Não é preciso gostar deles, mas, assim que os identifiquemos como necessários, deve-se aceitá-los como homens especiais enviados pela Providência, e segui-los.
As tatuagens começaram por ser coisa de marinheiros e prostitutas, prisioneiros e soldados rasos, e de outros tantos que tal. Depois, foram adoptadas por estrelas cadentes do rock e da bola. Agora, não há pequena burguesa ou grande burgesso que não as exiba nos produtos do lixo televisivo.
Sendo Setembro mês de Equinócio, por que razão cheirará sempre tanto a recomeço e regeneração, qual ponto extremo de partida ou chegada, como se de um Solstício se tratasse?
As melhores coisas da vida não se procuram, encontram-se; e, só assim, através das agradáveis surpresas do destino, nos deliciamos verdadeiramente com elas. Contudo, há que saber sentir o mágico momento da convergência, e reagir de imediato, para não as perdermos.
É no momento antes de adormecer, e muito especialmente quando me encontro à beira da exaustão, que me ocorrem as melhores ideias. Tempos houve em que dormia com um caderno de apontamentos junto à cama e encontava ainda energias para me soerguer nela e anotar as visões nocturnas, coisa aliás escusada à época pois lembrava-me quase sempre desses pensamentos ao despertar. Hoje concilio o sono sem bloco de notas ao lado e ao acordar de nada me recordo. Tenho que resolver isto.
Como habitualmente, o meu primeiro prazer de Setembro consistiu em pôr o carimbo de posse nos livros comprados na banca de alfarrabista com vista para o Atlântico e de seguida colocar cada um na estante da biblioteca correspondente ao seu género literário (porque os livros têm género — múltiplos — e as pessoas têm sexo — masculino ou feminino).