quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

HERE SHE GOES...

Ainda a «loirinha» (... esta é cá para CASA...)
Rebecca Romijn
em Femme Fatale (E. U. A./ França/Alemanha, 2002)
de Brian De Palma.

HERE SHE COMES...

Femme Fatale (E. U. A./França/Alemanha, 2002),
de Brian De Palma.

RETRATO DO MUNDO ACTUAL

Muita tecnologia, pouca imaginação, nenhuma sabedoria.

VANGUARDAS QUE FICARAM NA HISTÓRIA

«Re-make/Re-model», Roxy Music.

Formação original da banda, com Brian Eno e todos e tudo, actuando no Royal College of Art, em Londres, no Reino Unido, em 1972. Superior, portanto.

DO PRAZER DE LER

Isto é do melhor que há: a puta das camélias, por Miss Allen.

ESTA VAI PARA...

«The One I Love», R.E.M.

Por mais maquinetas que inventem, clips como este — de 1987 — já não se fazem.

PARABÉNS!

Também eu acabadinho de completar um ano, neste admirável mundo novo da blogosfera, sei bem da coragem e da persistência que são necessárias para aqui andarmos, principalmente quando escrevemos o que pensamos — e o assinamos com o nosso próprio nome. Por tudo isso, e muito mais, envio daqui um sincero beijo de Parabéns à Carmo.

OS FILMES DA MINHA VIDA

Há, entre os detalhes que me fazem a vida valer a pena ser vivida, numa fase pessoal de irreversível convergência de desgraças, um acontecimento recorrente que me enche as medidas: ser abordado na rua por antigos alunos, que se dirigem a mim com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos; e, os que tomam esta atitude, não vêm à procura de trabalho — estão muito bem na vida (como se diz agora) —, mas têm, isso sim, gosto em me falar, para recordar momentos de aprendizagem e contar novidades profissionais suas. Nesses momentos, esses luminosos rostos aquecem-me a alma.

BOM DIA, POESIA (2)

CÂNTICO

Num impudor de estátua ou de vencida,
coxas abertas, sem defesa... nua
ante a minha vigília, a noite, e a lua,
ela, agora, descansa, adormecida.

Dos seus mamilos roxo-azuis, em ferida,
meu olhar desce aonde o sexo estua.
Choro... e porquê? Meu sonho, irreal, flutua
sobre funduras e confins da vida.

Minhas lágrimas caem-lhe nos peitos...
enquanto o luar a nimba, inerte, gasta
da ternura feroz do meu amplexo.

Cantam-me as veias poemas nunca feitos...
e eu pouso a boca, religiosa e casta,
sobre a flor esmagada do seu sexo.

JOSÉ RÉGIO
(1901 — 1969)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

JARDIM PARA HOJE (1)

Jardim do Torel.
Porque é lá que melhor se materializa — de corpo e alma — o amor louco na cidade de Lisboa. Só para conhecedores.

DESTINO DA NATUREZA

Uma mulher-fatal é uma mulher permanentemente apaixonada, mas com medo de amar; uma mulher romântica é uma mulher recatada, mas que sabe o que é o amor.

ESTRAGAM-ME

NATUREZA DO DESTINO

«L'Amour», Carla Bruni.

Letra perfeita para uma perfeita mulher-fatal. Fatalmente o amor lhe baterá um dia à porta e estas suas palavras serão engolidas em seco e esquecidas. Talvez lhe aconteça até já neste ano, em que completará 40 anos. Pela amostra de gente que a gente vai vendo, o verdadeiro príncipe é que ainda não está à vista.
Merci à toi Carla! — pela inspiração, e pela banda sonora dos meus dias e das minhas noites.

Nota de visionamento: O rapazola da guitarra está de cabeça perdida! Pois, pudera....

LEITURA OBRIGATÓRIA

Do regicídio ao centenário, por Pedro Picoito.

BOM DIA, POESIA (1)

SONETO DE AMOR

Não me peças palavras, nem baladas,
nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
deixa cair as pálpebras pesadas,
e entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua... — unidos,
nós trocaremos beijos e gemidos,
sentindo o nosso sangue misturar-se...

Depois... — Abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

JOSÉ RÉGIO
(1901 — 1969)

CRITÉRIO EDITORIAL

A partir de agora, irei aqui colocando, na coluna das ligações permanentes, a pouco e pouco, os blogues dos colaboradores (passados, presentes e futuros) da revista Alameda Digital. Parece-me bem. E apetece-me.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

MARCAR O PONTO

Porque escrever é vencer a morte.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

FIM DA LINHA?...

Mais de 20000 visitas, mais de 60000 páginas visionadas, quase 3000 consultas do perfil. É areia a mais para a minha camioneta... Isto era só para meia-dúzia de amigos.

SANTO DO DIA

S. Tomás de Aquino (28.1.1225 — 7.3.1274). Doutor da Igreja.
Patrono especial de todas as Universidades e Escolas Católicas.

ETERNA SAUDADE

Faz hoje um ano que morreu o meu querido Tio Mário.

PARA APROFUNDAR OS CONHECIMENTOS

A TELEVISÃO COMO MEIO DE CULTURA

A edição de ontem do programa Câmara Clara, da RTP 2, foi de elevadíssimo interesse histórico e cultural. Em estúdio, Rui Ramos e António Filipe Pimentel deram a conhecer a alta personalidade artística, científica e política d'El-Rei Dom Carlos I, apoiados em interessante e sólida bibliografia, e, falando com à-vontade e conhecimento, sobre a época em causa. Perante isto, a crueldade do cobarde regicídio soa ainda mais gritante.

domingo, 27 de janeiro de 2008

OLHO DELICIADO E ESPÍRITO ELEVADO

Ver uma rapariga bonita a jogar bem ténis é da ordem do sublime profano. Ler uma mulher inteligente a escrever bem sobre ténis é da ordem do sublime espiritual. Já ganhei duplamente o fim-de-semana.

MAIS VELHA GUARDA QUE AINDA MEXE!

«I Wanna Be Your Dog», Iggy Pop & The Stooges.

sábado, 26 de janeiro de 2008

DISCO PARA HOJE (17)

Live MCMXCIII, The Velvet Underground.
Álbum duplo gravado ao vivo no L'Olympia de Paris a 15, 16 e 17 de Junho de 1993 no histórico reencontro da primeira formação profissional da mítica banda que se manteve activa entre 1964 e 1973.

BOM DIA (27)

«I'm Sticking With You», The Velvet Underground.

Maureen Tucker canta aqui no histórico reencontro dos VU, já por mim ali referido. Acoli, podemos ouvi-la no outro tema cantada por si. É caso para dizer: quando largava a bateria — que tocava de pé —, e cantava, toda a gente estremecia. Este postal é mesmo só para pessoal da velha guarda.

Nota: O vídeo tem bastantes deficiências — falta de sincronismo imagem/som, saltos, e final «engasgado» —, mas, apesar de tudo, a poderosa e electrizante energia positiva que transmite levou-me a publicá-lo.

PONDO O BLOGUE NA LINHA

Acabei de fazer uns retoques nos últimos postais, pois ando meio cegeta e as gralhas atacam à socapa. Além disso, apeteceu-me burilar— clarificando-as — algumas ideias. Aproveitem e releiam: em papel não há destes luxos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

SUPERIOR

«Satellite of Love», Lou Reed.

Na madrugada passada, andei às voltas, no You Tube, para «sacar» e publicar aqui um vídeo do Lou Reed. Andei às voltas, e acabei por não o fazer. Agora, foi à primeira. A intuição precisa de um clique. É curioso.

À CATARINA N.

«Enjoy the Silence», Depeche Mode.

Video-clip realizado por Anton Corbijn.

Os efeitos magnéticos deste blogue não param de me surpreender. Pensei em ti ali, e apareces-me hoje aqui, de viva voz, no telemóvel. E ao vivo e a cores será já a seguir. Um beijo amigo, com muitas e boas recordações — de Lisboa a Barcelona, dos filmes que se fizeram e dos que ficaram por fazer, das manhãs de aprendizagem com grandes mestres, e das tardes na praia, das noites de delirante tertúlia, e da tua saudável alegria.

ESTADOS DE ALMA

O vazio que sinto só pode ser preenchido por um post assim.

MÁQUINA DE SEDUÇÃO

Com o computador ligado à rede os caçadores do futuro escrevem linhas que formam fios de invisíveis teias tecidas para seduzirem e coleccionarem as suas sensíveis e desejadas presas.

MÁQUINA DE MERDA

De bom grado atiraria o televisor pela janela, não me fosse ele necessário como monitor para visionar e analisar obras-primas da História do Cinema.

MÁQUINA DO TEMPO

Se pudesse voltar atrás no tempo para revisitar certos momentos excessivos e proibidos passados na minha vida não seria para os apagar que o faria mas sim para os viver ainda mais intensamente.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

TAMBÉM QUERO

Olha, olha... — Também quero, Isabel! Gandas Filipadas!!

U2 PARA A SOFIA U.

«Gloria», U2.

JOGOS DE COMPUTADOR

Pois é, Curiosa bloguista, não sei se será por eu ser futurista... — mas acertei em cheio no alvo! Dá-me ideia que a Lua me ajudou a fazer pontaria.
Recebe um beijo, deste teu admirador da esfera dos blogues.

BOM DIA (26)

«Night & Day» (de Cole Porter) interpretado pelos U2, num video-clip realizado por Wim Wenders.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

LIVRO PARA HOJE (28)

Quase Gosto da Vida que Tenho, Pedro Paixão, edição Quetzal Editores, Lisboa, 2004.
Livro ideal para se ler aos 40 anos; nem mais, nem menos. Levo quase 2 anos de atraso, mas sou rapaz para apanhar o comboio.

NOTÍCIAS FILIPADAS

A Catarina Amaro da Costa já deu à costa.

DISCO PARA HOJE (16)

69 Love Songs, The Magnetic Fields.
Álbum triplo, de 2000, absolutamente fundamental para quem tenha uma discoteca que se veja.
Nota: Discoteca é a colecção de discos, como biblioteca é a de livros e filmoteca a de filmes, independentemente do suporte, embora agora chamem «discotecas» às «boîtes» do meu tempo (sim, bem sei que hoje é feio dizer-se porque significa outra coisa).

REENCONTROS DA ESFERA DOS BLOGUES

Olha: mais uma Sagrada que se tornou Filipada; e foi preciso a blogosfera para eu saber isso, pois só nos conhecemos em guerras posteriores. Um beijo para ti, Katiuska, e um abraço ao teu irmão.

CONHECIMENTOS DA ESFERA DOS BLOGUES

Curiosamente, sinto curiosidade por esta Curiosa. Será por possuirmos obsessões estéticas em comum (mas nada comuns) e termos o (bom) gosto de as partilhar com todo o mundo nos nossos respectivos blogues? Ser, essa senhora, dona de uma prosa irónica e insinuante também ajuda (parece-me até uma delícia quando me toca...!). E, depois, há uma qualquer energia vital nela, a fazer-me acreditar que essa nova geração — de que certamente faz parte activa — poderá levar os deprimidos quarentões, saídos directamente dos anos 80 do século passado, a renascerem. Força!, miúda.

BOM DIA (25)

«What a Wonderful World»,
Nick Cave & Shane Macgowan.

LIGADOS POR UM FIO

Os fios condutores das minhas luminosas narrativas diurnas são os solarengos passeios preparados através das linhas convergentes tecidas na lunática rede nocturna.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

SOL SENSUAL E LUA DESCARADA

Lisboa hoje com este Sol está tão boa tão boa que já a percorri dos pés à cabeça subindo e descendo as suas colinas e deslizando e mergulhando nos seus vales. À noite há mais pois a Lua está cheia e não há luar como o de Janeiro nem amor como o derradeiro. Aproveitem bem que ter 40 anos é mais do que ter duas vezes 20. Ah, pois é!

OBRIGADO A TODOS (2)

Pelas 20000 visitas!

OBRIGADO A TODOS (1)

Ontem, a propósito do 1.º ano do blogue, dedicaram-me e dirigiram-me — em mensagens de blogues, nas caixas-de-comentários (que abri, excepcionalmente, só durante o passado dia, para a «Festa de 1 Ano»), por correio electrónico, por SMS, e por telemóvel — palavras verdadeiramente positivas. Por essas e outras, cá estou eu, para o que der e vier, a inaugurar, pelo menos, mais outro ano de bloguismo, que rima com diarismo. Depois, logo se verá. O Futuro a Deus pertence.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

UM ANO DE VIDA

Este blogue completa hoje um ano. Valeu a pena? Têm os meus leitores a palavra...

domingo, 20 de janeiro de 2008

SANTO DO DIA E REI DO DIA

288 — Morre S. Sebastião, Defensor da Igreja, Mártir.
1554 — Nasce D. Sebastião, O Desejado, Rei de Portugal.

LIVRO PARA HOJE (27)

Regicídio — A Contagem Decrescente, Jorge Morais, edição Zéfiro, colecção Ventos da História, Sintra, 2007.

sábado, 19 de janeiro de 2008

NOTÍCIAS DA MINHA MUSA ITALIANA

Obrigadinho, Joaninha, és uma querida (não nos conhecemos, mas, como tens idade para ser minha filha, trato-te — com todo o respeito — assim mesmo). Um beijinho.

RAZÕES QUE A RAZÃO DESCONHECE

Não sei porque será, mas apetecia-me agora estar em Nova Iorque.

E AGORA EM FRANCÊS (MAS MAIS UMA VEZ A PENSAR EM PORTUGÊS)

DA ALQUIMIA DIGITAL

You've got mail.

LABIRINTOS MENTAIS

Durante o ano passado, 1987 desfilou na minha mente com uma nitidez impressionante; agora, no começo deste novo ano, 1988 veio perfilar-se com clareza à minha frente. Concluo, desta forma, que a distância de 20 anos é a ideal — e necessária — para fixar na memória as recordações até aí dispersas e fragmentadas.

4.º PENSAMENTO DO DIA

Sem Filosofia Grega não há Pensamento Ocidental.

3.º PENSAMENTO DO DIA

Sem liberdade não há felicidade.

2.º PENSAMENTO DO DIA

Sem silêncio não há serenidade.

1.º PENSAMENTO DO DIA

Sem tempo não há pensamento.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

DAR BANDEIRA



Dom João IV, O Restaurador.
(Vila Viçosa, 18.03.1604 — Lisboa, 06.11.1656)
Reinado: 1640 — 1656.

NOTÍCIAS QUE ME DÃO GOSTO DAR

Para acabar de vez com a intrujice histórica: um blogue e um sítio que prometem.

O REIS CINEASTA VERSUS O CINEASTA DOS REIS

Aurélio da Paz dos Reis e Manuel Maria da Costa Veiga.

O QUE É QUE O FILIPA TINHA?

Aquele blogue está a assumir proporções monumentais; na verdade, à medida das recordações. Não há dúvida: 'teve-se bem!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

BELA E FATAL ITÁLIA

Um belíssimo, pictórico, poético, melancólico e assustador post da Zazie. Ao meu gosto, portanto.

PORQUE O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS

Assinemos a petição pela manutenção e desenvolvimento do Hospital de Dona Estefânia.

E AGORA ALGO DE MUITO À FRENTE!

Estou aqui estou ali — a bombar! —, que a festa promete, pois mete sobrinho fixe. Com sorte, aprendo qualquer coisa sobre tendências musicais emergentes e ainda vejo — en passant — em que é que param as modas (inter)nacionais.
Adenda: Já sei que terei concerto de rock urbano alternativo no primeiro andar — vamos lá a ver se me faz viajar até aos 80's/90's — e música electrónica no piso térreo. Tudo do melhor que há.

A VERDADEIRA CRISE DOS QUARENTA (7)

Pensar que já se pode dizer e fazer tudo o que passa pela cabeça.

A VERDADEIRA CRISE DOS QUARENTA (6)

Querer voltar a ter 20 anos mas sabendo o que se sabe hoje.

A VERDADEIRA CRISE DOS QUARENTA (5)

Ter a cabeça a 300 à hora e o corpo a 30 à hora.

BELO DIA PARA RECORDAR

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

AINDA O AMOR

«Do You Love Me?», Nick Cave And The Bad Seeds.

Uma poderosíssima canção de amor, de Nick Cave, mas tratada num clip desconcertante. Qualquer dia proponho-lhe fazer um vídeo novo. É o que dá eu pensar pela minha própria cabeça e ser realizador desde 1987.

POEMA DE AMOR

Teu rosto, no meu rosto, descansado.
Meu corpo, no teu corpo, adormecido.
Bater de asas, tão longe, noutro tempo,
sem relógio nem espaço proibido.

Oh, que atónitos olhos nos contemplam,
nos sorriem, nos dizem: Sossegai!
Românticos amantes, viajantes eternos,
olham por nós na hora que se esvai!

Que música de prados e de fontes!
Que riso de águas vem para nos levar?
Meu rosto, no teu rosto de horizontes,
Meu corpo, no teu corpo, a flutuar.

NATÉRCIA FREIRE
(1920 — 2004)

ADENDA AO POSTAL ANTERIOR

Chamo a especial atenção dos meus atentos leitores para este fundamental documento com um estudo comparativo entre as ideias, conceitos e teses das duas publicações referidas anteriormente. Cheira-me que o Século XXI Português passará por essas duas revistas, bem como pela muito nossa Alameda Digital.

FILOSOFIA PORTUGUESA PARA O III MILÉNIO

Revistas em linha: Leonardo e Nova Águia.

DEVER DE MEMÓRIA IV

Para que, quem não sabe, aprenda; e, quem sabe, não esqueça: Sítio do Centenário do Regicídio.

OS PASTORES DE VIRGÍLIO TOCAVAM AVENAS E OUTRAS COISAS

Os pastores de Virgílio tocavam avenas e outras coisas
E cantavam de amor literariamente.
(Depois — eu nunca li Virgílio.
Para que o havia eu de ler?)

Mas os pastores de Virgílio, coitados, são Virgílio,
E a Natureza está aqui mesmo.

ALBERTO CAEIRO
[Fernando Pessoa (1888 — 1935)]

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

AR PURO

Apresento aqui a minha descoberta do dia, feita a partir de uma conversa, tida sob os plátanos do Campo Pequeno, sobre blogues paisagistas e outros, com a H., a quem agradeço o link.

ANO BISSEXTO

366 dias de poesia.

CANTIGA

Sozinha no bosque
Com meus pensamentos,
Calei as saudades,
Fiz trégua a tormentos.

Olhei para a lua
Que as sombras rasgava,
Nas trémulas águas
Seus raios soltava.

Naquela torrente
Que vai despedida
Encontro assustada
A imagem da vida.

Do peito em que as dores
Já iam cessar,
Revoa a tristeza
E torno a penar.

MARQUESA DE ALORNA
(1750 — 1839)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

DO ROMANTISMO PURO E DURO EM NOITE DE LUA EM QUARTO CRESCENTE

«As I Sat Sadly By Her Side»,
Nick Cave And The Bad Seeds.

PARA LER PELA NOITE DENTRO E ATÉ AO RAIAR DA REDENTORA AURORA

Bad Seed — a Biografia de Nick Cave, Ian Johnston, tradução de Margarida Vale de Gato, edição Relógio D'Água Editores, colecção Música, n.º 3, Lisboa, Fevereiro de 2000.

ESTA GENTE SABE DE LIVROS

A Origem das Espécies, Almocreve das Petas, Bibliotecário de Babel, Da Literatura, Estado Civil. Ficam aqui à mão de semear, para ver se aprendo alguma coisa com eles.

DO MARAVILHOSO MUNDO DIGITAL

No tranquilo Domingo caseiro de ontem, após chá, torradas e bolinhos, o meu sobrinho L. sacou do seu portátil e fez-me viajar pelo Oriente: de Timor ao Tibete — rotas estas que ele palmilhou, solitariamente, oito meses a fio, e registou usando a sua câmara fotográfica com rigor documental. Um abraço para ti, puto, e volta sempre!

domingo, 13 de janeiro de 2008

SEGREDO

«Nem às Paredes Confesso», Amália Rodrigues.

CAIXAS-DE-COMENTÁRIOS

Decidi que não as colocaria, durante este 1.º ano do blogue, pois concluí que não teria tempo para responder convenientemente a todos os leitores que nelas escrevessem (tornando-se estes, assim, comentadores). Como tenho por princípio nunca deixar ninguém sem resposta — quando se dirigem a mim directamente, e em termos correctos, por escrito —, optei por não instalar aqui as referidas caixas-de-comentários. No 2.º ano, de cuja entrada me aproximo a passos largos, logo se verá.

REGICÍDIO

Está na hora dos retardatários assinarem a petição. Já o fiz a tempo e horas e escrevi este postal e tudo.

MANIA DA ANTECEDÊNCIA

Este blogue completa um ano no próximo dia 21 de Janeiro. Comecem já a pensar nos presentes, para sair uma coisa que se veja. Quem te avisa teu amigo é.

GRANDE SOM

Assim, podem dar-me música à vontade.

DIZEM...

... Que exijo muito dos outros. Diria eu que não é nem metade do que exijo a mim próprio...!

FOME DE VIVER

Ando cá com uma fome de livros que é uma coisa parva. Estando eu finalmente com uma aberta, tenho de pegar agora no meu bom amigo Paulo Cunha Porto e fazer uma incursão, à antiga, pelos alfarrabistas da nossa querida Lisboa; senão, a coisa não vai ao sítio. Depois, só fica a faltar arranjar carpinteiro e mandar erguer novas estantes.

sábado, 12 de janeiro de 2008

GRANDE MALHA!

A minha bloguista preferida — a Rosa, do Blog de Cheiros —, após dois anos e meio de sábia e articulada deambulação na Rede, onde tem esplanado a sua sensibilidade serena e refinada, decidiu sacar de artilharia pesada em formato áudio-visual. E — caramba! —, este último vídeo (que eu desconhecia) caiu-me mesmo no goto.

PEQUENOS GRANDES CONSOLOS

Este meu cantinho na internet assegura-me que continuarei cá mesmo depois de estar confinado fisicamente aos meus sete palmos de terra. Certinho também é que serei aqui mais visitado do que no cemitério.

BOM DIA (24)

«Me and Mrs. Jones», Michael Bublé.

EN PASSANT

Voltei a passar, por acaso, no Jardim da Estrela. Confesso que não fui verificar os podres. Gostei de revê-lo: pareceu-me limpo, vivo, arejado, e de cara lavada. E romântico, como obriga a sua matriz. A tradição ainda é o que era.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

LIVRO PARA HOJE (26)

L'Amour Fou, André Breton.

FIM-DE-SEMANA

Tempo de dolce fare niente. Este, no entanto, só é proveitoso para quem domina a nobre arte de saber gerir o tédio. O povinho, esse, deveria estar sempre a trabalhar; e, de preferência, escondido.

DICAS E MEMÓRIAS EM REDE

Por causa deste post, lembrei-me daquele meu postal, e tive uma súbita vontade de reler toda a obra do referido escritor (sou assim: de ideias fixas e de três em pipa!); desgraçadamente, verifico não ter em casa um único livro do supradito — malditos empréstimos, que, entretanto, nunca mais fiz, mas que me escavacaram a biblioteca.

EM TODO E QUALQUER LADO HÁ SEMPRE UM FILIPADO

Olha!... A Mexicana vista por uma Filipada (que ainda não deu à costa).
Adenda: A frenética dinâmica da blogosfera fez com que a Carmo entretanto já se tivesse juntado a nós e que até já tenha sido por mim pendurada nas ligações cá da casa. Um Filipado nunca está parado! A Net foi feita mesmo à medida da velocidade cá da rapaziada.

BOM DIA (23)

Grande som — num excelente vídeo —, de um dos meus músicos preferidos (e de que ainda não falei nesta casa), publicado por Miss Pearls. É bom acordar assim.

SESSÃO DUPLA (III)

Les Amants du Pont-Neuf (França, 1991), de Leos Carax.
L'Atalante (França, 1934), de Jean Vigo.

COISA CURIOSA...

Quanto menos postais faço, mais leitores tenho.

BOCA LICEAL

Agora marchavam estas... cervejas.

ANTÓNIO LOPES RIBEIRO

Agradeço o simpático desafio do confrade Francisco Múrias e aproveito para dizer-lhe que já comecei a tratar do assunto, com a devida antecedência, neste meu artigo na Alameda Digital.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

FRASE PARA HOJE

Je vous souhaite d'être follement aimée.
ANDRÉ BRETON
(1896 — 1966)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

E AGORA ALGO DE VERDADEIRAMENTE SUPERIOR

«Only You», Portishead.

Para ouvir no volume máximo e em loop. Só aconselhável a românticos da velha guarda, mas que estejam muito à frente. Caso contrário, não percebem ou atrofiam. Assim se conjuga esteticamente tradição e modernidade. De caminho, alimenta-se o espírito e ilumina-se a alma. Boa viagem (para não dizer trip, que parecia mal).

MENOMÓNICA

Lembrei-me de reler todo o Manara...
... a propósito de um belíssimo trabalho de uma aluna.
[Nota: Esta fotografia, das capas de dois álbuns, não é minha; «saquei-a» da Rede.]

SIGA A DANÇA!

«Girls On Film», Duran Duran.

A HORA DO LOBO

«Hungry Like The Wolf», Duran Duran.

Esta ficava melhor ali, mas publico-a aqui, pois muito curti eu ao som desta música, nesses idos e saudosos tempos da primeira metade dos 80's, e não me caem os parentes culturais na lama por confessá-lo nesta minha casa. Quem não gostar, ou estiver mal, tem bom remédio: desampara-me a loja, ou muda-se.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

DOGMA II

«Girls Just Wanna' Have Fun», Cindy Lauper.

DOGMA I

«Boys Don't Cry», The Cure.

AINDA EM INGLÊS

Curiosity Killed the Cat. Mais uma bloguista à minha maneira; que é como quem diz — voyeur e com olho para o que é bom. Com bom gosto, portanto. Vai já para ali compor o ramalhete das ligações cá da casa.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

TEA FOR TWO

Não sei bem porquê, nem qual a relação, mas, ainda a propósito da (cada vez menos) Língua de Shakespeare, e pensando (cada vez mais) em Londres, anoto com agrado o regresso destas duas misteriosas Misses.

JÁ QUE ESTOU NUMA DE INGLÊS...

I wish I was there. Estou aqui estou aí a visitar a minha querida sobrinha M.

WELL DONE!

Dá gosto ter alunos interessados, e bons. I mean it.
Yours,
Johnny Walker

SEPARAR DE ÁGUAS

A imbecil ditadura anti-tabaco está a ter uma consequência positiva em Lisboa. À hora do almoço, voltei a ver gente bonita nas esplanadas, enquanto as toupeiras continuam enfiadas nos centros comerciais.

DA FILOSOFIA PORTUGUESA

Três indicações de Manuel Azinhal.

QUEM ESPERA, SEMPRE ALCANÇA

«Suspense», por João Marchante, na Alameda Digital.

domingo, 6 de janeiro de 2008

SEGUE A RONDA BLOGOSFÉRICA DE FIM-DE-SEMANA

Depois, em estilo vagamente retro e revival, mas mais para a paródia, temos esta rapaziada, de que faço parte por direito próprio, e com o respectivo proveito...

É O QUE EU DIGO...

Amor e Morte: Badlands.

AS MINHAS LIGAÇÕES SÃO AS MELHORES DO MUNDO

Eis mais uma deliciosa maravilha aqui tão perto.

PALAVRAS DE FORÇA PARA HOJE E SEMPRE

That thought the radiance which was once so bright be now forever taken from my sight. Thought nothing can bring back the hour of splendor in the grass, glory in the flower. We will grieve not, rather find strength in what remains behind.
WILLIAM WORDSWORTH
(1770 — 1850)
[Com um beijo, de obrigado, à Isabel. Coisas da intra-blogosfera...]

OLHA!...

... Um Presépio igual ao meu.

EPIFANIA DO SENHOR E DIA DOS REIS MAGOS

É de aproveitar enquanto dura, que qualquer dia é proibido pela república laica, pois a Coisa mete Deus, Santos e Reis.

LIVRO PARA HOJE (25)

Mano Forte, Luiz Pacheco, transcrição e apresentação de Bernardo de Sá Nogueira, edição Nuno Franco e Livraria Alexandria, Lisboa, 2002.

PISTAS CULTURAIS E OUTRAS QUE TAIS

Gosto das dicas dadas por este bloguista.

sábado, 5 de janeiro de 2008

AINDA 2007 (PORQUE NEM TUDO FOI NEGRO)

Reencontrei velhos amigos da vida e fiz novos amigos para a vida.

2007

Comecei a perder — irreversivelmente — o meu Pai. Perdi um querido Tio. Perdi um Bebé que deveria nascer em 2008.

NA MOUCHE! (2)

Mais um artigo, a dispensar nova introdução. Siga a marcha:
O fanatismo da tolerância
O Governo socialista de José Luis Zapatero resolveu suprimir o ensino religioso, facilitar o divórcio e permitir o casamento de homossexuais. O objectivo é o "reequilíbrio" da Espanha, que, segundo parece, trinta anos de democracia deixaram excessivamente católica e "franquista". Dentro do seu papel e do seu direito, o arcebispo de Madrid e o arcebispo de Valência convocaram uma pequena manifestação de protesto (160.000 pessoas) contra a "cultura do laicismo" e contra leis que alegadamente contrariam o "matrimónio indissolúvel" e a "transmissão da vida". O Governo de Zapatero acusou logo a Igreja de se intrometer na campanha eleitoral (a 9 de Março há eleições), de fazer um comício como um vulgar partido (no caso, o PP) e de "ignorar" e "não respeitar" os princípios da liberdade.
Em Espanha, e na "Europa" inteira, ninguém se lembraria de criticar ou de inibir manifestações contra o ensino religioso, pela facilitação do divórcio ou pelo casamento de homossexuais. Como ninguém se lembra de criticar ou de inibir manifestações por formas de autonomia nacional que roçam, ou até entram, pelo separatismo. E obviamente ninguém pede que se ponha fim a uma certa propaganda islâmica ou, se preferirem, de ensino corânico, que prega a perversidade essencial do Ocidente e tenta promover a sua expeditiva eliminação. Tudo isto a "Europa" acha legítimo; e sobre tudo estende a sua simpatia. Em contrapartida, cai o céu se qualquer católico, padre ou Papa, se atrever a afirmar activamente o que pensa. A "Infame" deve estar calada ou, pelo menos, ser discreta.
O fanatismo, o da Espanha (de Zapatero) e o da "Europa", não é novo; e o fanatismo anticatólico também não. É só estranho que este se funde na "diversidade" e o aceitem em nome da "tolerância". Uma "diversidade" imposta e limitada pela força do Estado, que não levanta a mais leve dúvida ou o mais leve incómodo. E uma "tolerância" reservada ou recusada pela ortodoxia oficial, que se tornou o argumento supremo da intolerância. O mundo moderno e a opinião que o sustenta autorizam o que autorizam e proíbem, muito democraticamente, o resto. As democracias, como se sabe, produzem com facilidade aberrações destas. Quem não gosta que se arranje ou se afaste. O Papa Ratzinger previu para a Igreja uma era de quase clandestinidade. Provavelmente, não se enganou.
Vasco Pulido Valente 5. 1. 08

NA MOUCHE! (1)

De seguida, publico um genial artigo, recebido por e-mail, devido à sua certeira oportunidade. Aqui fica:
Eu acho muito bem!
Ele há coisas que me deixam muito confuso. Não entendo porque se levanta tanto sururu a propósito da decisão governamental de sanear os nomes de santos das escolas públicas em nome do auto-proclamado aconfessionalismo do Estado. É mais um passo lógico que se segue à expulsão dos Crucifixos dos mesmos espaços e que dentro em pouco derrubará o Cristo Rei que ofende os olhos laicamente impolutos daqueles que o povo catolicíssimo, depois de fervorosas peregrinações a Fátima, elege com o seu voto com a branda complacência dos seus Pastores.
Ora eu, remando contra a maré, contra tudo e conta todos, como, segundo alguns, tem sido o meu timbre, aplaudo sem reservas e lanço hurras festivos a este novo passo. Desde, claro, que não fique por aqui, mas seja consequente levando a termo o que já iniciou. Porque é evidente que esta medida é, ainda, incipiente, e pede completude.
Muito mais escandaloso do que as escolas terem esses nomes é que os mais altos cargos do Estado, ao arrepio do mais banal dos laicismos, sejam exercidos por pessoas que se chamam com nomes de santos. Isto é obviamente e absolutamente inaceitável! Como podemos suportar por mais tempo que um Primeiro-ministro tenha o nome de S. José, pai adoptivo de Jesus, e esposo da Virgem Maria? E que quem trata com as nações estrangeiras tenho por nome o de S. Luís? E o da saúde, o de Santo António? E o da defesa, o do Beato Nuno? E o das Finanças, o de S. Fernando? E o da presidência, o de S. Pedro, primeiro Papa e fundamento visível da Igreja? E o da Justiça, o de Santo Alberto? E o do ambiente, o de S. Francisco? E o da economia, o de S. Manuel? E o da agricultura, o de S. Jaime? E o do trabalho, o de S. José? E a da cultura, o de Santa Isabel? E o das obras públicas, o de S. Mário? E o dos assuntos parlamentares, o de Santo Augusto? E o da ciência, o de S. Mariano? E, mais grave do que tudo, a da educação, o da própria Nossa Senhora, a Imaculada Conceição, tal como Se apresentou em Lurdes?
É, pois, evidente que é tempo de toda esta gente abandonar o Governo para salvaguardar o aconfessionalismo de Estado. Aliás, nunca deviam sequer ter tomado nenhuma das decisões que referi anteriormente sem antes darem o exemplo e abandonarem os cargos de que estão investidos.
Não entendo realmente toda esta bulha numa ocasião para tanto regozijo. Ele há coisas que me deixam mesmo muito confuso.
Nuno Serras Pereira 4. 1. o8

BOM DIA (22)

«Just The Way You Are», Diana Krall.

Já lá vai o tempo em que procurava eu moldar as pessoas à minha maneira de ser. Agora, aprecio-as — ou não — pelo que elas são. Esta música (um «clássico» de Billy Joel) é uma homenagem a esta nova atitude.

ESTE JÁ NINGUÉM MO TIRA

Rematei o tradicional almoço familiar do 1.º de Janeiro fumando um belíssimo charuto Montecristo No. 1. Olaré!

PARECE MENTIRA, MAS É VERDADE

Andava eu à procura de charutos, e fui ali dar. Pela amostra, pareceu-me bem. Hei-de lá voltar.

APETECE-ME... (3)

... Receber uma massagem às costas, e não tenho quem ma dê...

APETECE-ME... (2)

... Jogar xadrez, e não tenho com quem o fazer...

APETECE-ME... (1)

... Ter este livro...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

DA AMIZADE

Já tinha: amigos de sempre, amigos de infância, amigos da escola, amigos do trabalho, amigos das férias, amigos da noite, amigos dos livros, amigos dos filmes, amigos das artes, amigos das minhas coisas, amigos dos amigos, namoradas que ficaram amigas e amigas que nunca foram namoradas. Agora também tenho: amigas e amigos dos blogues.

LONGE

Longe
Hei-de acabar por me sentir longe
Longe de tudo

Hei-de pertencer cada vez mais
Ao horizonte

Hei-de ficar ao longe

Barco
Conscientemente afastado
De si próprio

ALBERTO DE LACERDA
(1928 — 2007)

DA SABEDORIA POPULAR

Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.

ANGLICISMOS QUE DETESTO (2)

Evento. A palavra portuguesa é «acontecimento».

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

TUDO EM PRATOS LIMPOS

Não gosto do «mundo das mulheres». O chamado mundo das mulheres é composto por galinhas e víboras — para usar as sempre certeiras alegorias e simbologias animais vertidas nos sábios bestiários medievais e renascentistas — que se dedicam a papaguear futilidades e a lançar veneno. Gosto do «eterno feminino»; mas, esta é outra conversa. E gosto, portanto, de Mulheres (as maiúculas servem para estas ocasiões). As Mulheres alimentam espiritualmente a minha vida; e, são desta categoria as que estão ligadas a mim, aqui, através da coluna da direita.
Nota: Já vim duas ou três vezes burilar este postal, mas dá-me ideia que ainda não está au point. Enxotar galinhas, esmagar víboras e louvar Senhoras — de uma só assentada — não é tarefa fácil.

A VIAGEM COMO ARTE

Domestic and Interior Voyages, por Isabel. Um belíssimo post sobre a perdida nobre arte de viajar. E logo nas minhas duas acepções predilectas.

PONTOS NOS IS OU DOS LINKS

Não venham para aqui choramingar por links, pois só estabeleço ligações a quem quero, mesmo que não me liguem nenhuma. Essa é que é essa.

A PROPÓSITO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Atafulhado em tarefas, não tenho lido nem comprado livros (os meus dois únicos vícios). Ando cá com uma traça que, mal possa, vou ali e venho carregado.

DA RIQUEZA DA LÍNGUA PORTUGUESA

É um facto que esse fato côr de cágado está cagado.

BOM DIA (21)

«Chega de Saudade», João Gilberto e Bebel Gilberto.

E, para fazer pendant, eis outra versão, neste post de Miss Pearls.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

PING-PONG

A erudita (sou de ideias fixas...) amiga Terpsichore explica-se.

ELES ANDEM AÍ...

A ofensiva laicista e os nomes das escolas, por André Azevedo Alves.
Preparemo-nos, pois, rapaziada.

[Nota: Postal de alerta publicado, igualmente, no blogue colectivo da rapaziada que frequentou o Liceu Nacional de D. Filipa de Lencastre entre 1977 e 1984.]

FILME PARA HOJE (4)

Le Feu Follet, Louis Malle.
Com um abraço, de obrigado, ao Pedro Guedes da Silva.

LIVRO PARA HOJE (24)

Vorazmente Teu, C. S. Lewis, tradução de Carlos Grifo Babo, edição Grifo — Editores e Livreiros, Lda., coleccção Colecção Paradoxos, n.º 1, Lisboa, 1995.

POESIA PURA E DURA

Poema 1

Meter
a mão
na massa
foder
com prazer
agradecer
Deus
a Deus
(adeus)


*

Até ao meu
regreso
trabalho
em progresso
basta ir
passo a passo
viagem à volta
do meu quarto
que é meu
como Afonso VI
pule as lajes
do Paço


Poema 2

A falta
de um abraço
faz de mim
um palhaço
quando o poema
está
em vez
da foda
incomoda
torna-se coisa
de circo


Adília Lopes

LEIS NACIONAIS E OUTRAS COISAS QUE TAIS

— Agora já não dá para vires cá, Carla, desculpa lá!

Curiosamente, ou talvez não, pois não nasci ontem, a Carla Bruni foi a segunda mulher que referi neste blogue (aqui) . A primeira foi a Mónica Amaral (ali). Sempre admirei mulheres eternas. E cheiro-as antes de as conhecer; por vezes mesmo antes de as ver. São coisas que se sentem.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

CERTEZAS DE ANO NOVO (7)

Na idade adulta, os anos bissextos sempre me trouxeram acontecimentos positivos e marcantes, e inauguraram novas e potencialmente dinâmicas fases na minha vida. Assim foi em 1984, 1988, 1992, 1996, 2000 e 2004. A ver vamos o que me reserva 2008. Oxalá seja igualmente bom. Cheira-me que sim. Possa eu estar à altura: para não desperdiçar, como em vezes anteriores, o que me cai do Céu de mão-beijada.

CERTEZAS DE ANO NOVO (6)

Sei quem foram as musas inspiradoras deste blogue no ano passado. Não sei quem serão as deste ano. Mas não me importava que fossem as mesmas.

CERTEZAS DE ANO NOVO (5)

Apesar de tudo, continuo à tona de água.

CERTEZAS DE ANO NOVO (4)

Vejo cada vez pior ao perto e melhor ao longe. Antes assim, que o tempo presente é nevoeiro. Consigo ver que entrei ali há 30 anos. E basta.

CERTEZAS DE ANO NOVO (3)

Este ano é bissexto. Assim sendo, teremos Jogos Olímpicos. Circo assegurado, pois. Quanto ao pão, não é garantido.

CERTEZAS DE ANO NOVO (2)

O ano velho foi miserável. O novo pode ser ainda pior.

CERTEZAS DE ANO NOVO (1)

Os balanços — náuticos e outros — enjoam-me. Evito-os, portanto.