terça-feira, 25 de junho de 2024

EXPOSIÇÕES DE JOÃO MARCHANTE (SELECÇÃO DE INDIVIDUAIS E COLECTIVAS)

Selecção 

Individuais:

2024 - Solstício de Verão, Águas Furtadas, Rua Pinheiro Chagas, Lisboa.

2022 - À Luz das Raparigas em Flôr, Cave, Avenida da Liberdade, Lisboa.

2014 - Educação Sentimental, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa.

2012 - Foto-Síntese, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa.

2000 - Vídeos Privados, Galeria Monumental, Campo dos Mártires da Pátria, Lisboa.

1999 - Noite Americana, Átrio do Ministério das Finanças, Terreiro do Paço, Lisboa. 

1998 - Peixe Fora d'Água, Galeria da Ordem dos Arquitectos, Edifício dos Banhos de S. Paulo, Lisboa.

Colectivas:

2023 - A Quem Possa Interessar: Uma Coleção, Uma Carta, Museu de Serralves, Porto.

2013 - A Luz da Nossa Identidade, Palácio da Independência, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Lisboa.

2007 - Reunião, Galeria Baginski, Príncipe Real, Lisboa.

2004 - 19 Sentidos Contemporâneos, Loja Álvaro Roquette - Objectos de Arte - Antiguidades, Príncipe Real, Lisboa.

2004 - Exposição Colectiva de Fotografia, Galeria Baginski, Príncipe Real, Lisboa.

2000 - Água, Terra, Fogo e Ar, Bienal Monsaraz Museu Aberto, Monsaraz.

1997 - Projecto Azul, Galeria Por Amor à Arte, Porto.

SOLSTÍCIO DE VERÃO

A viagem pelas páginas

A chegada a um lugar desconhecido implica sempre alguma prudência, alguma investigação, uma procura de conforto, uma procura de intimidade. Nesta sala, cheia de luz, uma viajante refugia-se nos livros perante a anfitriã fotógrafa. O que a trouxe e o que a faz partir? No fim, permanecem sempre três coisas: a luz, os livros e Ela, mas a maior de todas é Ela.

Neste "Solstício de Verão", onde a luz é omnipresente e imutável, os elementos são celebrados no seu essencial e a viajante rejeita o que é acessório à medida que se banha luz. As botas que pisam a terra são descalças, o lenço que a defende da maresia é desenlaçado, a guitarra é desligada e arrumada e, por fim, quando de tudo já se despiu, todo o corpo se entrega ao ar. Tal como a biblioteca, a viajante precisa de tempo para se revelar à luz, para a aceitar, partindo sempre no final de cada leitura para mais uma viagem e voltando mais leve e disposta a mostrar mais e mais, até que revela tudo e, finalmente, escapa.

Antes de tudo, e antes até de qualquer outra viagem que a muda radicalmente, Ela lê. Procura outros que viajaram como Ela, que transformaram todos os seus cantos e esquinas, mas cuja essência não foi adulterada. De todos os incontáveis livros – incontáveis expedições – há apenas quatro que a atraem. Quatro que a obrigam a parar, a sentar, a partir e a transformar. Ao conhecer Fausto, quer ter o mundo nas mãos. Ulisses mostra-lhe o quão insignificante isso pode ser se faltar o essencial. Cada vez mais confortável nesta biblioteca, Eneias exorta-lhe que se entregue inteiramente. E, por último, Dante desenha-lhe o itinerário para que possa fazer a última e derradeira viagem. Refugia-se na leitura, ignorando a tenista, tolerando a cavaleira, entretendo a vamp, e acolhendo a baterista, esta outra Ela que habita aquele local e que a recebe de câmara em punho.

É esta anfitriã que conhece as musas e as revela. Tália tímida e sorumbática, Urânia impessoal e escondida, Euterpe rebelde e dominante, e Terpsícore simples e verdadeira. Filhas do Senhor dos Deuses, possuem este corpo para lembrar a humanidade que não há vidas estagnadas, sem luz ou estéreis. Cada vida é única mas salpresa com infinitas possibilidades e viagens. Ela é única, para sempre. Mas Ela pode ser elas. Ela tem de ser elas. Contudo, ao largar a mochila, os óculos, a guitarra e até o próprio livro, Ela, verdadeiramente Ela, funde-se na luz. Escapa. É a promessa de Bergman de uma humanidade livre. É um corpo que começa físico e carregado, humano, mas que se sabe mais, e mais, e mais, e mais até que não pode ser contido.

Estas fotografias de João Marchante extraem o divino do humano. São um convite a uma viagem ao interior da matéria humana, através da beleza do seu exterior. A preto e branco, com uma luz indirecta abrigada nesta biblioteca, as multiplicações d'Ela são as nossas, ainda que menos exteriores, sempre que sonhamos, lemos ou viajamos.

Esta é, também, a nossa viagem.

Sebastião Calheiros Veloso

segunda-feira, 24 de junho de 2024

LISBOA, CRÓNICA POÉTICA (7)

E pensava
enquanto acariciava Lisboa
num vagaroso mas vigoroso travelling
registando uma cidade deserta e destruída
em plano-sequência mental
que aquele chauffeur de táxi
mudo e velho
mas que sabia captar
apreciar e classificar
o seu aroma
como ninguém
era ainda a única pessoa que tinha pedalada para a acompanhar
nas suas deambulações
de vinte e quatro horas diárias
como hoje e sempre
depois do matinal banho de imersão a céu aberto
ritualizando a redenção
e da habitual dança solitária ao nascer do Sol
dando corpo ao manifesto
transportando-a ele sucessivamente em direcção
às leituras privadas a pedido
de manhã e à tarde
dando voz ao manifesto
às subidas aos arranha-céus
ao cair da noite
procurando um porto de abrigo
na normalidade dos lares
aos bailados eróticos públicos
num clube de streap-tease
profanando o corpo
às actuações como vocalista
num clube de rock
profanando a voz
à prática compulsiva de sexo
com desconhecidos arrancados à noite
de novo em casa
ritualizando o amor e a morte
ao banho no lago
ritualizando a recuperação da alma.

DAS MUSAS

Nos dois últimos anos alinhei 27 listas de músicas e guardei-as no Spotify para que todo o mundo possa ouvi-las. Eis o link (clicai).

DIA DE S. JOÃO E NÃO SÓ

2 AC — Nascimento de S. João Baptista.
1128 — Batalha de S. Mamede: Fundação Nacional.
1360 — Nascimento de D. Nuno Álvares Pereira/S. Nuno de Santa Maria.

sábado, 22 de junho de 2024

LISBOA, CRÓNICA POÉTICA (6)

Era bela
e flutuava de costas
à superfície da água
com o vestido encarnado
colado ao corpo
sobre a fauna e a flora do lago
situado no centro gravitacional do derradeiro secreto jardim romântico
de Lisboa
incrustado entre colinas
e
ao mesmo tempo que lavava a alma de melancólicas recordações
não conseguia apagar o som da guitarra distorcida
do concerto da noite anterior
que permanecia
ecoando dentro de si
e lhe provocava
um estranho
mas indiscritivelmente agradável
ardor
interior
no estômago.

LISBOA, CRÓNICA POÉTICA (5)

A última imagem que ele viu
enquanto permanecia deitado de costas
no idílico leito
foi a do corpo dela
sentado sobre o seu
e esculpido pela luz difusa da Lua Cheia
que banhava o quarto do último piso da torre
ao qual se tinha acesso através de uma estreitíssima escada
de caracol
onde outrora as criadas dormiam
e propício a amores furtivos
como este
imediatamente antes do florão
da velha cama de ferro
cedendo aos frémitos da paixão carnal
cair
e lhe rachar a cabeça
matando-o
e ensopando de sangue quente os alvos lençóis de linho puro.

PREÇÁRIO ACTUALIZADO (COM NOVA EXPOSIÇÃO INCLUÍDA) [À ATENÇÃO DOS COLECCIONADORES]

PREÇÁRIO DAS FOTOGRAFIAS

Exposições Individuais

Solstício de Verão
Edição de cada obra: 5 + 1 PA – 1.700,00 €

À Luz das Raparigas em Flôr
Edição de cada obra: 5 + 1 PA – 1.600,00 €

Educação Sentimental
Edição de cada obra: 3 + 1 PA
Fotografias expostas com os números 1, 2, 3, 4, 8, 9, 10, 11, 12 – 2.000,00 €
Fotografias expostas com os números 5, 6, 7 – 1.900,00 €

Foto-Síntese
Edição de cada obra: 3 + 1 PA – 7.000,00 €

Vídeos Privados
Edição de cada obra: 3 +1 PA – 2.500,00 €

Noite Americana
Edição de cada obra: 3 +1 PA
Fotografias expostas com os números 1, 2, 3, 22, 23, 24 – 6.000,00 €
Fotografias expostas com os números 4 a 21 – 3.600,00 €

Peixe Fora d’Água
Edição de cada obra: 3 + 1 PA
Fotografias expostas com os números 1 a 5 – 2.250,00 €
Fotografias expostas com os números 6 a 29 – 1.000,00 €

Exposições Colectivas

À Luz da Nossa Identidade
Edição da obra exposta: 1 – 10.000,00 €
Edição 5 PA (tiragens em pequeno formato) : 5 
  1.100,00 

19 Sentidos Contemporâneos
Edição da obra exposta (caixa-de-luz com 3 fotografias) : 1 – 7.000,00 €

Projecto Azul
Edição de cada uma das obras expostas (6 caixas-de-luz) : 1 – 5.000,00 €

Extra-Séries/Extra-Exposições

Caminhante Provocante
Edição da obra: 1 – 3.000,00 €

Nota 1: Várias obras já estão esgotadas (atingiram o limite da tiragem/edição).

Nota 2: Para ver as fotografias e o respectivo preçário no site, clicar aqui (só lá falta introduzir as obras e os valores da última exposição individual).

sexta-feira, 21 de junho de 2024

LISBOA, CRÓNICA POÉTICA (4)

E
às cinco horas da manhã
após um intenso dia de invulgar tarefa
seguido de uma noite de trabalho banal
mas radical
culminando num serão repleto de emoções fortes
e inesquecíveis
desprendia-se
ainda
do cabelo e da pele
da jovial rapariga de vinte anos
o aroma fresco
de quem tivesse acabado de sair
do seu banho de imersão matinal
em velha banheira de esmalte
ao ar livre
e
com vista sobre Lisboa
antiga.

LISBOA, CRÓNICA POÉTICA (3)

A rapariga que nunca tinha lido um livro
entrou na loja do velho alfarrabista
à procura de um volume
para oferecer ao namorado
e ficou encantada a acariciar a pele das antigas encadernações
até que
por fim
abriu o Livro do Desassosego de Bernardo Soares
e começou a lê-lo desde o princípio
e não mais parou até hoje de devorar obras escritas
e agora é leitora profissional
e vai
de casa em casa
dizendo em voz alta
com interpretação muito pessoal
o que está impresso em letra de forma
vestida ritualmente
de acordo com o texto
para que
quem já não vê o suficiente
ou queira ter uma experiência sensorial diferente
possa retirar renovado prazer
da sua biblioteca.

À ATENÇÃO DOS COLECCIONADORES

O site será actualizado em breve com todas as obras da nova exposição. Tomai nota do link e aguardai pois pelas novidades. Entretanto, explorai-o de uma ponta a outra: há muito para ver e ler. 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

EXPOSIÇÕES DE JOÃO MARCHANTE

1997 - Projecto Azul, Galeria Por Amor à Arte, Porto.

1998 - Peixe Fora d'Água, Galeria da Ordem dos Arquitectos, Edifício dos Banhos de S. Paulo, Lisboa.

1999 - Noite Americana, Átrio do Ministério das Finanças, Terreiro do Paço, Lisboa. 

2000 - Vídeos Privados, Galeria Monumental, Campo dos Mártires da Pátria, Lisboa.

2000 - Água, Terra, Fogo e Ar, Bienal Monsaraz Museu Aberto, Monsaraz.

2004 - Exposição Colectiva de Fotografia, Galeria Baginski, Príncipe Real, Lisboa.

2004 - 19 Sentidos Contemporâneos, Álvaro Roquette - Objectos de Arte - Antiguidades, Príncipe Real, Lisboa.

2007 - Reunião, Galeria Baginski, Príncipe Real, Lisboa.

2012 - Foto-Síntese, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa.

2013 - A Luz da Nossa Identidade, Palácio da Independência, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Lisboa.

2014 - Educação Sentimental, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa.

2022 - À Luz das Raparigas em Flôr, Cave, Avenida da Liberdade, Lisboa.

2023 - A Quem Possa Interessar: Uma Coleção, Uma Carta, Museu de Serralves, Porto.

2024 - Solstício de Verão, Águas Furtadas, Rua Pinheiro Chagas, Lisboa.

LISBOA, CRÓNICA POÉTICA (2)

Rasgando a noite cerrada
sem lua nem estrelas nem nada
uma bela mulher felina
de negro cabedal colante vestida
move-se
silenciosamente
nos terraços dos mais altos arranha-céus da cidade
à espreita
e à espera
daquela janela aberta
para observar o bom burguês português
anestesiado em frente à TV.

LISBOA, CRÓNICA POÉTICA (1)

A bailarina mignone dança nua
sob a luz boa do Sol nascente
no terraço sobre o Tejo
e a sua muitíssimo longa sombra é projectada lá longe
em baixo
na calçada
e pisada
por gente que caminha sonâmbula
mal acordada
e indiferente
na rua. 

sexta-feira, 7 de junho de 2024

EXPOSIÇÕES DE JOÃO MARCHANTE (UMA SELECÇÃO)

1997 - Projecto Azul, Galeria Por Amor à Arte, Porto.

1998 - Peixe Fora d'Água, Galeria da Ordem dos Arquitectos, Edifício dos Banhos de S. Paulo, Lisboa.

1999 - Noite Americana, Átrio do Ministério das Finanças, Terreiro do Paço, Lisboa. 

2000 - Vídeos Privados, Galeria Monumental, Campo dos Mártires da Pátria, Lisboa.

2000 - Água, Terra, Fogo e Ar, Bienal Monsaraz Museu Aberto, Monsaraz.

2004 - 19 Sentidos Contemporâneos, Álvaro Roquette - Objectos de Arte - Antiguidades, Príncipe Real, Lisboa.

2012 - Foto-Síntese, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa.

2013 - A Luz da Nossa Identidade, Palácio da Independência, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Lisboa.

2014 - Educação Sentimental, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa.

2022 - À Luz das Raparigas em Flôr, Cave, Avenida da Liberdade, Lisboa.

2023 - A Quem Possa Interessar: Uma Coleção, Uma Carta, Museu de Serralves, Porto.

2024 - Solstício de Verão, Águas Furtadas, Rua Pinheiro Chagas, Lisboa.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

QUEM SÃO OS DO NOSSO MEIO?

Os do nosso meio são os que têm os mesmos princípios do que nós.

terça-feira, 4 de junho de 2024

DIALÉCTICA DO OVO E DA GALINHA

Os novos regimes geram novas burguesias ou as novas burguesias é que geram novos regimes?

sábado, 1 de junho de 2024

TRADIÇÃO E FUTURO DA EUROPA

A Europa criou uma identidade própria assente em três sólidos pilares: a filosofia grega, o direito romano e a teologia cristã. Saibam hoje as nações europeias estar de novo à altura desta herança para a poderem transmitir no futuro.

FRASE À ATENÇÃO DE QUEM QUER ACABAR COM AS MAIÚSCULAS

Os turistas verão que um Verão assim só existe aqui.

DA VANTAGEM DA NET SOBRE OS VELHOS MEDIA

Quando quero conhecer a opinião de alguém leio essa pessoa directamente no seu site, blogue ou Twitter e dispenso o triste espectáculo dado pelos jornalistas da imprensa ou da televisão a tentarem explicar-me o que essa personalidade pensa ou a fazerem-lhe perguntas — tão intermináveis quanto estúpidas — para depois rematarem com imbecis conclusões.

DA VIDA NA SOCIEDADE

Há pessoas que têm por missão servir de intermediárias entre outras. São personagens secundárias no teatro mundano. Condenadas em geral ao esquecimento são porém fundamentais para a vida dos protagonistas avançar. 

DA NAVEGAÇÃO DO FUTURO

As Estatísticas do Blogger registam que este passado Maio de 2024 passou a ser o 2.º mês com mais visualizações de sempre do Eternas Saudades do Futuro

Nota: O Blogger só apresenta dados estatísticos deste blogue desde Janeiro de 2011.

DO ESPÍRITO DOS LIVROS

No âmbito da preparação de um projecto fotográfico, recebi a visita de uma jovem que logo se revelou grande leitora. Mostrei-lhe portanto com todo o gosto o núcleo de ficção da minha biblioteca, o qual reveste toda uma parede de cima a baixo, com romances, novelas e contos de autores de língua portuguesa, francesa, inglesa, alemã, russa, etc. Imaginava eu ser esta a sua zona preferida. Observou os respectivos livros de relance; depois, virando-se para as prateleiras opostas, avançou na sua direcção, viu e disparou: «Aqui, estão os livros sérios». Na realidade, nesta outra estante, fronteira e simétrica à anterior, estão os volumes de não-ficção - História, Filosofia, Política, e outros concomitantes temas. Fui apanhado de surpresa, pois nunca me tinha ocorrido tal designação. Aliás, porque pensada pela cabeça e dita pela boca de uma bibliófila bonita, inteligente e culta, a coisa ganha desde já cá para mim foros de classificação definitiva. Com a acrescida vantagem de dar muito que pensar.

VENTO REDENTOR E TÍLIAS EM FLOR

A nortada, que habitualmente varre Lisboa em Junho, além de purificar o poluído ar da cidade, transporta, desde o Campo Grande até às Avenidas Novas, o delicioso aroma das Tílias em flôr.

«JUNHO CALMOSO, ANO FORMOSO»

A sabedoria popular descamba amiúde no registo piroso, como manifestamente acontece neste ditado, mas é sempre certeira.

LEVANTAMENTO DAS ÁRVORES PORTUGUESAS (PORQUE O QUE É NACIONAL É BOM)

Letra C: Carrasco, Carrasco-Arbóreo, Carvalho-Alvarinho, Carvalho-Cerquinho, Carvalho-de-Monchique, Carvalho-Negral, Carvalho-Português, Carvalho-Roble, Castanheiro, Catapereiro, Cerejeira-Brava, Cerejeira-de-Santa-Lúcia, Cevadilha, Choupo-Branco, Choupo-Negro, Cornalheira.

[Continua...]

LISBOA NA LITERATURA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA

Jardins Secretos de Lisboa, de Manuela Gonzaga, Colecção Holograma, Âncora Editora, Lisboa, Novembro de 2005 (2.ª edição).

Cacei-o em tempos no meio de uma pilha de livros usados num alfarrabista e confesso que gostei imenso de viajar por Lisboa e pela História de Portugal através do primeiro romance desta portuense. Vou relê-lo. Não é tarde nem é cedo.

LEVANTAMENTO DAS ÁRVORES PORTUGUESAS (PORQUE O QUE É NACIONAL É BOM)

Letra B: Barrete-de-Padre, Bétula, Borrazeira-Preta, Buxo.

[Continua...]

DAS ÁRVORES MÁGICAS

Nesta época pré-solsticial, a mais bela árvore da cidade é a monumental Tipuana do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa. Está, certamente, em flôr; e, quando assim é, estende-nos um tapete amarelo, tecido pelas suas folhas caídas, para nos receber. Além disso, acolhe-nos e abriga-nos, generosamente, à sua sombra. Neste ano ainda não fui visitá-la. Já tenho saudades dela. 

LEVANTAMENTO DAS ÁRVORES PORTUGUESAS (PORQUE O QUE É NACIONAL É BOM)

Letra A: Abrunheiro-Bravo, Aderno-de-Folhas-Largas, Alfarrobeira, Alfenheiro, Amieiro, Aroeira, Aveleira, Azereiro, Azevinho, Azinheira.

[Continua...]

DAS ÁRVORES SIMBÓLICAS

A pedido de vários leitores do Eternas Saudades do Futuro, republico esta mensagem onde revelo que a árvore do cabeçalho do blogue se chama Paineira (Chorisia speciosa). Esteticamente belíssima é a cor das suas flores, as quais podemos ver em Outubro. E especialmente simbólico é o facto de os seus troncos e ramos serem cobertos de cónicos espinhos afiados que ajudam a capturar e conservar a água para posteriores períodos de seca. 

DA OLISSIPOGRAFIA (SIM, ESCREVO ASSIM, COM DOIS SS)

Lisboa Desaparecida, de Marina Tavares Dias, 9 Volumes, Quimera Editores, Lisboa, 1987-2007.

Obra fundamental. Não para botar figura em cima de uma mesa moderna na sala-de-estar. Nem para ficar a ganhar pó na estante. Mas sim para se ler de um só fôlego toda de seguida várias vezes ao longo da vida.

HORA MÁGICA

Momento que dura desde o Sol se pôr — na linha-do-horizonte — até à sua luz desaparecer completamente no Céu.

Tempo de contemplação e leitura.

Propício à descoberta de novas cores, formas e ritmos.

CASAMENTO PERFEITO

A Inglaterra é feminina, Portugal é masculino; a Inglaterra é terra-a-terra, Portugal é aéreo; A Inglaterra é aquática, Portugal é fogo; a Inglaterra é concreta, Portugal é abstracto; a Inglaterra é acção, Portugal é pensamento; a Inglaterra é pragmática, Portugal é diletante; a Inglaterra é dramática, Portugal é lírico, a Inglaterra é determinada, Portugal é obsessivo; a Inglaterra é convencional, Portugal é instintivo; a Inglaterra é corajosa, Portugal é heróico; a Inglaterra é filosófica, Portugal é espiritual; a Inglaterra é irónica, Portugal é gozão; a Inglaterra é D. Filipa de Lencastre, Portugal é D. João I. 

EU GOSTO É DO VERÃO

Este é o primeiro post de Junho. Começou, agorinha mesmo, o mês que os antigos romanos dedicavam à deusa Juno (para conhecer a sua eterna beleza, espreitai aqui). Por estas e outras me sinto Júpiter.