QUINZE ANOS DE ETERNAS SAUDADES DO FUTURO
O Eternas Saudades do Futuro faz hoje anos. Quinze. Estou sem palavras. Digam-me coisas os queridos leitores.
O Eternas Saudades do Futuro faz hoje anos. Quinze. Estou sem palavras. Digam-me coisas os queridos leitores.
Poesia e Filosofia do Mito Sebastianista (2 Volumes), de António Quadros, Colecção de Filosofia e Ensaios, Guimarães & C.ª Editores, Lisboa, 1982.
1. O cinéfilo só é cinéfilo se tiver o dom da observação. Tendo-o deve apurá-lo treinando-o diariamente.
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No próximo dia 28 de Outubro de 2022 assinalar-se-á o centenário da Marcha Sobre Roma e da consequente subida ao poder do Partido Nacional Fascista e da nomeação de Benito Mussolini como chefe do governo italiano pelo rei Victor Emanuel III.
E, ouvi dizer, de fonte segura, especializada e interessada, que, passados quase cem anos, bem contados e aparados, alfarrabistas e livreiros, aqui e em toda a parte, nunca venderam tantos livros do e sobre o Fascismo como neste histórico momento.
Nesta altura, estamos em condições de indicar, num simples resumo, o que separa e o que aproxima a Contra-Revolução do Fascismo.
As afinidades positivas e negativas são bem patentes. Acentuação do valor superior do Estado face ao indivíduo, afirmação do Absoluto, corporativismo, culto do Poder pessoal, anti-relativismo, anti-liberalismo, anti-democratismo, anti-marxismo.
No entanto a Contra-Revolução e o Fascismo contrapõem-se nos seguintes tópicos.
A Contra-Revolução é conservadora, o Fascismo é revolucionário.
A Contra-Revolução aceita a esfera do privado, em geral, e a propriedade privada em especial, o Fascismo não admite em tese uma esfera puramente privada e tem tendências socializantes.
Por outro lado, a Contra-Revolução firma-se num Absoluto transcendente, o Fascismo concebe o Absoluto como imanente-transcendente.
A Contra-Revolução e o Fascismo possuem um entendimento diferente do Corporativismo e da supremacia do Estado sobre o indivíduo ou pessoa humana. A Contra-Revolução limita-se a subordinar o indivíduo ao Estado e submete-o, bem como ao Estado, à Igreja. O Fascismo visa a identificação do indivíduo ao Estado acima do qual nada vê.
Numa palavra: Fascismo e Contra-Revolução são universalistas, o Fascismo de um universalismo totalitário, a Contra-Revolução de um universalismo católico-tradicionalista.
In Para a Compreensão do Pensamento Contra-Revolucionário: Alfredo Pimenta, António Sardinha, Charles Maurras, Salazar, de António José de Brito, Hugin Editores, Lisboa, 1996.