamente aqui dar a minha visão, à medida que os tristes acontecimentos, deste novo fratricida conflito europeu, forem evoluindo. Para já, venho apenas relembrar, principalmente aos iluminados que nos desgovernam, que o bom senso e a boa doutrina mandam que a posição de Portugal, perante uma situação destas, como se viu e bem na II Guerra Mundial, deverá ser a de neutralidade.