Escrevi e disse — aqui e em toda a parte — que o Século XXI seria marcado por um novo despertar das Nações, fartas do mundialismo (o melhor nome para a globalização apátrida). Era também óbvio, cá para mim, que essa ruptura seria feita à direita, conservadora e nacionalista, e sempre o afirmei. Contudo, surpreendeu-me ter esta nova revolução conservadora começado pelo mundo anglo-saxónico (Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e Estados Unidos da América), embora tendo previsto o já confirmadíssimo ressurgir da grande Rússia conservadora e ainda da Índia nacionalista e do Japão tradicional. Tudo apontava também para a França poder ter sido uma precursora desta matéria, na Europa, mas foi, entretanto, ultrapassada por várias outras Pátrias europeias e prepara-se, em breve, para ver ainda mais outras passarem-lhe à frente, antes da, há muito esperada, vitória final de Marine Le Pen. De seguida, é certinho, haverá um realinhamento internacional destes Países: a Rússia liderará, naturalmente, uma aliança dos Países eslavos com regimes conservadores e nacionalistas; os renascidos Reino Unido e Estados Unidos darão as mãos; fica só a faltar saber quem liderará as necessárias alianças de Estados nacionais conservadores europeus, de matriz latina, por um lado, e germânica, por outro, no pós-União Europeia, tudo porém apontando para a França nacional e a alternativa Alemanha do futuro. Prevejo assim vários blocos de Países — compostos por Nações soberanas, com afinidades Culturais e interesses geoestratégicos comuns —, essencialmente defensivos e protecionistas. Contudo, cheira-me que as relações internacionais neste século serão prioritariamente bilaterais, Estado a Estado. Por fim, todos (os citados mais os das entrelinhas), com Índia e Japão incluídos, sem esquecer a Síria e o Irão, terão, se forçados a isso por condições exteriores, de entender-se, para travar a China e derrotar o avanço do Islão sunita.