segunda-feira, 30 de junho de 2008

RECEITA PARA O(S) CALOR(ES)

Banho de imersão em antiga e larga banheira de pés assente em chão de pedra e cheia com água arrefecida por cubos de gelo. Ter uma reserva dos referidos cubos de gelo num balde à mão de semear e passá-los volta e meia pelo corpo — como bem exemplifica aqui Kathleen Turner — também ajuda. A experimentar apenas e só com pessoas de confiança.

FILME PARA O VERÃO

William Hurt e Kathleen Turner
em Body Heat (EUA, 1981)
de Lawrence Kasdan.

LEMBRETE

Seguindo a dica da Isabel, que sabe o que há de bom em Lisboa (e em toda a parte), vou ver se não me esqueço de ir rever esta Árvore; e, já agora, a Igreja adjacente — a dos Anjos. De caminho, ainda abato umas canecas na Portugália, como nos bons velhos tempos.

domingo, 29 de junho de 2008

SAFA!

É precisamente para evitar ter de me confrontar com lamentáveis fait divers, como este, protagonizados por trogloditas novos-ricos, que há muito deixei de assistir regularmente a espectáculos. Enquanto não puder possuir a minha pessoalíssima e privada sala de espectáculos — para projecções de filmes, encenações teatrais, e concertos eruditos e populares... —, fico em casa. E aproveito para pôr a leitura em dia.

ARRUMAÇÕES DE VERÃO

Decidi limpar e arrumar a estante das ligações. Pura e simplesmente retirei de lá os blogues com os quais não mantenho relações efectivas, ou afectivas, além dos que já não existem. Desta forma, abro espaço a futuras ligações. E, assim, evito ainda o ridículo espectáculo, dado por certos blogues, de ter mais links do que visitas. Aviso que pode ter acontecido que, na limpeza, tenha ido algum embora por engano; se assim for, depois corrijo isso. Minimalista que sou, para já, estou todo contente.

AROMAS E CORES APAIXONANTES

Em mais um post da série nobre do meu blog preferido, pela pena da minha bloguista favorita.

LIVRO PARA HOJE (57)

Odisseia, Homero.
A mãe de todas as histórias, com o pai de todos os heróis, pela voz do primeiro grande poeta épico.

sábado, 28 de junho de 2008

SUGESTIONÁVEL, EU?

Não sei se foi por estar a lê-lo, ou pelas dores de costas que me andam a moer o juízo há meses, ou pelo calor que se instalou esta semana subitamente e sem aviso prévio; mas, tive esta noite uma puta duma insónia igual às que o Pedro Paixão descreve nos seus livros, coisa raríssima em mim. Foda-se, que é de mais!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

À SOFIA DA CONTROVERSA MARESIA

«Two Out Of Three Ain't Bad», Meat Loaf.

Esta vai toda para a Sofia, do belíssimo blogue Controversa Maresia, que, estando eu cansado desta vida de marinheiro, me impediu, com a sua simpatia e sabedoria — muito especialmente com esta —, que eu abandonasse este barco. Nunca o esquecerei; mas, fica aqui dito, para que conste. Um beijo para ti, caríssima confrade, deste teu admirador.

AFINIDADES À SOLTA

Não, não foi este teu post que me inspirou estoutro. Todo o teu Ponto sem Nó me atrai e me dá vontade de voltar a ser um pássaro à solta no Sul. E, para que não se estranhe, acrescento: acontece isto, estando nós nos antípodas ideológicos, bem sei; mas, não é a ideologia que me move nas relações pessoais — é a estética, e esta gera afinidades espirituais que a razão desconhece. Um beijo quente para ti, miúda.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

MON COEUR BALANCE... (13)

The Two Ways of Life, 1857
OSCAR GUSTAVE REJLANDER (1813 — 1875)
Fotomontagem com 32 negativos, 31 x 16 polegadas
Royal Society, Bath, Reino Unido.
Nota: A Rainha Vitória comprou uma impressão desta fotografia, para oferecer ao Príncipe Alberto.

SERENIDADE

Seja de noite ou de dia, faça chuva ou faça sol, o Nocturno serena-me o espírito.

BICO DE OBRA

Miss Woody lança-se a duas palavras que também eu costumo associar. Por antonomínia ou não. Estou na mesma.

XADREZ E MÚSICA ELECTRÓNICA

Isto, sim, é uma reunião.

A SUL DE NENHUM NORTE (2)

O Ponto sem Nó dá-me vontade de ir ao Baixo Alentejo.

A SUL DE NENHUM NORTE (1)

O Texto-Al dá-me vontade de ir ao Algarve.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

SIM, EU SEI

Sei que é chegada a hora de voltar a fotografar. Sei que terei de decidir entre tirar fotografias e fazer fotografias. Sei que as mulheres continuarão a ser o único assunto das minhas fotografias. Sei que sem Polaroid terei de pegar numa câmara digital. Sei que tirando fotografias posso roubar a alma das minha modelos. Sei que fazendo fotografias posso criar o espírito para as imagens fixas. Sei que não acordarei para apanhar a luz do sol nascente porque esta não me interessa. Sei que em exteriores continuarei a fotografar com a luz a pique contra todas as regras. Sei que no interior a minha luz será sempre doméstica mas artificial. Sei que a pele das minhas modelos aparecerá queimada pela excessiva exposição à luz. Sei que continuarei a priveligiar os planos de pormenor. Sei que as imagens terão as cores saturadas e serão desfocadas. Sei que procurarei mãos, braços, troncos, pernas, pés, nucas. Sei que as minhas modelos serão por mim vampirizadas até à sua exaustão e que retirarão prazer disso. Sei que a fotografia é alquímica e que produz a magia de fazer a alma surgir à flor da pele. Sei que o erotismo é a maior força espiritual. Sei que o romantismo tem poder simbólico. Sei que se faz poesia visual ao desenhar com a luz. Sei que não me desviarei um milímetro da linha estética que venho desde sempre traçando. E sei há exactamente sete meses quem me fará voltar a pegar numa câmara fotográfica.

terça-feira, 24 de junho de 2008

O MEU SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

«You Took The Words Right Out Of My Mouth (Hot Summer Night)»,
Meat Loaf.

O MEU SONHO AZUL

Há 880 anos, no dia de S. João, nasceu Portugal. Bom é constatar que estou bem acompanhado nesta convicção.

O MEU SONHO DE COLECCIONADOR

Uma só musa, um só livro, um só filme, um só disco, uma só fotografia, uma só pintura, um só blogue, um só jantar, um só vinho, um só tabaco, uma só tertúlia, uma só casa, um só jardim, um só passeio, um só campo, uma só cidade, um só país, uma só viagem, um só jogo, uma só colecção.

DAS CASAS

Enquanto não inauguro aqui uma pessoalíssima série dedicada a mais outro dos meus maiores interesses — as casas —, indico aos meus leitores um blogue de serviço público: Prémios Valmor.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

DA INICIATIVA PRIVADA

VALE A PENA TER UM BLOGUE

Para sentirmos o prazer de ver uma bonita rapariga avançar em direcção a nós na pista de dança duma bela festa e ouvi-la de seguida sussurrar-nos ao ouvido que nos lê com gosto.

LET'S DANCE

Cyd Charisse e Gene Kelly
em Singin' in the Rain (EUA, 1952)
de Stanley Donen e Gene Kelly.

domingo, 22 de junho de 2008

MÚSICAS ETERNAS

«Baby, I Love You», Ramones.

À B. — que «pré-abriu o baile», ontem, comigo —, pela dança e pela elegância.

sábado, 21 de junho de 2008

EXPRESSÃO SOLSTICIAL DE ETERNAS SAUDADES DO FUTURO

«Sete Mares», Sétima Legião.

Nota 1: Ficha técnica, do tema e da banda, aqui, com letra e tudo, para que, quem não se lembra, possa cantarolar, e, quem não conhece, possa aprender.

Nota 2: Fico à espera que o meu amigo Zé Pinheiro — ou quem de direito — disponiblize on-line mais material áudio-visual da saudosa Sétima Legião. Faço-me assim porta-voz de várias famílias.

AGENDA CULTURAL

Imperdível, mesmo. Ao pé deste Autor, a cultura de que para aí se fala, e que é paga com os nossos impostos, parece-me pouco mais do que esterco. Tenho cá para mim — manias... — que só há Cultura quando esta é praticada por Senhores. Via atentíssimo André Azevedo Alves.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

MAS AFINAL QUEM SÃO OS FILIPADOS?...

São os rapazes e as raparigas que frequentaram o Liceu Nacional de D. Filipa de Lencastre entre 1977 e 1984 e que mantêm ainda hoje o Espírito que lá se viveu então.

RECORDAR É VIVER

A minha entrada no Liceu — em 1978 (há 30 anos!) — foi feita ao som dos singles indicados pelo Francisco nesta posta do nosso blogue colectivo. Ganda malha! E, nem de propósito, hoje, encontrei-o a ele, e a mais uma quantidade de Filipadas, que estão cada vez mais giras.

AINDA A DOUCE FRANCE

«Le Temps de l'Amour», Françoise Hardy.

VIVA O VERÃO!

«Tous les Garçons et les Filles», Françoise Hardy.

PARABÉNS!!!

O Blog de Cheiros faz hoje três anos de vida. Tem o Solstício de Verão à flor da pele. É uma simbologia perfeita.
No passado ano, saudei-o neste postal.
Agora, socorro-me dum Poeta:
A narrativa descontínua
De um ano após outro
A implacável
Diagonal
De que não se sabe nunca
O início
O prolongamento.
Ritmo significa
Raiz e voo
Alberto de Lacerda
Acrescento, apenas e só, um pessoalíssimo e (e)terno bem-haja, selado com um beijo — para a Autora.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

BOM DIA (47)

«Voltar», Rodrigo Leão.

Voltar a ler o mesmo livro, voltar a ver o mesmo filme, voltar a estar com a mesma pessoa. Voltar é gostar. Voltar é procurar. Voltar é aceitar o saboroso eterno retorno. Voltar é ter saudades do futuro.

LIGAÇÕES?

Chamar ligações à catrefada de blogues empilhados aqui ao lado, na coluna da direita, é manifestamente um exagero. A minha ingenuidade, à mistura com muita generosidade, fez-me ir coleccionado blogues que nada me dizem. Fica prometida, para breve, uma higiénica razia.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

ESCRITORA PARA HOJE (4)

Karen Blixen.

JARDIM PARA HOJE (8)

Jardim do Ultramar.
Porque lá, nessa genial criação de S. M. F. El-Rei Dom Carlos I, se respira ainda o espírito do primeiro e último império pluricontinental moderno. E esses ares fazem bem à alma lusíada. Lugar ideal para quem tem saudades do futuro.

NUA

Nua
na floresta verde.
Há tons de lua
e de azebre
no seu corpo estendido,
como fruto tombado
dum ramo sacudido.

O vendaval
passa bramindo
na lonjura...

E ela é pura,
quase tão pura como Ofélia,
cuja pureza
a própria água inveja...

E a água,
que a seus pés desliza,
mal murmura,
receosa, talvez,
de acordar a beleza...

SAÚL DIAS
[Júlio Maria dos Reis Pereira (1902 — 1983)]

PEDIDO

— Bancos dos jardins públicos,
pintados em tons verdes,
deixai-me as vossas almas
quando, um dia, morrerdes!
Tanta calma vos devo!
Eu quero na minha alma agasalhá-las,
aguardando a partida
para Longes Fins,
ouvindo, como outrora, a passarada
nas árvores dos públicos jardins...!
SAÚL DIAS
[Júlio Maria dos Reis Pereira (1902 — 1983)]

terça-feira, 17 de junho de 2008

GENIAL!

Quando um homem não tem tempo para as mulheres é porque é um génio.
Agustina Bessa-Luís

segunda-feira, 16 de junho de 2008

ARTISTA-TOTAL PARA HOJE (2)

Júlio Maria dos Reis Pereira (1902 — 1983). Poeta, com o pseudónimo de Saúl Dias. Pintor, assinando Júlio. Agora, que caminhamos — a passos largos e com dias longos — para o Solstício de Verão, nada melhor do que relembrar este superior Artista do Lirismo Português. Toda a sua apaixonada e apaixonante Obra resplandece de fogo solar e de lunar misticismo. Uma fonte de energia alquímica para quem acredita que há espiritualidade na sensualidade e sensualidade na espiritualidade. Enfim: só para almas ardentes e espíritos livres. Leia-se, e faça-se luz.

LIVRO PARA HOJE (56)

366 poemas que falam de amor, uma antologia organizada por Vasco Graça Moura, edição Quetzal Editores, colecção Poesia, Lisboa, 2004 (2.ª edição).

DA ARTE DE BEM-COMER

Várias coincidências têm-me feito mergulhar, por estes dias, em antigos livros de Culinária. Apreciador de boa-mesa, que sou, ando deliciado. É o que se chama: «comer com os olhos».

ESSA É QUE É ESSA

Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és. O carácter de uma raça pode ser deduzido simplesmente do seu método de assar a carne. Um lombo de vaca preparado em Portugal, em França, ou Inglaterra, faz compreender talvez melhor as diferenças intelectuais destes três povos do que o estudo das suas literaturas.
EÇA DE QUEIROZ
(1845 — 1900)

domingo, 15 de junho de 2008

LEVANTANDO O VÉU

Dei mais duas ou três pinceladas no meu «perfil» (aqui ao lado, no canto superior direito), para satisfazer a curiosidade dos meus leitores desconhecidos.

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (14)

Gillian Anderson.

DA INTRODUÇÃO À BLOGOSFERA

Bela homenagem esta, caríssimo Paulo. E também te digo que foste Tu mais esses quatro mosqueteiros que me fizeram embarcar nesta aventura por mares nunca de antes navegados.

DA TRADIÇÃO

Para a compreensão da Reacção, aconselha-se vivamente este post, em dois parágrafos, no Gazeta da Restauração.

sábado, 14 de junho de 2008

ABERTURA DA ÉPOCA DE VERANEIO

«Rockaway Beach», Ramones.

Inaugurei, ontem, a minha pessoalíssima época balnear anual, na melhor praia do mundo; que é como quem diz: na minha praia preferida. E, logo, com um dia fabuloso — coisa rara no dito sítio. Assim, sim, valeu a pena esperar, para acertar em cheio no alvo, pois não sou rapaz para desperdiçar munições; e, mal por mal, mais vale ficar em casa. À laia de confirmação, encontrei lá algumas pessoas extraordinárias. Perfeito, portanto. Fica aqui este eterno tema, dedicado a essas almas gémeas.

DA LIÇÃO IRLANDESA

Samuel Beckett, James Joyce, George Bernard Shaw, Bram Stoker, Jonathan Swift, Oscar Wilde, William Butler Yeats.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

13 DE JUNHO

1231 — Morre, em Pádua, Santo António de Lisboa (Fernando de Bulhões).
1888 — Nasce, em Lisboa, Fernando Pessoa (Fernando António Nogueira Pessoa).

quinta-feira, 12 de junho de 2008

PAISAGEM PARA HOJE (8)

Gerês.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

BOM DIA (46)

«These Foolish Things (Remind Me Of You)»,
Bryan Ferry.

UMA MIÚDA QUE PODIA SER MINHA FILHA (4)

Ana Ivanovic.

UMA MIÚDA QUE PODIA SER MINHA FILHA (3)

Joss Stone.

DO AMOR À PÁTRIA E ÀS MULHERES

Camões (Portugal, 1946), Leitão de Barros.
Quiseram outros que Leitão de Barros tivesse criado um Camões estudioso, um vate bem comportado, um «português sério», mas o cineasta preferiu o «Trinca-Fortes», amante da vida, amoroso sempre, solitário, perseguido, derrotado, doente, mas que, nisso mesmo, no excesso barroco, no contraste entre um quotidiano vulgar e uma visão grandiosa, no coração, no sentido da viagem e da distância, pudesse simbolizar Portugal. Por isso o poeta, no final da película, morre com a Pátria, pois quando ele morre é Portugal que morre também.
In História do Cinema Português, Luís de Pina, edição Publicações Europa-América, colecção Saber, n.º 190, Lisboa, 1986.

terça-feira, 10 de junho de 2008

LIVRO PARA HOJE (55)

Linhas de Fogo — Manifesto de Cultura Lusíada para o Terceiro Milénio, de Bruno Oliveira Santos, Francisco Cabral de Moncada, João Marchante, Manuel Brás e Miguel Castelo Branco, concepção gráfica e ilustração de José Pinto Coelho, edição Nova Arrancada, Lisboa, 2001.

DECLARAÇÃO POLITICAMENTE INCORRECTA

Este blogue é actualmente o meu único vício e só existe ainda porque há uma pessoa que o lê todas as manhãs ao acordar.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (13)

Nastassja Kinski.

ESCRITORA PARA HOJE (3)

Sophia de Mello Breyner Andresen.

DOS CEMITÉRIOS ENQUANTO LUGARES DO ESPÍRITO

Fotografia e poesia. Árvores e lápides. Flores e estátuas. Luz e sombra. Memória e saudade. História e meditação. Amor e morte.
Mais um encantador e arrebatador post romântico da Isabel.
Só para estetas.

DA ETERNA DOUTRINA DA UNIÃO DOS CONTRÁRIOS

A natureza alterna em si mesma o dia e a noite, o quente e o frio, a chuva e a secura, a serenidade e a tempestade; e no corpo a dieta e o alimento, o movimento e o sono. (...) Como ela, recuso-me a escolher, quero avançar mais nesta lei universal do ritmo...
HENRY DE MONTHERLAND
(1896 — 1972)

domingo, 8 de junho de 2008

TEXTOS DE APOIO

A RTP 1, em raro acto de manifesto serviço público, decidiu exibir, ontem, A Canção de Lisboa (Portugal, 1933), de Cottinelli Telmo; e, hoje, Fado, História d'Uma Cantadeira (Portugal, 1947), de Perdigão Queiroga. Em tempos, inspirado pela primeira fita, escrevi Alegria de Viver; e, a propósito do segundo filme, redigi Todos Nós Temos Amália na Voz. Não sendo propriamente fichas filmográficas, pois destinam-se estes textos ao público em geral e não apenas a cinéfilos, são pessoais notas de visionamento com enquadramento histórico-cultural das referidas obras e dos seus autores.

BARREIRA (IN)VISÍVEL

Distingo claramente entre dois tipos de pessoas, quando converso com elas: umas, amorfas e alheadas; outras, com um brilho nos olhos. As primeiras podem ir de patins; quanto às segundas — preciso delas como de pão para a boca.

LISBOA À TOA

O inenarrável vereador Zé melancia resolveu encerrar e empandeirar a Praça das Flores com o objectivo de lá montar uma venda de carros. Quando penso que certos conhecidos e amigos meus — uns verdes, outros maduros — andaram com esse cidadão ao colo, dá-me vontade de rir (para não chorar). Para ver o lindo espectáculo, é só clicar aqui; de resto, verdade seja dita, a blogosfera lisboeta está bem atenta a este desaforo.

SAUDADES DE MIM

Isto não é poesia, bem sei...
Mas prosa também não é...
E então?

É o que existe em mim,
entre a poesia e a prosa,
a realidade e o sonho...

A ponte suspensa
que liga o meu corpo
à minha alma...

E que só eu passo...

ANTÓNIO FERRO
(1895 — 1956)

sábado, 7 de junho de 2008

A PROFUNDIDADE DA MATURIDADE

«The Memory Remains», Metallica (clip com aparição especial de Marianne Faithful).

Do que para aí andou à solta em Lisboa, num circo infantil em duas partes, parece-me que estes terão sido os senhores da coisa. Não fui, mas vi o suficiente na televisão, e não costumo enganar-me nestas matérias de ouvido, que farejo a léguas.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

REVISTA PARA HOJE (5)

Alameda Digital.
Aproveitem para explorar o Arquivo. É à borla, e pode ser que aprendam qualquer coisa.

POETA PARA HOJE (5)

Fernando Pessoa.
(Re)começando pela Mensagem e indo por aí fora sempre a eito e a direito com olhos de ver e pensar postos no futuro e sentindo saudades de Lisboa e Tejo e Tudo.

DO VALOR DA GRANDE PROSA

Salazar vende bem, por João Gonçalves. Na mouche!

O MAIO DE 68 VISTO DA DIREITA

Dossier compilado por Manuel Azinhal. Com destaque para um texto, de Maria José Nogueira Pinto, transcrito integralmente. Leia-se.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

DO PODER REGENERADOR DO AMOR

Extraordinário plano-sequência — em veloz travelling de acompanhamento — do filme Mauvais Sang (França, 1986), de Leos Carax, com o desesperadamente explosivo Denis Lavant, ao som do poderosíssimo tema Modern Love, de David Bowie.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

L'AMOR FOU

Clip de homenagem a Leos Carax, com excertos de cinco filmes seus: Boy Meets Girl, Mauvais Sang, Les Amants du Pont-Neuf, Sans Titre e Pola X. Fascinante, delirante e perturbante. Bravo!

DESABAFO POLÍTICO

Estará o atraso cá da terrinha relacionado com o facto de nos continuarem a aviar a putrefacta cartilha laica, republicana e socialista? Está-me cá a parecer que sim; mas, mais vale estar calado, não vá o diabo tecê-las.

terça-feira, 3 de junho de 2008

ESCRITOR PARA HOJE (7)

Hans Christian Andersen.

SUBLIMAÇÃO

Perfeito será o dia em que eu comece e escrever sem ligações externas nos postais. A partir desse momento passarei a falar só sobre as minhas coisas. E na sequência disso serei muito mais ainda dos meus fiéis leitores. Parece contraditório mas é a mais pura das verdades. Se lá chegar verão que não me enganei.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

DO ESTILO E DO AMOR

Dizia o ontem desaparecido estilista do bom-gosto que uma mulher para ficar perfeita só precisava de ter vestido um tailleur preto e de estar ao lado do homem que amava. Um casaco preto e um olhar, diria eu. Conferir aqui.

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (12)

Kristin Scott Thomas.

domingo, 1 de junho de 2008

DEPOIS EXPLICO

Detesto eruditos. Adoro gente culta.

AS MULHERES QUE LÊEM SÃO PERIGOSAS

Esta é uma verdade assustadora. Igual verdade é que as outras mulheres — inofensivas, é certo — não têm interesse nenhum. Escolham.

GENTE RICA É OUTRA COISA

Nas heranças e partilhas, cá do burgo, os livros são os parentes pobres; isto é, são os trambolhos que ficam para o fim, e que nunca ninguém quer. Dizem, os entendidos, que não valem nada. Depois, venham falar de cultura.

METABLOGUE II

O tempo passa mas as ideias permanecem, pois penso hoje exactamente o mesmo que pensava há um ano.

OBSERVATÓRIO DA MINHA GERAÇÃO

Chegados aos quarenta, os rapazes começam a queixar-se de dores, dorzinhas, maleitas e moínhas às suas mulheres e às suas melhores amigas. Contra mim falo. Elas, por seu lado, não só não se queixam, nunca — e só Deus sabe quantas razões não terão para isso e para muito mais —, como ainda ficam muito mais bonitas.