A PROPÓSITO DOS BONS VELHOS TEMPOS

«Forever Young», Youth Group.
*Sem o qual não seria possível o projecto vídeo-fotográfico referido na mensagem anterior.
«Where Is My Mind», Pixies.
A minha cabeça está no meu próximo projecto vídeo-fotográfico.
*Com um beijo à Senhora sua Mãe e um abraço ao Senhor seu Pai.
«Blitzkrieg Bop», Ramones.
Adquiri o álbum de estreia dos Ramones, em Lisboa, na inolvidável loja da Valentim de Carvalho da Avenida de Roma, na década de 70. De cabeça, arriscaria dizer que também foi o primeiro disco que comprei. Entre as minhas memórias dessa época, recordo, com gosto, as tardes, de «furos» (andava eu no Filipa e alguns professores revolucionários-da-treta baldavam-se ou bazávamos nós deles), passadas na Valentim de Carvalho a ouvir vinis, pois a loja tinha gira-discos com auscultadores; e, simpaticamente, os empregados deixavam os «putos» passar lá o dia inteiro a ouvir música, cada um agarrado a um prato e respectivos headphones, para, no fim, quase sempre nada comprarmos — porque tínhamos sido educados no «Produzir e poupar...» e, além disso, as famílias tinham levado um valente chimbalau com o coup d'État de 74. Depois, veio a sociedade consumista — e resultou no lindo panorama que temos à vista!
«Radio Free Europe», REM.
Comprei o meu primeiro álbum dos REM, em Lisboa, na saudosa Discoteca Roma, na década de 80. Banda de culto, loja de referência, bons tempos.
«Nude», Radiohead.
E pensar que os vi actuar em Lisboa, no Garage, na década de 90, num concerto onde não estávamos mais de 50 pessoas... Pude deslocar-me várias vezes, calmamente, entre o bar lateral e o palco, onde, aliás, passei a maior parte do espectáculo — literalmente aos pés dos Radiohead!
Gosto de tomar contacto com as bandas antes de serem descobertas pela maralha. Dos concertos que guardo na memória com maior agrado, a maioria teve, em média, cerca de 100 pessoas. Bons tempos.