domingo, 30 de setembro de 2007
ANDANDO POR AÍ (5)
ANDANDO POR AÍ (4)
LIVRO PARA HOJE (11)
POEMA DE AMOR PARA USO TÓPICO
a presa indiferente, a mais obscura
das amantes. Quero o teu rosto
de brancos cansaços, as tuas mãos
que hesitam, cada umas das palavras
que sem querer me deste. Quero
que me lembres e esqueças como eu
te lembro e esqueço: num fundo
a preto e branco, despida como
a neve matinal se despe da noite,
fria, luminosa,
voz incerta de rosa.
CHUVA
Ora, a mim a chuva vai-me como uma luva.
(Enquanto não mudar a lua...)
Vai-me como a luva
que nunca uso.
Estriado de chuva,
já sou eu quem se escorre pela rua.
Vou como uma luva à rua.
(Enquanto não mudar a lua?)
Alexandre O'Neill
sábado, 29 de setembro de 2007
ESTADO DO CORPO — ESTADO DO TEMPO
ANDANDO POR AÍ (3)
ANDANDO POR AÍ (2)
ANDANDO POR AÍ (1)
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
O ÚLTIMO ROMÂNTICO DA SÉTIMA ARTE
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
LUA CHEIA, UM RIO CORRENDO
A full moon, river lapsing
Black beneath bland mirror-sheen,
The blue water-mists dropping
Scrim after scrim like fishnets
Though fishermen are sleeping,
The massive castle turrets
Doubling themselves in a glass
All stilness. (...)
DA ARTE DA SEDUÇÃO NO CINEMA
de Eric Rohmer.
(MINHA) MUSA N.º 1
«Quelqu'un m'a dit», Carla Bruni.
(Letra: Carla Bruni/Leos Carax; Música: Carla Bruni.)
NOVOS DESCOBRIMENTOS NO OCEANO BLOGOSFÉRICO
A ETERNA QUESTÃO DO REGIME
LISBOA EM TRÊS PASSOS DE GIGANTE
2. Arriscar sentir a nova energia urbana, passando a estreita porta a meio do túnel mágico.
3. Acabar em pura contemplação, repousando o corpo e a alma após a caminhada iniciática.
DA ARTE FOTOGRÁFICA
HERE´S LOOKING AT YOU, KID
Tendo aquele vídeo ido desta para melhor, publico aqui um semelhante. Agradeço a dica à atentíssima leitora Cristina, dedicando-lhe este postal.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
CADA PALAVRA NO SEU LUGAR E UM DIA DE CADA VEZ
BLUE MOON
You saw me standing alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own
Blue Moon
You know just what I was there for
You heard me saying a prayer for
Someone I really could care for
And then there suddenly appeared before me
The only one my arms will hold
I heard somebody whisper please adore me
And when I looked to the Moon it turned to gold
Blue Moon
Now I'm no longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own
And then there suddenly appeared before me
The only one my arms will ever hold
I heard somebody whisper please adore me
And when I looked the Moon had turned to gold
Blue moon
Now I'm no longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own
Blue moon
Now I'm no longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own
Richard Rogers e Lorenz Hart, 1934.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
UM DIA NO PARQUE
«Perfect Day», Lou Reed.
Versão colectiva para um music trail da BBC. Fica assim visto e ouvido que o Estado pode ter bom-gosto e ser uma pessoa de bem. Pelo menos no Reino Unido.
DO CONCURSO
MUNDO PERFEITO
COMEÇAR BEM O DIA
BOM DIA (5)
«Santa Maria (Del Buen Ayre)», Gotan Project.
Nestes tempos mariquinhas de música de martelinhos ainda haverá rapazes e raparigas com ganas para dançar o tango?
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
E O VENCEDOR É...
PEIXE LUA
BOM DIA (4)
«There Is A Light That Never Goes Out», The Smiths.
Eis uma das canções que me tem acompanhado ao longo da vida, falando ela de morte. Radicalmente romântica e londrina — lá a ouvi muito —, assenta que nem uma luva — por oposição, ou talvez não — ao solarengo Outono lisboeta. Afinal, cá para mim, spleen e saudade são parentes próximos. Perto do início deste blogue, andando mais uma vez com o tema no ouvido, saiu-me este postal. Hoje sai o clip.
O PERFUME
Dizem os homens. — Serei.
Mas o que sou nem eu sei...
Sou uma sombra de lume!
Rasgo a aragem como um gume
De espada: Subi. Voei.
Onde passava, deixei
A essência que me resume.
Liberdade, eu me cativo:
Numa renda, um nada, eu vivo
Vida de Sonho e Verdade!
Passam os dias, e em vão!
— Eu sou a Recordação;
Sou mais, ainda: a Saudade.
(1879 — 1960)
domingo, 23 de setembro de 2007
ALMA PORTUGUESA
Amor (Parte I), Heróis do Mar.
Agradeço ao meu amigo Zé Pinheiro ter disponibilizado este e outros vídeos dos Heróis do Mar no You Tube. A partilha é fundamental para a comunhão do espírito e para o combate à ignorância. Sendo este tema de 1982, por aqui se vê que os Heróis estavam verdadeiramente à frente! Um abraço.
ARQUITECTO PARA HOJE (1)
LIVRO PARA HOJE (10)
ETERNO RETORNO (4)
CHEGADA DO OUTONO
Na véspera, em secreto jardim particular de Lisboa, bem no centro da cidade, num «Jantar de Pintores», assinalou-se a rentrée. E celebrou-se a vida e a criação — na beleza, na harmonia, na ironia, na alegria, na descoberta, na partilha e na amizade. As sinergias artísticas alimentam o espírito e fortalecem a alma.
sábado, 22 de setembro de 2007
ESTA RAPARIGA TAMBÉM ME ACALMA (QUALQUER DIA MANDO-LHE UM MAIL PARA VER SE ELA ME RESPONDE)
«Those Dancing Days Are Gone», Carla Bruni.
Clicando aqui vão dar à versão clip que em tempos dediquei à Mónica. O som está melhor e a diva mais mexida. E ainda tem Paris e Sena e tudo. Aconselho o visionamento, portanto.
JARDIM DO PARAÍSO
COISAS QUE ME DIVERTEM À BRAVA!
COISAS QUE ME CHATEIAM À BRAVA! (1)
NOTÍCIAS FRESQUINHAS PARA CINÉFILOS
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
COM UM OBRIGADO — DO TAMANHO DA LETRA COMPLETA — À CRISTINA
Oh will you never let me be?
Oh will you never set me free?
The ties that bound us are still around us
There's no escape that
I can see
And still those little things remain
That bring me happiness or pain
A cigarette that bears a lipstick's traces
An airline ticket to romantic places
And still my heart has wings
These foolish things
Remind me of you
A tinkling piano in the next apartment
Those stumbling words that told you
What my heart meant
A fairground's painted swings
These foolish things
Remind me of you
You came, you saw, you conquered me
When you did that to me
I somehow knew that this had to be
The winds of march that make my heart a dancer
A telephone that rings, but who's to answer?
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you
Gardenia perfume ling'ring on a pillow
Wild strawb'ries only seven francs a kilo
And still my heart has wings
These foolish things
Remind me of you
The park at evening when the bell has sounded
The Ille-de-France with all the girls around it
The beauty that is Spring
These foolish things
Remind me of you
I know that this was bound to me
These things have haunted me
For you've entirely enchanted me
The sigh of midnight trains in empty stations
Silk stockings thrown aside, dance invitations
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you
First daffodills and long excited cables
And candle light on little corner tables
And still my heart has wings
These foolish things
Remind me of you
The smile of Garbo and the scent of roses
The waiters whistling as the last bar closes
The song that Crosby sings
These foolish things
Remind me of you
How strange, how sweet to find you still
These things are dear to me
That seem to bring you so near to me
The scent of smould'ring leaves, the wail of steamers
Two lovers on the street who walk like dreamers
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things
Remind me of you, just you
WOW!
«These Foolish Things (Remind Me Of You)»,
Bryan Ferry.
Romântico démodé que sou, é certinho que vou passar o dia de hoje a trautear esta maravilhosa música, agora que a descobri em versão vídeo no You Tube. Publico-a aqui, para a compartilhar convosco. Quem quiser recordar memórias comuns, diga coisas, que eu hoje estou muito interactivo, ou hiperactivo, não sei bem...
PARABÉNS A VOCÊS
À SOFIA U.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
AINDA OS AGRADECIMENTOS...
OUTROS AGRADECIMENTOS
EDIÇÃO REVISTA E AUMENTADA
Aproveito para dizer que, tendo este blogue individual — todo ele pessoal, íntimo e até confessional, mas lido por uma catrefada de malta — como sub-título «um dia em que não se aprende nada é um dia perdido», hoje se fez juz a esta máxima, por mim adoptada, muito graças à Cristina. Mostrou-me uma Lisboa desconhecida, espantosamente próxima de mim. Mania desgraçada esta de procurarmos longe o que está à mão de semear. Também me ensinou — fazendo-me ver — outras coisas; mas, essas, são contas de outro rosário.
Um (e)terno bem-haja, selado com um beijo amigo.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
LIVRO PARA HOJE (9)
[Excerto do texto da contracapa.]
QUANTO MAIS TE BATO MAIS TU GOSTAS DE MIM
terça-feira, 18 de setembro de 2007
... AINDA OS MASSIVE ATTACK
DIZEM...
É SEMPRE BOM RECORDAR
VOLUME NO MÁXIMO COMO NOS BONS VELHOS TEMPOS
«Rattlesnakes», Lloyd Cole & The Commotions.
Nota: Quem for patrão de si próprio, ponha o volume no máximo; quem for «pau-mandado», ponha os headphones.
COMO ERA BOA A VIDA DE LISBOA
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
AVISO AOS RAPAZES POR CAUSA DAS RAPARIGAS — III
DO DESENCANTO (2)
DO DESENCANTO (1)
COMEÇAR A SEMANA EM BELEZA
Maria Callas interpreta a ária «Casta Diva», da ópera Norma, de Vincenzo Bellini, na sala «L'Opéra», de Paris, em 1958.
domingo, 16 de setembro de 2007
SONHO MÍSTICO
PASSAGEM DAS HORAS
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
(...)
[Fernando Pessoa (1888 — 1935)]
ODE MARÍTIMA
Olho prò lado da barra, olho prò Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh'alma está com o que vejo menos.
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã.
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea.
Como um começar a enjoar, mas no espírito.
Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.
(...)
ÁLVARO DE CAMPOS
[Fernando Pessoa (1888 — 1935)]
sábado, 15 de setembro de 2007
VOU ALI — VER, OUVIR E CHEIRAR O MAR, À BEIRA DO NOSSO RIO TEJO — E JÁ VENHO
«This Is The Sea», The Waterboys.
HOMENAGEM A SUA MAJESTADE FIDELÍSSIMA EL-REI D. CARLOS I DE PORTUGAL
Não poderei estar presente nas cerimónias — inauguração, cocktail e jantar de gala e beneficência nas instalações do Clube, e cuja receita reverterá, parcialmente, para a instituição de Solidariedade Social Ajuda de Berço —, mas, agradeço o simpático convite do Real Clube de Campo D. Carlos I.
FILOSOFIA COMPARADA A PROPÓSITO DE UMA JANTARADA
A VIDA É BELA
CANÇÃO PARA HOJE (1)
ESTUDANDO O DINÂMICO MEDIUM (II)
ESTUDANDO O DINÂMICO MEDIUM (I)
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
ACTUALIZANDO A FONOTECA (1)
«Six Days», DJ Shadow.
Video-clip realizado por Wong Kar-Wai.
Com um beijo de bem-haja à Rita. Lobo velho ainda aprende Música. (E Alemão. Não era, Sofia?)
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
FILME PARA HOJE (1)
LIVRO PARA HOJE (8)
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
EMOÇÕES E CORPO NA CAMINHADA ESPIRITUAL
Nas primeiras e terceiras segundas-feiras
das 21.15 às 22.30
Programa de Setembro 2007 a Janeiro 2008
«A unidade substancial do homem» P. Luís Rocha e Melo
Todo o vosso ser - espírito, alma e corpo - se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo 1 Ts 5, 23.
«Desejo e vida espiritual» Dr.ª Ma. Armanda Saint-Maurice
Aspirai aos dons maiores 1 Co 12,31
«Desejos e emoções no caminho espiritual» P. Vasco Pinto de Magalhães
Daniel, homem de desejos Dn 10,11
«Amadurecimento do desejo e vontade de Deus» P. Vasco Pinto de Magalhães
O mundo passa e também as suas concupiscências, mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre 1 Jo, 2, 17
«Eu, o meu corpo e Deus» Nuno André
Tesouro em vasos de barro 2 Co 4,7
«Equilíbrios e desequilíbrios» P. Luís Rocha e Melo
A carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne Gl 5, 1. 17; Assim, o que realizo, não o entendo; pois não é o que quero que pratico, mas o que eu odeio é que faço Rm 7, 1
«Emoções e imprecações nos salmos» Drª Luísa Almendra
Levanta-te, Senhor! Salva-me, ó meu Deus! Bate na face dos meus inimigos e quebra os dentes dos ímpios Sl 3, 8
«Solicitações e tensões relativas ao corpo» P. José Manuel Pereira de Almeida
O corpo não é para a fornicação 1 Co 6,13
Não gastes a tua força com,,, Pr 31,3
CAMINHO (I)
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.
(1867 — 1926)
terça-feira, 11 de setembro de 2007
MAIS UM POSTAL PARA OS QUE ANDAM LÁ FORA A LUTAR PELA VIDA
SEM NOVAS DOS E. U. A.
AINDA AS REVISTAS DE ARTE
DAS BELÍSSIMAS ARTES
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
LIVRO PARA HOJE (6)
O CINEMA (RE)FAZENDO (A) HISTÓRIA
domingo, 9 de setembro de 2007
DAS CAGANÇAS
UM PAÍS SEM MASSA CRÍTICA TORNA-SE MASSA TENRA
sábado, 8 de setembro de 2007
DA ARTE EPISTOLAR ENQUANTO ARTE CINEGÉTICA
(1882 — 1941)
TUDO AO CONTRÁRIO
PORQUE DESPORTO EM PORTUGAL NÃO É SÓ FUTEBOL
DEKANTANDO AO SABOR DAS TECLAS
PARA MEMÓRIA FUTURA
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
LIVRO PARA HOJE (5)
MEUS RICOS ANOS 80
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
PAÍS A SAQUE OU FARTAR VILANAGEM
A CORES E ECLÉCTICO
A PRETO & BRANCO E ECLÉCTICO
ESTA FAZ-ME LEMBRAR AQUELA
DIÁLOGOS OBSCENOS (1)
— Se eu tivesse uma filha, gostaria que ela fosse com tu.
Responde a rapariga de vinte anos ao quarentão:
— Vamos tentar, pode ser que saia uma igual a mim.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
ROBERT BRESSON
No meio de partículas
Fortíssimas
Do mal
Surgiam as mãos honestas
Da mulher arrancando
Batatas
Da terra
A bondade sem medo
Da velha que se deixa acompanhar
Do jovem assassino
Até há pouco
Inocente
Dois desconhecidos
Olhar profundo
entre mãe e filho
Que não são
São dois desconhecidos
Que o acaso aproximou
Há dias
Arrancando juntos
Batatas
Da terrra indiferente
(1928 — 2007)
POETA
Pessoais e outras
Prossegue
Fantástica-
Mente
Religando tudo
Quase tudo
ALBERTO DE LACERDA
(1928 — 2007)
DA ARTE POÉTICA ETERNA
Estabelecem diálogos
Que ninguém entende
Felizmente
Como tudo o que é puro
De raiz
O que os pássaros dizem
Não se traduz
(1928 — 2007)