quarta-feira, 28 de maio de 2025

«INTERVALO, PARA ACORDAR »

Um pequeno grupo de amigos encontra-se reunido em semi-círculo à volta de um ecrã a visionar um programa televisivo.  Já se sabe que nas comunidades familiares e afins a televisão substitui nos tempos modernos a lareira e o benéfico poder gregário que esta outrora exercia com a sua luz bailarina e o seu calor sensual. Ficámos portanto todos a perder pois entre outras coisas matou-se a conversa. Mas este tema fica para futura dissertação. Vamos então ao que hoje quero aqui partilhar. O atrás referido programa a que o grupo assistia teve uma pausa, um dos amigos levantou-se e disse: «intervalo, para acordar». Se primeiro senti espanto ao ouvir aquela frase, olhando de seguida em volta e vendo que vários dormiam, rapidamente percebi que estávamos perante um genial aforismo.

[Texto inspirado pelo meu amigo ABPS, a quem dedico esta publicação]

LEMBRETE DE BIBLIÓFILO

Permanece desaparecido na minha biblioteca Os Hinos à Noite de Novalis ao qual se junta agora Cinema Sueco de Ingmar Bergman e outros. Está-se mesmo a ver que não descansarei enquanto não os encontrar na vasta floresta de vários milhares de livros.

REVELANDO O OCULTO

Os mitos existem através da palavra, os símbolos falam através do silêncio.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

DA ARTE QUE É ARTE

A obra emana do artista como prolongamento natural do seu corpo e da sua alma.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

BLOGUE ACTUALIZADO

Talvez por ser hoje a Lua Cheia de Maio -- também conhecida por Lua das Flores -- senti a inspiração lunar indicada para escrever estes seis postais. Em breve virá Maio em todo o seu esplendor (neste ano tem tardado) e aí escreverei as mensagens solares.

DO MISTÉRIO

Curiosa constatação a do facto de nas arrumações gerais da biblioteca, concomitantes à inauguração das novas estantes, me ter desaparecido um livro. Simbólico será que tenha sido Os Hinos à Noite de Novalis. Casos assim lembram-nos que as bibliotecas são interessantes lugares narrativos, não só pelo que nelas se lê mas também pelo que nelas acontece. Sítios plenos de mistério, sendo este o motor maior de qualquer fascinante história.

DESOCULTANDO OS LIVROS

Mediante ter erguido novas estantes quase que consegui libertar-me totalmente das sombrias duplas filas. Sombrias porque os livros ficam ali ocultos e como é sabido os livros existem para serem vistos, cheirados, tocados, folheados e lidos. Restam-me agora apenas três prateleiras albergando ainda volumes nessa triste condição. Em breve terei um novo impulso com vista a trazer esses volumes para a luz.  

DOS LUGARES NARRATIVOS

Todas as janelas contam uma história.

AINDA DO SIMBOLISMO

Um só símbolo sintetiza mil livros, mas para o ver é preciso tê-los lido. 

SOBRE O SIMBOLISMO

Os símbolos encontram-se quando se deixa de procurá-los.